Capítulo Onze

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Albus chegou a conclusão que era compreensível seu pai agora ser seu afilhado. Apesar de amar seu progenitor, eles passaram a ter uma relação conturbada que abalou as estruturas da conexão que tinham. Dessa forma, quando Harry reencarnou e se tornou seu sobrinho e afilhado, tornou-se alguém que amava incondicionalmente e que com certeza se sacrificaria caso necessário. Um caso certamente diferente de quando era com seu pai.

No fundo o Potter sabia que era inútil pensar sobre o assunto, o que importava de fato era viver. Um dia de cada vez. Um passo de cada vez.

— Aqui está. — Scorpius disse a contragosto colocando um saco de moedas em cima da mesa e viu o amigo trazer o saco para perto enquanto virava o copo de firewhisky.

— Foi ótimo apostar com você, senhor Malfoy. — provocou tentando manter a seriedade no rosto para fingir o papel corretamente, mas logo começou a dar risada.

— Cala a boca. — foi o que ouviu e, apesar de estar de olhos fechados apreciando a satisfação de ter ganhado de Scorpius e James, sabia que o loiro tinha revirado os olhos

— Vocês são ridículos. — criticou Chloe com desgosto da aposta sobre Draco e Harry futuramente tornarem-se um casal.

— Pare de tomar as dores do seu marido só porque ele perdeu. — provocou Severus.

— Que besteira. — discordou. — Os meninos foram se deitar cedo. Eles estão bem? — perguntou para o padrinho destes.

— Estão. A noite deles foi complicada... Eles tiveram pesadelos a noite toda... Eu espero que a noite dessa vez seja mais tranquila.

— Pesadelos? — Scorpius se interessou.

— Eu não vou contar sobre o que era, se é o que quer saber. — alertou o moreno. — Eles confiaram em contar sobre os sonhos para a tia Hermione e o tio Rony. Eu ouvi porque fiquei escondido de enxerido.

— Se eles estiverem bem é o que importa, certo? — Chloe murmurou tentando manter seu lado materno calmo.

— Os pesadelos eram conturbados, mas não fiquem perguntando para eles. — aconselhou. — Eles não parecem interessados em ficar falando sobre isso.

— Entendo. — Scorpius respondeu. — Obrigado por cuidar do Draco, Albus.

— Eu faria qualquer coisa pelos meus afilhados, sabe disso.

— Eu nunca discordei disso. — o loiro respondeu sorrindo e bebeu. — Eu tenho certeza que escolhi o melhor para meu filho.

Harry acordou no meio da noite após um sonho calmo. Draco ainda dormia ao seu lado e sorriu ao perceber isso. Voltou a pensar sobre seu sonho, que desta vez envolvia a pessoa que amava, era o dia que haviam se conhecido e eram amigos de infância em algum local rural. Eram dois trouxas aproveitando o melhor da vida.

Respirou fundo e se levantou por estar sem sono. Com cuidado para não acordar o outro, saiu do quarto silenciosamente. Quando percebeu estar na cozinha da mansão não evitou o susto ao ver a versão mais velha de Draco ali na sua frente.

— Sem sono? — Scorpius perguntou com um sorriso que transparecia compreensão e gentileza.

— Sim... — concordou sem graça.

— Quer um chá? Suco de abóbora? Posso fazer se quiser.

— Não precisa se preocupar, por favor. Eu só precisava caminhar um pouco.

— Tudo bem... — concordou o mais velho. — Gostaria de andar um pouco? — ofereceu desistindo de preparar o chá que pretendia.

— Claro. — concordou acanhado com a ideia de recusar.

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