Capitulo 13

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Pietra

Acordei animada, curiosa para saber o que o Adônis estava aprontando, me arrumei com uma roupa leve, passo pouca maquiagem, arrumo uma mochila só para ninguém desconfiar, vai que tem algum segurança fofoqueiro.

— bom dia - digo o encontrando encostado no carro

— bom dia Pi, aliás, feliz aniversário - diz me puxando para um abraço em seguida

— Obrigada Doni - sorrio ao me soltar dele - onde vamos?

— Vamos relaxar, você precisa disso - ele fala e eu concordo.

Entramos juntos no carro, diferente dos outros dias Adônis está de bermuda e camiseta, ele ligou o radio, estava um clima muito bom, pelo menos esse ano meu aniversario seria diferente.

Adônis parou o carro na porta do estúdio de balé, e eu a encarei confusa

— Temos que deixar o carro aqui para disfarçar, aposto que tem rastreador - ele diz e eu concordo

Eu deixo a mochila no carro e saímos encontrando uma moto parada ali, Adônis tira a chave do bolso e coloca na moto.

— Ei de quem é essa moto? - Pergunto

— Minha bebe - ele diz sorrindo

— E como ela veio parar aqui? - Pergunto

— Pedi ao Luke para deixa-la aqui.

Ele tira uma mochila enorme do porta malas do carro, e pede para eu colocar nas costas, depois ele sobe na moto e me ajuda a subir também, me entregando o capacete para que eu o coloque.

— É bom você segurar firme boneca - ele diz e eu gargalho, passando meus braços pela sua cintura e abraçando com vontade

Eu nunca havia andado de moto antes, e apesar de ser a primeira vez eu não estava com medo, estar com Adônis fazia com que eu me sentisse livre, e isso era muito bom, ele me dava segurança.

Não demorou para chegarmos no lugar, era um parque bonito, descemos da moto, e escolhemos um lugar em baixo de uma arvore, onde ele me surpreendeu tirando uma toalha xadrez e varias comidas para o pique nique.

— Uau, isso foi uma surpresa e tanto - digo me sentando ali

— Você merece relaxar, você faz coisas demais - diz

— Realmente, mas relaxar vai ser legal, e isso vai fazer do meu dia um pouquinho mais animado - digo sorrindo para ele

— Essa era a intenção, ninguém merece não aproveitar o próprio aniversario - suspira - eu quero que você aproveite esse dia, mesmo que talvez eu não seja a pessoa com quem você queria estar hoje

— De pessoas possíveis acredite em você é com quem eu mais queria compartilhar esse dia, agora de pessoas impossíveis seria minha Mae, eu queria poder passar esse dia com ela

— Eu imagino, mas hoje não é um dia triste, então por favor vamos comer tudo que minha Mae preparou para a gente - diz e eu concordo pegando um pai recheado de patê de frango.

Enquanto comíamos vamos conversando sobre coisas do dia a dia, rindo de coisas aleatórias.

[...]

Adônis⠀

Encaro a Pietra falando sobre uma historia aleatória que aconteceu durante um de suas apresentações no balé, ela contava animada, mas confesso que não prestava muito atenção no que ela estava contando, e sim nos sorrisos e caretas que ela fazia, na forma como ela pegava a comida com a ponta dos dedos de forma delicada, a forma como jogava os cabelos quando eles insistiam em tampar o seu rosto.⠀

— Ei você não esta prestando atenção né? – Pergunta e eu nego rindo – desculpa é que as vezes eu falo demais – se explica sem graça⠀

— Na verdade eu estava distraindo reparando você, mas juro que agora eu vou prestar atenção – digo e ela sorri⠀

— Por que não gostava de mim antes? – Questiona⠀

— Eu tinha uma visão errada de você, eu te achava uma riquinha, mimada, que todos os empregados tinham que bajular 24hrs, inclusive meus pais – digo e ela me olha com um semblante triste⠀

— Acredite, eu não queria tomar tanto tempo dos seus pais – suspira – mas eu tenho tantas coisas para fazer, e sua mãe é a única que me da um carinho e me ouve.⠀

— Agora eu sei Pi, você não tem culpa – pego sua mão – era só um ciúme bobo meu, mais isso já passou⠀

— Ainda bem, ia ser muito difícil ter que conviver com você me odiando – diz rindo⠀

— Uma hora ou outra isso ia passar, você é uma menina muito doce para ser o motivo de ódio de alguém⠀

— Eu já fui muito maltratada Doni, não quero que outras pessoas se sintam assim – ela sorri – mas vamos falar de coisas boas, você fez ou tem vontade de fazer alguma faculdade? – Pergunta⠀

— Sou formado em engenharia civil, mas só fiz para ter um diploma, sempre treinei para ser segurança pessoal – explico – e você?⠀

— Eu sempre quis fazer administração, talvez abrir um estúdio de balé já que sou quase uma bailarina profissional – diz⠀

— Você é uma ótima bailarina, isso eu não tenho duvidas – digo – mas por que não fez faculdade? Você é super. Inteligente e dinheiro não te falta⠀

— Meu pai diz que mulher para casar tem de ser bonita e prendada não inteligente – revira os olhos⠀

— Seu pai é um machista do caralho em – digo⠀

— Pois é, as vezes eu queria sei lá, arrumar um emprego e sumir, viver minha vida sem ele mandando em mim – suspira – mais ninguém pega uma patricinha sem experiência⠀

— É emprego é difícil, sem curso superior e experiência então te complica um pouquinho mais – digo – mas não desanima Pi, eu tenho certeza que um dia você vai conseguir tudo isso⠀

— Eu espero que sim – sorri – esses pãezinhos de frango da sua mãe são ótimos – diz⠀

— E você parece que estava com fome, já que comeu quase todos – digo rindo e ela me olha com vergonha⠀

— Desculpa Doni, eu realmente estava com fome – diz⠀

— Tudo bem, mais você sabe que isso aí é por causa da dieta maluca e sem necessidade que fez essa semana toda⠀

— Meu pai disse que eu tinha que comer menos, para o jogo de ontem, que ele não queria uma filha gorda⠀

— Por deus Pietra você não esta gorda, seu pai que é um maluco sem noção – digo⠀

— Tudo bem Doni, não se estresse por isso, vamos aproveitar nosso dia juntos – ela diz e eu concordo, sem resistir puxo seu rosto beijando seus lábios.

Amor ProíbidoOnde histórias criam vida. Descubra agora