Capítulo 7

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Adônis 

Segunda feira começou animada pra mim meu pai chegou agora cedo de viagem, estava sentindo falta dele em casa, então ele estar aqui é muito bom, mas por outro lado isso indica que o Senhor Conrado Santini esta em casa e isso faz com que eu fique extremamente preocupado com a Pietra, não deveria, eu não deveria me importar, mas eu não consigo, essa garota é como aquelas sereias que cantavam pra atrair os marinheiros e afundar o seus barcos, ela me atrai de uma forma que eu nunca imaginei, e isso é tudo que não pode acontecer.

Encosto no carro, esperando a Pietra aparecer, mas me assusto quando vejo ela vindo com lagrimas nos olhos, o que faz meu coração apertar.

— Pietra está tudo bem? – pergunto

Ela nega — posso te abraçar? – pergunta e eu a puxo pros meus braços a abraçando forte enquanto ela chora.

— Ei Pi, me conta o que houve – peço

— Meu pai como sempre, eu juro que não sei o por que ele é assim, eu não tenho culpa da minha mãe ter morrido.

— Calma, não fica assim – faço carinho em seus cabelos

— ele falou tanto por eu ter faltado os compromissos aquele dia, disse que ele me sustenta então tenho que fazer o que ele manda independente de tudo, e ainda jogou na minha cara que ela não estava aqui no próprio aniversario por que eu a matei – ela diz chorando

Meu coração dói de ver ela assim e ouvir tudo isso, eu não sei como um pai tem coragem de falar essas coisas pra própria filha sem um pingo de responsabilidade emocional, como se isso não fosse machucar.

— ei Pi, olha pra mim e presta bem atenção no que eu vou te dizer – digo e ela me solta encarando meu rosto — você não tem culpa do que aconteceu com sua mãe, ela te amava e escolheu dar a vida pra você por amor, então não se sinta culpada.

— Eu só queria que ele não me tratasse assim sabe, eu sinto que quando eu perdi a minha mãe eu acabei perdendo um pai também, eu não tenho ninguém sabe – diz

— Você não está sozinha, você tem meus pais e tem a mim também – digo

— Você até pouco tempo nem gostava de mim – diz

— Esquece isso, e me desculpa por isso, só pensa que eu estou aqui com você e que você não está sozinha. – Beijo sua testa de leve

— Obrigado, eu também estou aqui por você – ela sorri fraco – acho melhor a gente ir antes que meu pai ache outro motivo pra me dar outra bronca.

Concordo, entro no carro do lado do motorista e fico surpreso ao ver a Pietra sentada ao meu lado no passageiro, por que ela sempre vai no banco de trás.

— Tudo bem se eu for aqui? – pergunta

— A vontade senhorita – digo brincando.

Ali eu vi que eu estou completamente perdido, essa menina conseguia fácil fazer com que eu me esquecesse que era apenas um empregado seu, quando estamos juntos ela faz parecer que tudo vai dar certo, mas a realidade aqui é outra, com o pai que ela tem é bem capaz de eu sair muito prejudicado se algo acontecesse.

[...]

Pietra

Eu não estava com saco pra aguentar essa aula de alemão, mas eu não tinha nenhuma escolha.

Em algum momento nessa aula meus pensamentos me levaram ate o Adônis, me peguei pensando no fim de semana e na forma como nos aproximamos nos últimos dias.

— ei amiga ta tudo bem? – Alana me desperta dos meus pensamentos.

— sim, só estou um pouco distraída, almoçamos juntas hoje?

— claro – ela sorri gentil – bom que você aproveita pra me contar do por que dos olhos inchados – ela diz e eu concordo.

A aula por sorte acabou rápido, eu nem consegui tomar cafe antes de vir, então a única coisa que passava pela minha cabeça era um belo almoço.

— você esta bem Pietra ? – Doni pergunta assim que me vê

— sim – respondo sorrindo feito uma otaria

— certo, estava pensando que tal massa hoje ? – ele pergunta e eu pondero um pouco

— essa ai comer massa ? É ruim em gatinho ela não sai da dieta – Alana diz brincando

— eu não acho que seja uma boa ideia Doni, ja comemos pizza no sábado – digo e minha me encara com uma cara tipo ''você tem muita coisa pra me contar ''

— Pi foi uma manhã difícil, você merece afogar as magoas em massa – ele diz e eu concordo mordendo o canto interno da boca.

Ele abre a porta de trás pra Alana entrar, depois a do passageiro pra mim e eu entro, esperando com que ele de a volta e entre no lado do motorista dando logo partida no carro.

Meu celular apita e pela tela bloqueada eu vejo duas mensagens da Alana.

'' Cara você esta caidinha pelo deus grego ''

'' Você sabe que tem muita coisa pra me contar ''

Rio encarando a cara dela pelo retrovisor mostrando língua logo em seguida.

Não demorou pra chegarmos ao restaurante onde vamos comer, o lugar era pequeno, mais era bem bonito.

— eu vou sentar ali, qualquer coisa você me chama – Doni diz

— por que não almoça com a gente ? – pergunto

— vou deixar vocês duas a vontade, parece que tem muito o que fofocar – ele diz rindo

— ei nos meninas não fofocamos, trocamos informações pessoais ok ?! – Lana diz e ele concorda rindo.

Observo ele ir em outra mesa, e eu e Lana sentamos e escolhemos nosso macarrão, aproveitei pra abusar, depois eu queimo isso na academia a noite.

Amor ProíbidoOnde histórias criam vida. Descubra agora