18_ Títulos para o amor.

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  Diferente do que aconteceu das outras vezes, Hermione não deixou à depressão tomar conta de sí.
  Agora que não estava mais sozinha, era mais fácil, não deitar simplesmente na cama e desejar morrer. Snape ficara ao seu lado, mesmo ela dizendo que não precisava.
  As palavras dele, ainda pairavam na sua mente.
  Segundo ele, Ela era a pessoa mais importante do mundo.
  Mas ele também disse que era um rastreador.
  Sim.
  Isso não é uma figura de linguagem no mundo bruxo.
  Vampiros geralmente tem esse dom.
  Mas misteriosamente, alguns bruxos também desenvolviam essas habilidades, assim como falar com cobras e etc. Não havia muita explicação.
  -Foque nas coisas boas, Granger.
  Disse para si mesma, enquanto trancava a porta do almoxarifado.
  Olhou para o relógio de pulso.
  Passava das 20:00 horas. Ajeitou a bolsa sobre o ombro. Vera saíra mais cedo. As professoras ja tinham ido e só o vigilante da noite estava no local.
  -Quer que a acompanhe até o ponto de ônibus Hermione- ele era gentil e ela sorriu.
  - Não precisa. Ainda é cedo. Mas obrigada.
  Caminhou lentamente.
  Susan à tinha convidado para jantar, mas ela ainda não havia confirmado.
  Os jantares com Susan se resumia à alguns petiscos e bebida.
  Elas estavam cada vez mais próximas.    Quando Snape ligou avisando que ela estava doente, a garota até apareceu para visita-la no final do dia.
 
Hermione quase caiu para trás quando a viu na porta do quarto.
  -Mulher, você realmente esta com uma cara...
  Ela só sorriu.
  Uma coisa estranha dentro de sí.
  Incomodada, porém feliz.
  -Trouxe bolo e chá e nem adianta dizer que não quer comer.
  As duas conversaram ate bem tarde.
  Snape estava no escritorio, para deixa-las mais à vontade. Susan falava sem parar. Como aquele lugar era chato quando ela não ía. E que ela tinha que ficar boa e voltar logo ao trabalho e etc...
  -Eu achava que essa casa era como a casa da família Adams-ela disse fazendo Hermione rir- quase caí para trás quando aquele homem abriu à porta!Mas voltando a casa: estou desapontada. É muito normal. Com televisão e geladeira...e paredes com cores claras!
  -Mas o que você acha que tem numa casa? Discos voadores?
  Hermione brincou.
  -Eu pensei que esse cara era um vampiro e que vocês dormiam em caixões.
  -Você é doida mesmo Susan, mas obrigada por vir.
  Susan fez um gesto vago, como quem diz que aquilo não tem nada demais.
  -E você e o professor?
  -O que tem? -Hermione perguntou, servindo-se de um pouco mais de chá.
  Susan deitou-se na cama sem cerimônia.
  -Esta na cara que vocês estão transando...
  -Porque?- Hermione fingiu não entender.
  Susan riu.
  -Porque você esta com uma marca de chupão no pescoço e tem uma cueca dele bem ali.
  Disse apontando algum ponto atras de Hermione. Que arregalou os olhos e correu para o espelho.
  Constatando tarde demais que não havia nenhuma marca em seu pescoço e que Severus Snape, nunca deixaria uma cueca jogada no chão.
  A outra se torcia de rir na cama.
  -E então, Granger, como é trepar com um velho e vampiro?.-Ela perguntava provocativa-ele precisa de um remedinho para ajudar à...você sabe, né!?
  Hermione bateu em Susan.
  - Não seja idiota!- Ela disse, Snape não é nem velho e o tempo, as marcas do tempo são  diferente para nós...
  Claro que ela percebeu tarde, que estava falando demais.
  Susan à olhava sem entender.
  Mas depois soltou uma piada:
  -Verdade, ele é um vampiro. Desde que o conheço não mudou nada!
  -O que eu quero dizer, é que eu já tenho 30 anos!- Ela deu de ombros- somos duas pessoas maduras.
  -Sei. Dois velhos, mas o sexo geriátrico é bom?
  Hermione deitou-se ao lado da amiga.
  -Na verdade, tem sido maravilhoso sabia?-comentou distraída- e você logo mais terá 30 também. Já tem 27 anos.
  A jovem fez uma careta.
  Não queria pensar nisso.
  Hermione começou a falar detalhes, em como estava feliz e à tanto tempo não se sentia envolvida assim. Que Severus tinha pegada. Que se liberava na cama.
  Que ela amava estar com ele.
  E que os dois se tratavam de maneira amistosa e amável, mas ele continuava meio rabugento. E naturalmente, se davam bem, como bons amigos. Que se ela desejasse algo do tipo, talvez não fosse tão bom, como vinha sendo entre eles.
  Deu-Se conta, que esse tempo todo, ela realmente quis falar com alguém, sentir que tinha uma amiga...
  Conversar coisas naturais de mulheres.
  -Então Hermione, você o ama?
  O coração dela apertou.
  -Responde. Você ama o professor?
  Alguém atras da porta também estava ansioso pela resposta.
  Ela hesitou um pouco.
  Havia sentimentos e paixão, não tinha dúvidas.
  Mas Era estranho falar disso, eles nem eram namorados, oficialmente.
  - Acho que amo sim. - Ela pensou se ainda era capaz de amar--Se não for amor. É algo que chega bem perto.
  Severus não tinha intenção de escutar a conversa, mas justamente na hora que ele ía passando para seu quarto, ouviu o seu nome.
  A curiosidade falou mais alto.
  Quando Hermione hesitou em responder se lhe amava, foi como se uma eternidade estivesse passando.
  Involuntáriamente, sentiu o coração acelerar.
  Mas quando ela confirmou.
  Uma alegria que ele nem ousava admitir, tomou conta de seu ser.
  Por um momento, ele até esqueceu daquela mentira, que o incomodava tanto.

