Capítulo Um

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    Draco era um herói.

    Pelo menos, era o que Scorpius dissera. Todavia, quem iria acreditar nas palavras de um Malfoy? 

    Hermione e Albus escutaram com atenção a versão de Scorpius e acreditaram nela fielmente. As palavras do jovem somado ao conhecimento sobre o caso, vindo de Hermione, tornou exatamente a verdade que fora dito pela Ministra da Magia em uma conferência, mas foram poucos os veículos de notícias que divulgaram os fatos corretamente. O mesmo complô de sempre contra os Malfoy devido ao fato do sobrenome não possuir mais prestígio algum na sociedade apesar de toda a fortuna ainda existente nas mãos da família.

    Era óbvio que Harry Potter seria o herói da história. Do início de sua vida até o fim. Uma história completamente distorcida que embrulhava o estômago do filho de Draco devido o ódio em não ver o esforço de seu pai ser reconhecido.

    Scorpius tinha conhecimento de qual era o feitiço que seu pai havia usado, havia sido criado por Severus e passado para Draco após a morte de Voldemort. No entanto, Draco ainda confidenciou aquele conhecimento ao filho. Apesar disso, o loiro havia decidido que o conhecimento daquelas palavras tão poderosas morreriam consigo. E seria o que faria, de maneira que se recusou a dizer para a Ministra da Magia, apenas explicou que o resultado era a morte de todos em um raio de um quilômetro, o que exigia toda a magia do usuário, levando o conjurador a morte também.

    O que ninguém tinha uma explicação era o porquê daqueles dois homens, que nunca suportaram a presença alheia, morreram de mãos dadas. 

    Scorpius não segurou suas lágrimas quando viu seu pai ser enterrado. Albus esteve ao seu lado, apesar de seu choro ser pelo enterro de Harry, que fora enterrado algumas horas antes. Nenhum dos dois estava em condições, assim como os outros ali presentes, mesmo que por mera formalidade, como Hermione. Esta além da tristeza, sentia a culpa em ter pedido para o antigo comensal da morte para que se tornasse um espião.

    Agora, o Malfoy mais novo precisava ser forte, pois em questão de alguns meses seu filho iria nascer.

    E ele nasceu, após um matrimônio forçado por Lucius, pois se dependesse de seu fraco filho, aquele seria um filho bastardo de fora de um casamento. Talvez Lucius considerasse algo bom a morte do próprio filho; afinal, o mínimo de honra ainda era preciso se manter nessa família ridícula.

    Lucius quis proferir as piores palavras de seu vocabulário e as dirigir todas ao seu neto. Que ideia estúpida era aquela de dar ao seu bisneto o nome de seu filho que apenas o trouxe desgosto a vida inteira? Francamente, uma completa desonra. No entanto, não iria questionar a ideia de seu neto, pois no final, o filho não era seu.

    Pior que ver seu bisneto ter o nome de seu filho foi ver quem Scorpius havia escolhido como padrinho de Draco. Parecia um completo complô contra um senhor de tão avançada idade, mas o homem escolhido havia sido o filho de Potter, o tal Albus Severus. Que nome ridículo. Naturalmente, para colocar a cereja naquele esplêndido bolo, a madrinha seria Rose Granger-Weasley. 

Uma. Weasley. 

Lucius não possuía dúvidas: Scorpius decidira tudo isso apenas para o atormentar. Seu filho com certeza havia implementado todas as informações distorcidas sobre si e esta era a forma de seu neto se vingar pelo pai.

Após alguns meses, Lucius descobriu que, curiosamente, Albus não tinha intenções de construir uma família de sangue. O rapaz não parecia gostar de seu sobrenome, não parecia ter interesses amorosos e muito menos sexuais. Harry Potter dera a luz a uma criança completamente defeituosa.

Claro, sem querer deixara esse seu pensamento escapar e acabou sendo obrigado a ouvir uma enorme aula sobre o que era uma pessoa arromântica e assexual. No entanto, isso ainda não mudava o fato de Albus não parecer gostar de ser um Potter e não querer propagar aquele nome.

Neste meio tempo que descobriu essa intrigante informação sobre o filho mais novo dos Potter, o filho mais velho, James, também teve um filho. Novamente Albus era o padrinho e a madrinha dessa vez era Lily. 

Qual era o problema de Potter em querer homenagear pessoas?

Não que pudesse falar muito, pois Scorpius decidiu homenagear Draco, certo? Porém, o tal James decidiu que era uma ótima ideia manter essa tradição de homenagens. Consequentemente, Harry Potter ll havia nascido.

Lucius se perguntava se era pedir demais que aquelas duas crianças não se encontrassem.


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Peço desculpas por um capítulo de pura narração, juro que é o único sem diálogos

E eu desisto de tentar formatar texto no app do Wattpad porque nunca fica do jeito que eu quero ugh (desculpa se a formatação estiver zoada)

Publicado: 31/07/2020
752 palavras

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