Capítulo Doze

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Harry e Draco regularmente tinham alguns sonhos referentes as vidas passadas. Não apenas a anterior, mas muitas outras anteriores. Eles já haviam sido tantas pessoas diferentes que chegava a ser loucura.

Sentiam-se perdidos por descobrirem tantas vidas diferentes.

Ambos descobriram que a segunda guerra foi uma exceção de uma vida a qual não se apaixonaram, em todas as outras, em algum momento, passaram a gostar um do outro. Apenas nunca conseguiram ficar juntos.

Outro ponto interessante é que nunca sonharam com a morte. Ou seja, não sabiam como ela era. O máximo que conseguiam eram sonhos de quando descobriram que o outro havia morrido. O pior caso, para Harry, foi quando precisou matar Draco, pois ele era um judeu no campo de concentração que Potter trabalhava.

Ah, sim. Nada como estar em duas guerras.

Para Draco a morte mais dolorosa foi quando Harry teve a orientação sexual descoberta pela família. Ele acordou sem se lembrar do conteúdo da carta de despedida, ele só conseguia se lembrar da imensa tristeza que ela trazia e o quanto custou se acalmar nos braços do amado.

Durante o tempo em Hogwarts houveram madrugadas em que acordaram todo o dormitório com pesadelos — constantemente esqueciam de colocar um feitiço abafador — sejam eles da guerra ou não. Era frustrante precisar pedir desculpas por algo do qual não tinham controle. Por isto, quando começaram a sumir com frequência para dormir longe de tudo e todos, ninguém reclamava. No entanto, ainda haviam perguntas preocupadas que precisavam aguentar de seus amigos toda manhã independente de onde haviam passado a noite. Afinal, é para isso que amigos servem.

Agora eram dois medibruxos incríveis trabalhando no St. Mungus e o mais completo orgulho de toda a família.

Apesar de Albus e Scorpius terem chocado a todos com sua amizade e amenizado o choque de quando Harry e Draco mostraram sua amizade, ninguém estava preparado para o namoro de um Potter e um Malfoy. Consequentemente, a revelação do casamento instaurou o caos.

Harry e Draco sentiram aquele ódio — que parecia estar esperando para despertar dentro deles há tempos — pelas fofocas inúteis que não o deixavam em paz. E foi assim até estabilizarem a vida como casados e profissionalmente.

Hoje era um dia de descanso. Além disso, uma das raras exceções quando se tratava de seus sonhos, porque não era um pesadelo e muito menos algo que era meramente bom. O sonho tinha sido um lembrança erótica.

Sua ereção doía agora que estava acordado. Uma coisa que havia descoberto sobre lembranças como aquelas era que Harry também as tinha quando ele as tinha. Geralmente não eram do mesmo momento, mas eram da mesma vida e com o mesmo teor.

— Harry. — chamou o marido enquanto beijava o ombro dele. Recebeu como resposta um gemido manhoso por ser acordado e Draco passou a descer os beijos pelo peitoral desnudo.

— Bom dia. — o moreno murmurou começando a entender o que estava acontecendo. — Continue descendo. — pediu com interesse.

Sem pestanejar, Draco fez o que lhe foi solicitado e assim que seu lábios chegaram na cintura alheia, retirou o shorts que o atrapalhava.

Já desperto, Harry auxiliou na retirada de suas roupas e apreciou o que a boca de Draco tinha a oferecer. A língua provocando as sensações que queria e a mão logo abaixo se movimentando e realizando o que a boca não alcançava.

Com o tronco um pouco elevado, de maneira a estar colocando o peso do corpo em um dos braços, levou sua mão aos fios loiros querendo ditar o ritmo. Entretanto percebeu que Draco havia parado de usar uma das mãos porque também estava se apoiando, já que outra estava se auto preparando.

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