Capítulo 21

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Adônis

Chegamos em uma cidade vizinha, íamos ficar em uma fazenda não sabia nem que meu pai conhecia alguém dono disso, mas enfim.

–– Pai isso é mesmo necessário? – Questiono

–– sim, quando o pai da Pietra perceber que ela fugiu com certeza a nossa casa é a primeira que ele vai, além disso ele te ameaçou, eu quero que você e sua mãe fique seguros – explica

–– por que ajudou ela a fugir? – Pergunto

–– por que eu tenho um carinho por ela, e por que eu quero o pai dela preso, e também por que ela é o seu amor, eu não ia deixar que os dois sofressem – diz dando uns tapinhas nas minhas costas.

–– a mãe sabe desse seu plano maluco? – Pergunto

–– não, eu não quis envolver ela nisso, caso contrario ela iria querer explorar aquela casa atrás de provas e podia muito bem colocar tudo a perder – explica e eu concordo.

Depois de limparmos o lugar, colocarmos as coisas no lugar, e almoçarmos eu resolvi andar um pouco pelo lugar, eu não sou muito fã desse clima de natureza, sou uma pessoa da cidade, gosto do caos e do barulho das ruas, isso aqui é muita calmaria para mim.

Encaro minha mãe meio escondida, conversando no celular, resolvi me aproximar com cuidado para escuta-la.

–– nosso plano deu errado, meu marido ajudou a Pietra a fugir – escuto ela falando para a pessoa do outro lado.

–– ok, eu vou te mandar o endereço por WhatsApp Américo e você vai atrás da menina – ela diz

Saio dali ainda desacreditado, eu não acredito que minha mãe seria capaz disso, a não ser que ela esteja sendo ameaçada, e também não entendo por que ela trouxe celular isso facilita para que o pai da Pietra encontre a gente.

Resolvo não falar nada ainda para o meu pai, ate que eu descubra o motivo da minha mãe ter feito isso, eu me recuso a acreditar que minha própria mãe é capaz de uma maldade dessa

Entro para dentro e vou para o meu quarto, ler um livro, já que não tem muito o que fazer por aqui, eu preciso esperar minha mãe voltar, e pegar o celular dela, eu preciso correr onde a Pietra esta e conseguir salvar ela desse velho.

[...]

Conrado Santini – pai da Pi

Desde a hora que eu acordei a casa esta um terrível, me arrependo de ter dado folga aos empregados, mas se eles estivesse aqui quando o Américo viesse buscar a garota eles iam atrapalhar e não é o que eu quero.

Então peço uma comida no restaurante para mim e a menina, enquanto espero tomo um banho, arrumo minhas malas, por que assim que o Américo sair com ela eu também sumo no mundo.

Quando a comida chega eu bato na porta dela chamando para almoçar, mas ela nem fala nada, ok, não quer comer não come, não tenho culpa.

Como minha comida, tranquilo, depois resolvo ir ate o quarto vê se este tudo pronto, mas para minha surpresa não tem ninguém no seu quarto, seu celular jogado na cama, no banheiro também não tinha ninguém, essa menina esta me testando.

Caminho em passos largos para fora, ate a casa dos empregados, mas eles não estavam lá, mas aparentemente estava tudo no lugar, mas eles não perdem por esperar, quando o filhinho deles voltar eu acabo com a vida dele, e faço questão de mandar a cabeça dele de presente para fedelha quando eu a encontrar, e ela pode ter certeza que ela vai ser vendida para a prostituição.

Nervoso volto para casa, e resolvo ligar para o Américo, para avisar que a menina fugiu.

Inicio da chamada

–– Américo, a menina fugiu, infelizmente nosso negocio este desfeito – digo serio

–– Me desculpa cara, ela esta comigo, eu peguei ela cedo para uma viagem de ultima hora, você estava dormindo pedi que ela não te acordasse – ele diz e eu suspiro

–– e o dinheiro pela garota? – Pergunto

–– na verdade quero mudar nosso acordo, não confio em você

–– como assim mudar o acordo? – Pergunto

–– só vou pagar pela garota após o nosso casamento, por que aí eu vou ter todo o direito sobre ela e você não vai poder voltar atrás – explica

–– tudo bem, desde que seja rápido – digo

–– daqui duas semanas, vai ser algo pequeno, mas faço questão da sua presença

–– com certeza estarei lá, mas já que tem isso eu quero mais dinheiro

–– tudo bem, eu pago, não me ligue mais, espera que eu ligarei para você – ele diz e eu concordo e ele logo desliga.

Vou aproveitar e arrancar o coro desse velho.

[...]

Adônis

Pego o endereço que minha mae tinha mandado pro Americo, enquanto ela e meu pai conversam, pego o carro do meu pai e saio, eu sei bem onde é esse endereço então vou o mais rápido que eu consigo.

Quando eu chego ate o endereço, vejo o velho colocando as malas da Pietra no porta malas, ela abraca ele antes de entrar no seu carro, ela não parece com medo, não reluta e muito menos pede ajuda para os seguranças que estavam com ela, ela nem lutou, ela o recebeu, talvez ela quis todo o dinheiro que o velho tem a oferecer pra ela.

Volto pra fazenda e meus pais estão na porta, com uma cara nada boa.

–– ela aceitou o velho, acho que podemos voltar as nossas vidas ne ? – digo irônico

–– a gente já sabia filho, e é melhor voltarmos ainda estamos tentando prender o pai dela – meu pai diz

–– o pai dela já deve estar bem longe, se ela esta com velho ele deve ter sumido com o dinheiro da venda dela – digo

–– Adonis filho, vamos manter a calma, viver um dia de cada vez no fim tudo da certo – minha mae diz

–– certo pra quem ? mesmo que prendam o pai dela, ela já esta com velho, ele vai sumir com ela, e eu vou ter que tentar seguir em frente depois de tudo – digo

–– você é ansioso demais filho, confia que vai dar tudo certo – meu pai fala

–– por que você entregou ela pro vleho mae ? eu ouvi você falando com ele

–– por que era o certo, não vou arriscar nossa família – ela diz e eu olho incrédula – seu pai foi impulsivo colocando nos em risco

–– ah e a vida dela vale menos que a nossa ne ? – questiono nervoso

–– So vamos voltar pra casa, vida que segue normalmente, o que tiver que ser vai ser – ela diz

Contrariado junto minhas coisas novamente, entramos no carro, dessa vez o clima esta mais calmo, eu não entendo por que eles estão agindo como se tudo estivesse resolvido quando não esta.

Assim que chegamos em casa encontramos o pai da Pietra na piscina, sorrindo, claro ganhou na loteria as custas da filha esse nojento.

–– foi bom o passeio ? – ele pergunta

–– dia em família é sempre bom – minha mae responde

–– a Pietra vai se casar, ta sabendo Adonis ? – questiona e eu encaro com ódio

–– não sabia – digo curto e grosso

–– faco questão que estejam presente nesse dia

–– pode ter certeza que vamos estar – minha mae diz.

Depois dessa saio dali indo pra casa, é muita coisa pra digerir, muitos acontecimentos pra poucas horas.

Amor ProíbidoOnde histórias criam vida. Descubra agora