Capítulo 17

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Pietra

A manha como sempre foi correria, decidimos comer em um restaurante, eu, Lana, Luke e Adônis.

– Serio eu já posso chamar isso de encontro de casais? – Alana pergunta

– Se o Doni parar de fugir de mim acho que pode – digo rindo

– Cara esta fugindo de mulher agora? – Luke pergunta

– Não é como você esta pensando, e digamos que sim pode considerar isso um almoço de casais – ele diz beijando minha bochecha e eu sorrio.

– Nunca imaginei que eu e a Pi namoraríamos ao mesmo tempo, e muito menos que fossem amigos – Alana diz animada

– Eu nunca pensei que ia ter alguém – suspiro – mas a vida foi gentil comigo

– Ficou tudo bem, depois de ontem? – Luke pergunta

– Me senti mal por ter saído com aquele velho, mas por sorte quando cheguei meu pai não estava em casa e isso me deixou aliviada – digo

– A culpa não é sua amiga, seu pai é um louco, minha mãe queria matar o seu pai quando ela ficou sabendo – Lana diz

– Acredite, meus pais também, mas nunca é bom ir contra o senhor Conrado, não assim quando ele tem tanto poder de ferrar com a gente – Doni diz

Nosso almoço seguiu leve e divertido, era bom ter um grupo de amigos, poder me divertir nem que fosse um pouco, em um almoço e outro.

...

Chego em casa a noite e exausta para variar, mas para minha surpresa encontro meu pai sentado na sua poltrona enquanto fuma um cachimbo, essa pose dele me deixa assustada, mais que o normal.

– Boa-noite noite filinha – ele diz irônico

– boa noite, não sabia que estava aqui – digo

– Vim te trazer um presente – ele vem ate mim me entregando uma caixinha com brincos de brilhante

– Não entendo o por que do presente, já que você realmente não gosta de mim – digo

– Claro que esse presente não é meu, é do Américo, parece que você encantou o velho – ele diz sorrindo

– Eu não quero isso – digo seria

– Claro que quer, você vai usa-lo em um jantar amanha a noite, com Américo, eu e alguns amigos dele – ele diz

– Eu não vou fazer isso de novo, não adianta – digo firme

– Seria uma pena, você quer o pai do seu amado indo preso? – Olho para ele confusa

– Eu posso muito bem jogar nele todas as coisas erradas que fiz, aí ele iria preso, Malena e Adônis ficariam sem emprego e devastados – ele diz

– Tudo bem – suspiro – estarei pronta amanha.

Digo dando as costas para ele saindo de lá, eu não queria mais discutir, eu sei que Adônis disse que não era para eu ceder as ameaças, mas infelizmente elas estão ficando piores.

[...]

Respiro fundo mais uma vez me encarando no espelho, eu não estava nem um pouco feliz, mas eu não via outra opção a não ser fazer o que o meu pai queria.

Saio do quarto, indo ate a sala onde meu pai me espera, ele me encara de cima a baixo, isso me do nojo de verdade, ele me olha como se eu fosse um pote de ouro.

– Você esta divina, Américo vai ficar louco, isso é ótimo – ele diz

– Vamos logo, eu só quero que essa noite acabe logo – resmungo

Caminhamos ate o carro, o senhor Alberto vai dirigindo, ele me encara com pena, e eu entendo, eu também estou com pena de mim mesma, algo me diz que isso ainda vai piorar.

Chegamos a um restaurante chique, claro que quem vai pagar tudo é o Américo, meu pai esta me usando para se manter comendo do bom e do melhor e ao que parece continuar na nata da sociedade.

– Boa noite belíssima – Américo diz pegando minha mão e beijando a mesma

– boa noite senhor Américo – digo forcando um sorriso

Ele e meu pai se cumprimentam e sentamos a mesa, meu pai faz questão de pedir meu jantar, pedindo apenas um peixe grelhado e salada, como se isso fosse me deixar satisfeita.

– Nossa mais você vai comer só isso? – Américo diz

– Minha filha preza pela boa aparência – meu pai diz

– Mais a aparência dela já esta ótima, aposto que ela preferia uma costelinha – ele diz rindo

– Ela precisa manter a dieta

– Obrigado Senhor Américo, eu gosto das coisas mais leves mesmo – digo só para acabar com essa discussão boba

O jantar seguiu um saco, meu pai e o senhor Américo conversando sobre jogos dos cassinos em Vegas, eu mesma só consigo me sentir bem entediada.

– Gostaria de estender essa noite comigo senhorita? – Ele pergunta com malicia

– Nada disso Américo, lembra do nosso combinado, não é?! – Meu pai questiona

– Ah claro, amanha eu cumpro minha parte do combinado – ele diz

Então nos despedimos, eu fico intrigada com essa conversa, ate parece que meu pai esta fazendo algum tipo de negocio comigo.

[...]

Assim que chegamos em casa, meu pai se serve de whisky e me olha sorrindo, enquanto eu o encaro de braços cruzados.

— O que foi aquela conversa estranha no restaurante? – Pergunto

— A aquilo? Negócios – ele responde debochado

— Esse papo de negócios não me convence mais – digo

— Já que você quer muito saber querida filha, eu leiloei sua virgindade, o Américo pareceu mesmo ter gostado de você já que deu muito dinheiro por isso – ele diz

— VOCE FEZ O QUE? - Grito nervosa

— Leiloei você, sua virgindade - ele diz frio

— Você é um louco, psicopata, quem faz isso com a própria filha?

— Eu precisava de dinheiro, e lembrei que tinha você, conheço alguns caras que curtem uma ninfeta - ele diz e eu o encaro com nojo, um nojo absurdo – o Américo era um deles, você é uma encantadora de homens.

— Mais querido isso é simples, eu posso sair por essa porta e dar para o primeiro cara que eu encontrar, e aí?

Ele riu perverso — a escolha é sua - da de ombros — mais saiba que se sair por essa porta o seu queridinho Adônis vai sofrer as consequências, a família dele que você tanto é apegada vai ficar na miséria e sem filho - ele diz

— Você é um monstro – grito

— Me desafia para ver, eu vou adorar ter a cabeça do seu amado numa bandeja, vou adorar mais ainda ver o pai dele preso e Malena te odiando, ficando sem casa e sem emprego – ele ri perverso – fica tranquila eu te daria a cabeça do seu amado de presente para você se lembrar que a culpa foi sua.

— Você é um doente, quem faz isso com a própria filha? - Questiono

— Você pra mim não é nada, você matou a única pessoa que eu amava, e eu só não te matei por que sabia que seria útil, eu só investi dinheiro em você por que eu tinha intenção de vender - ele diz – mas te leiloar me rendeu bem mais dinheiro

— Chega, essa conversa já foi longe demais – digo

— Tudo bem se quer assim – da de ombros – só aviso que domingo a noite Américo vem te buscar, e toma cuidado ele tem gostos peculiares – diz e eu o encaro incrédula – ele é sadomasoquista – da de ombros rindo como se não fosse nada.

Respiro fundo me trancando no quarto, tomo um banho para vê se o nojo que estou sentindo passa, mas é em vão, meu estomago embrulha e coloco tudo pra fora, não sei se estou com mais nojo de mim, do meu pai ou desse babão do Américo.

Amor ProíbidoOnde histórias criam vida. Descubra agora