Capítulo 18

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Assim que chegamos em casa, meu pai se serve de whisky e me olha sorrindo, enquanto eu o encaro de braços cruzados.

— O que foi aquela conversa estranha no restaurante? – Pergunto

— A aquilo? Negócios – ele responde debochado

— Esse papo de negócios não me convence mais – digo

— Já que você quer muito saber querida filha, eu leiloei sua virgindade, o Américo pareceu mesmo ter gostado de você já que deu muito dinheiro por isso – ele diz

— VOCE FEZ O QUE? - Grito nervosa

— Leiloei você, sua virgindade - ele diz frio

— Você é um louco, psicopata, quem faz isso com a própria filha?

— Eu precisava de dinheiro, e lembrei que tinha você, conheço alguns caras que curtem uma ninfeta - ele diz e eu o encaro com nojo, um nojo absurdo – o Américo era um deles, você é uma encantadora de homens.

— Mais querido isso é simples, eu posso sair por essa porta e dar para o primeiro cara que eu encontrar, e aí?

Ele riu perverso — a escolha é sua - da de ombros — mais saiba que se sair por essa porta o seu queridinho Adônis vai sofrer as consequências, a família dele que você tanto é apegada vai ficar na miséria e sem filho - ele diz

— Você é um monstro – grito

— Me desafia para ver, eu vou adorar ter a cabeça do seu amado numa bandeja, vou adorar mais ainda ver o pai dele preso e Malena te odiando, ficando sem casa e sem emprego – ele ri perverso – fica tranquila eu te daria a cabeça do seu amado de presente para você se lembrar que a culpa foi sua.

— Você é um doente, quem faz isso com a própria filha? - Questiono

— Você pra mim não é nada, você matou a única pessoa que eu amava, e eu só não te matei por que sabia que seria útil, eu só investi dinheiro em você por que eu tinha intenção de vender - ele diz – mas te leiloar me rendeu bem mais dinheiro

— Chega, essa conversa já foi longe demais – digo

— Tudo bem se quer assim – da de ombros – só aviso que domingo a noite Américo vem te buscar, e toma cuidado ele tem gostos peculiares – diz e eu o encaro incrédula – ele é sadomasoquista – da de ombros rindo como se não fosse nada.

Respiro fundo me trancando no quarto, tomo um banho para vê se o nojo que estou sentindo passa, mas é em vão, meu estomago embrulha e coloco tudo pra fora, não sei se estou com mais nojo de mim, do meu pai ou desse babão do Américo.

[...]

Pietra

Já era madrugada, eu resolvi descer pra ler perto da piscina, não tinha muito o que fazer, eu não queria receber a cabeça a cabeça do cara que eu amo de presente, ou muito menos ser culpada de destruir a família dele, eu não ia suportar viver com o ódio vindo das únicas pessoas que me deram amor e carinho, então se esse é o meu destino eu o aceito, se for pra tudo ficar bem eu aceito.

— Pi esta tudo bem menina? – Alberto me pergunta se aproximando

— Esta sim senhor Alberto – digo sem querer desabafar muito

— Eu sei o que esta acontecendo menina – suspira – seu pai foi longe demais

— Você sabia de tudo? – Pergunto

— Na verdade comecei a saber das coisas quando passei a ser segurança pessoal dele, as viagens que ele faz não é a trabalho Pietra, ele é viciado em jogos e álcool – ele diz e eu o encaro surpresa

— É por isso que estamos falidos – sussurro

— Na verdade ele esta falido Pietra, quando sua mãe faleceu ela deixou tudo para você, ele só podia mexer no seu dinheiro enquanto era menor de idade – explica

— Mais eu tenho 19, com que dinheiro ele estava jogando durante esse tempo? – Pergunto

— com a antiga empresa do seu avo, mas ele perdeu ela recentemente, por isso começou a te ''vender'' - explica

— Mais então eu tenho algum dinheiro? – Pergunto

— Tem sim, o advogado congelou quando você 18 anos, além do, mas essa casa é sua PIetra, se decidir vende-la você vai ter ainda mais dinheiro – suspira – você pode mudar seu destino menina, e fugir – diz

— Se eu fugir você vai preso por tudo que ele fez, ele vai te culpar – choro – ele disse que Malena fica sem emprego e sem casa e que mata o Adônis, eu amo vocês e não quero que nada de mal aconteça – digo chorando

— Pietra, quem paga nosso salario é um advogado da sua mãe, os Advogados da sua mãe mantem um prédio comercial no seu nome, onde ela aluga todos os andares que é o que me paga e paga a Malena, e agora o Adônis – explica e eu o olho incrédulo, todo esse tempo eu poderia ter saído daqui – você também tem um prédio onde o aluguel foi pra uma popança durante todos esses anos, ou seja você não esta desamparada, nem nos, só vamos ficar sem emprego quando você quiser – explica

— Se sabia de tudo isso, por que não me contou antes, por que não me deixou fugir antes, ser feliz – pergunto chorando

— Eu só soube de tudo isso quando comecei a trabalhar com ele, ele confia em mim, acha que estou do lado dele, mas na verdade estou juntando provas para prender o seu pai, se ele não for preso você não vai ter paz – explica

— Tudo bem, de qualquer forma obrigado Alberto – abraço o mesmo

— Espera ate sábado de madrugada, eu vou estar aqui, te ajudo a fugir, te deixo no prédio que é da sua mãe, deixo um segurança de confiança amigo meu, o pai do Luke, e depois no domingo de manha mando Adônis e Malena pra longe daqui ate que eu consiga que seu pai seja preso – explica

— Tudo bem, enquanto isso vou agir naturalmente – digo sorrindo

— Adônis não pode saber disso, ele esta apaixonado, varia qualquer coisa por você, ele seria capaz de te levar para longe mais rápido possível e isso não pode acontecer ate eu ter tudo que preciso para prende-lo

— Certo, obrigado – digo

— De nada, você é como uma filha para mim – ele beija minha testa e sai e eu volto pra casa me tranco no quarto e vou dormir. 

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