  Hermione ouviu o barulho de um carro atrás de sí.
  E virou-se com o coração acelerado.
  Era ele, Snape.
  -Aceita uma carona, senhorita Granger?
  Ela sorriu entrando no carro.
  -Larguei o serviço  mais cedo e resolvi te levar para sair- Ela o olhou surpresa- sei que você só quer sexo, mas pode ser divertido.
  - Não seja idiota!
  Ela disse batendo-lhe no braço e ele riu, deixando um pouco  de lado o homem contido que costumava ser.
  O que estava acontecendo ali?
  Ela se comportava como uma namorada e ele não à estava repreendendo! O que viria à seguir? Jantares? Danças de corpos colados?
  Pelo amor de Deus!
  Quando ele parou o carro, ela não esperava que ele abrisse à porta. Mas ainda assim, ele deu à volta e a ajudou à descer.
  Estava meio chateada, porque ele não lhe deu tempo de passar em casa para se arrumar, então, no caminho, Hermione soltou os cabelos e passou um pouco de maquiagem e perfume.
  Para o homem que a admirava boquiaberto, ela ja estava linda. Mas assim são as mulheres, independente do mundo à que ela pertença.
  Ele segurou a sua mão.
  Ela agradeceu o fato de ele ter levado  um sapato de salto alto.
  Ele estava sendo atencioso.
  E ela gostou.
  Aceitou a mão que ele lhe estendia, e pararam de frente um para o outro.
  Ela arrumou a bolsa no ombro.
  -Podemos ir para o seu quarto?- Ela provocou- Podemos ficar na banheira até os nossos dedos enrugarem...
  Ele sorriu.
  -Não quer que as pessoas à vejam com um velho?
  Ele provocou, pois sabia que a amiga o achava um dinossauro.
  Ela lhe deu uma pancadinha no ombro.
  - Não seja bobo. Você ainda ate que está bem.
  Ele fez uma careta.
  - Então, o que foi?
  Ele perguntou, arrumando o cabelo dela para trás dos ombros. E realmente amava aqueles cabelos, cheios, bonitos e cheirosos.
  - Eu só estou nervosa...Nunca saímos juntos.
  - Eu fui egoista, só te queria sem roupas- ele lhe abraçou- e sem roupas, queria você só para mim. Mas agora, quero que as pessoas vejam que estamos juntos. Se isso não for um problema para você...
  Ela respirou fundo e sorriu.
  Era tão bom, estar ali, com ele, abraçados como um casal comum. No meio da rua.
  Snape beijou a testa de Hermione e voltou à abraça-la.
  -Nunca será um problema.
   Ele afastou-se.
  -Vamos?-Ela passou o braço pelo seu. E os dois caminharam juntos para o salão simples.  Mas aconchegante.
  Tudo era bem arrumado.
  As mesas dispostas no salão, tinham toalhinhas bordadas e Hermione achou o lugar bem fofo.
  Snape puxou à cadeira e eles tomaram vinho, antes de pedirem o prato principal.
  Ambos pediram um filet ao molho madeira e salada.
  Ele à observava, sorridente e falante.
  Será  que ela realmente estava sendo sincera sobre os seus sentimentos? Talvez Sim, mas ele nunca se sentira tão leve e completo.
  Talvez, tivesse finalmente encontrado o seu par.
  Quando acabaram de comer, saíram de mãos dadas.
  A noite estava agradável e Severus passou o braço em torno do ombro de Hermione. Ela também o envolveu, num gesto natural e apaixonado.
  Aquilo, era bom.
  Não ter que se esconder, ou fingir.
  Eles realmente estavam juntos à pouco mais de um ano e era isso o que ele falaria, quando alguém perguntasse sobre o relacionamento  dos dois:
  - Eu sei que não falamos sobre isso antes, mas para mim, já estamos juntos desde à primeira noite, quase um ano atrás.
  Ela balançou a cabeça.
  -E eu concordo com você.
  Os dois beijaram-se apaixonadamente.
  As pessoas íam e vinham, mas os dois, pareciam congelados no tempo.

...
 
 

  
 

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