Capítulo 1

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Adônis

Sério que senhor Conrado inventou de ter uma reunião em um domingo de manhã, fala sério cara, não podia pelo menos ser depois do almoço.⠀

Nos moramos praticamente na casinha dos empregados na mansão dos Santini, sim eu já sabia que trabalharia aqui um dia, cresci sendo treinado pra ser segurança, só não pensei que eu ia ser solicitado antes dos 30.⠀

Passo na cozinha dando um beijo de bom dia na minha mãe que já está arrumando o café da amanha de todos, inclusive o nosso, e vou direto pro escritório, onde meu pai me esperava com senhor Conrado.⠀

—  Bom dia pai, Senhor Santini – digo entrando no escritório⠀

— bom dia Adônis, pontual como seu pai, gostei – ele diz com aquele ar de superior que eles tem – enfim a reunião é que eu vi seu progresso no treinamento de defesa, e de segurança particular e acho que esta na hora de você assumir um cargo aqui – ele diz⠀

— Isso é ótimo Senhor – me limito a dizer só isso⠀

— eu conversei com seu pai, e decidi que agora ele vai ser o meu segurança pessoal, tenho alguns trabalhos sigilosos a serem feitos e ele é da minha total confiança, sendo assim você assumira o lugar dele como motorista e segurança pessoal da minha filha Pietra – ele explica e eu reviro os olhos sério, trabalhar pra princesinha, fala sério.⠀

— Tudo bem senhor – digo sem contestar, ele é o chefe⠀

— Você vai leva-la e acompanha-la em todos os compromissos do dia, ah é importante que me mantenha sempre informado se ela está indo aos seus compromissos diários – diz⠀

— Certo – digo⠀

— Você começa amanhã Adônis, confio em você – diz simples e eu aceno com a cabeça saindo dali.
Fala sério trabalho de baba, pra uma princesinha mimada, eu literalmente não treinei uma vida pra esse tipo de coisa, mas é o que tenho pro momento.⠀

— Eai como foi meu filho? – minha mãe pergunta assim que entro na cozinha⠀

— Adivinha, vou ser baba da mimadinha do chefe – digo revirando os olhos⠀

Ela ri — você vai se surpreender com a dona Pietra, ela é uma querida e acredite de mimadinha ela não tem nada⠀

— Ah fala sério mãe, você a defende por que praticamente criou a garota – digo⠀

— você vai ver que eu tenho razão filho – ela diz beijando minha bochecha – já mandei o café dos seguranças e pedi um deles pra levar o seu lá pra casa, agora vá e descanse – ela diz mandona e eu obedeço ne , dona Malena é osso duro de roer.⠀

[...]

Pietra

— bom dia Maleninha – digo entrando na cozinha e beijando sua bochecha⠀

— Bom dia querida, vai sair hoje, domingo? – pergunta⠀

— Ensaio extra de balé, tem uma apresentação infantil chegando e a minha professora me cotou pra ajuda-la com as meninas – explicou suspirando cansada⠀

— Tinha me esquecido que você não para – ela sorri gentil – se alimente bem pelo menos, você anda comendo pouco⠀

— Sabe como é ne Malena, tenho que manter a forma – digo sem graça já que isso não é uma exigência do balé e sim do meu pai machista.⠀

— Sinto muito, se fosse por mim você estaria bem rechonchudinha – ela diz brincando.⠀

Vou pra mesa tomar meu café sozinha, desde que me entendo por gente faço minhas refeições sozinhas, as vezes Malena come comigo, mas as vezes ela esta lotada de trabalho, meu pai mesmo estando em casa ele meio que me evita, ele me culpa pela morte da minha mãe, já que ela tinha que escolher entre a vida dela e a minha e ela optou pela a minha, como a maioria das mães que ama seus filhos fariam, mais acho que se ela soubesse como é aqui, talvez teria optado pela vida dela.

Meu pai me enche de afazeres desde que eu era pequena, aprender línguas novas, escolas em período integral, aulas de música, de balé, aula de artes, pintura, desenho, aulas de etiqueta o que eu achei que nem existiam mais, aula de maquiagem, corte e costura, bordado e cozinha, acreditem eu fiz boa parte dessas coisas e algumas eu ainda faço, e a única coisa que fiz e faço que eu realmente gostava foi aula de piano, o bale e aula de inglês o resto eu realmente detestava, mais não tinha opção.⠀

Termino meu café, escovo meus dentes e pego minha bolsa e encontro o seu Alberto, meu motorista, segurança pessoal e marido da dona Malena, cozinheira.⠀

— Bom dia senhor Alberto – digo⠀

— Bom dia dona Pietra, balé hoje? – questiona⠀

— Sim, tem um monte de pestinhas bailarinas me aguardando, é lago do Cisne, elas estão eufóricas – digo⠀

— Eu lembro quando foi a sua vez de fazer lago do Cisne, você ficou super empolgada também, então não culpe elas – ele diz rindo.⠀

A minha família basicamente é o senhor Alberto, dona Malena que sempre cuidaram de mim com carinho, mesmo não sendo exatamente a função deles, por isso tenho um carinho pelos dois, e acredite os dois são os únicos que iam nas minhas apresentações, caso o contrário acho que ninguém iria me ver, meu pai nunca fez questão.⠀

Não demora pra chegar no estúdio de balé, e lá encontro pestinhas super animadas, a minha professora de balé dona Margarete, que sorri pra mim como se eu fosse sua salvação no dia de hoje, e vendo como as meninas estão talvez eu realmente seja.⠀

Depois de um bom dia pra turma começamos com alongamento e depois passaríamos a coreografia, vai ser um dia bem longo.

⠀⠀Depois de um bom dia pra turma começamos com alongamento e depois passaríamos a coreografia, vai ser um dia bem longo

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Adônis Hart- 25 anos
Segurança pessoal e motorista.

 Adônis Hart- 25 anos Segurança pessoal e motorista

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Pietra Santini - 18 anos 

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