Capítulo 26

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Por Any Gabrielly

_Ok, eu sempre fui uma garota popular pode se dizer assim. Eu tinha como melhor amiga a garota mais desejada da escola, namorava o capitão do time de lacrosse e era capitã das líderes de torcida. Eu tinha tudo que uma adolescente queria e quer ainda hoje, mas tudo era uma ilusão, nada ali era real, minha "melhor amiga" -fiz aspas e ri com desdém- Era uma vaca invejosa e meu namorado era um desgraçado traidor.

Olho para Josh e sorrio por ver que ele realmente é um bom ouvinte, continua calado esperando que eu continue.

_Eu tinha uma boa relação com os meus pais, éramos uma família feliz e bastante amorosa, mas eles não apoiavam meu namoro, falavam que ele iria me fazer sofrer e fui como toda adolescente é quando é negado algo, briguei com eles, gritei e cheguei até dizer que os odiava. Claro que era mentira, eu os amava mais que tudo. -suspiro fundo triste pelas lembranças- Eu parei, respirei e pedi desculpas... mas mesmo assim fiquei com raiva por não nos apoiarem. Continuei o namorando por mais alguns meses, até que um dia brigamos só pelo fato que eu não queria dormir com ele, ele dizia que não queria ficar com alguém só a base de beijos e que se eu o amava de verdade, teria que fazer isso por ele... -ele me interrompe.

_Que otário. -concordo com ele.

_Demais. Na hora que ele falou isso claro que não aceitei, brigamos sério e ele foi embora com muita raiva. Chorei e fui atrás da única que pensei ser minha amiga de verdade e contei tudo a ela. Eu não percebi naquela época, mas ela ficou feliz quando eu disse que estávamos brigados, ela nem me escutou, absorta demais em qualquer coisa que estivesse pensando. Acabou que fiquei remoendo nossa briga e cheguei numa conclusão que era nada demais, era uma simples virgindade besta.

_Qual é Any, a virgindade era sua e o direito era todo seu em perde-la quando quisesse.

_Sim, é verdade. Agora cala a boca, se não eu paro de falar. -ele assente e volta a ficar calado- Me animei na hora, me arrumei e fui pedir para os meus pais me deixarem ir ver ele. Nem disse que era na casa dele, porque tinha certeza que não deixariam. Pedi, implorei na verdade, mas não deixaram. Voltei fervendo de raiva pro quarto, vi a janela aberta e como toda adolescente idiota, pulei a janela e peguei um táxi para sua casa. Eu sabia que sua família não estava em casa, eles tinham ido para uma segunda lua de mel eu acho, não me lembro bem.

Percebo que Josh está doido para dizer algo, provavelmente algo sobre eu ter sido uma idiota, mas ele se contêm e permanece calado.

_Enfim, cheguei, bati na porta e nada dele aparecer, liguei para o seu telefone e nada dele me atender, já estava cogitando voltar para casa, até que pensei em verificar se a porta estava trancada. Girei a maçaneta e a porta abriu, o idiota esqueceu de trancar a merda da porta. -solto uma risada amarga- Entrei e o chamei, chamei umas três vezes e nada dele aparecer, quando já estava indo embora pensando que ele não estava, acabei escutando uma risadinha no andar de cima. Resolvi ver se era ele, quando mais me aproximava do seu quarto, mais eu ia percebendo que era uma risadinha feminina. Entrei com tudo no quarto e o que encontrei foi uma das piores coisas que alguém pode presenciar. -suspiro derrotada- Encontrei ele quase nu na cama com a minha suposta melhor amiga e o pior, eles não pareciam nada arrependidos quando me viram lá. 

_Babaca. -Josh resmunga.

_Ele levantou um pouco nervoso por ter me visto, mas ela? Ela sorriu cinicamente. Me lembro que a raiva foi tão grande que peguei a primeira coisa que vi na minha frente, um porta retrato que tinha uma foto minha sorrindo, joguei com tudo neles e como sou ótima de mira, pegou certinho na testa dela. -Josh começa a rir e o acompanho por alguns instantes, mas logo volto a ficar séria mais uma vez- Ela começou a choramingar dizendo que eu a machuquei e o desgraçado traidor foi ajudá-la acredita? E como eu não ia deixá-lo sair impune, peguei seu taco de lacrosse e comecei a bater nele, eu quebrei a merda daquele taco nele, até que ele conseguiu me derrubar no chão.

A IRMA DO MEU ᴍᴇʟʜᴏʀ ᴀᴍɪɢᴏ - ʙᴇᴀᴜᴀɴʏOnde histórias criam vida. Descubra agora