22_Um frio na Espinha... (🔥)

108 10 0
                                    


22

  Hermione estava esticando o lençol da cama, quando uma coruja entrou rápida pela janela.
  Seu coração disparou.
  - Que droga!
  Disse para sí mesma.
  O que o Draco queria agora?
  Para piorar as coisas, Snape entrou no exato momento em que ela respondia a mensagem. Ela sentiu um frio na espinha.
  Mas não queria viver sobressaltada.
  - Eu só vim pegar os meus óculos.
  Ele falou, saindo em seguida.
  Exausta sentou-se na cama.
  A mensagem era breve, ate tocante:
  "Querida, estou feliz por te ver tão bem. Espero manter contato e não se preocupe, continuarei olhando pelos seus. Já sabe que se precisar de qualquer coisa, pode me procurar
Atenciosamente: seu amigo, Draco."
  Se Severus não entra naquele momento, essa seria uma página virada.
  Ela observou ao redor.
  A decoração do quarto era sem graça.
  Havia um papel de parede antigo, com florzinhas que lembrava um quarto de vovó, a cama, um armário grande e um birô.
   Era estranho ver Snape dormindo ali.
   Apesar de sua casa ter um aspecto bem comum, no quarto dele, havia algo diferente, como um misterio, talvez pelo fato do ambiente combinar com o dono, tinha a sua mesa com livros e anotações, frascos de poções e tudo era extremamente sóbrio.
  Tudo em tons de cinza e preto.
  Era aconchegante, mas meio sombrio.
  Ela rolou pela cama. Não queria descer e encara-lo, mas era preciso.
  Encheu-se de coragem e foi, não sem antes pensar que ele realmente  não tinha a cara daquele quarto.
   -Esta tudo bem?
  Ele perguntou mal tocando em seu café da manhã.
  Ela, apesar de um nó na garganta e um leve incômodo no estômago, obrigou-se à comer. Queria agir com naturalidade.
Sabia que ele à observava.
  -Quem lhe enviou aquela coruja?
  -Apenas assuntos burocráticos...
  Ela mentiu, tomando o um gole de café.
  Ele acompanhava com os olhos, cada pequeno gesto.
   Sabia que era mentira.
   Mas não iria confronta-la, não agora.
   -As burocracias...- disse pausadamente- Elas nunca te deixam em paz não é mesmo?
   Hermione quase respirou aliviada.
   Ele não insistiu e nem pareceu duvidar.
  Snape à observou apanhar a bolsa e colocá-la sobre o ombro, em um gesto familiar, quase reconfortante.
Ele pegou sua mão, ela sentou-se em seu colo e o beijou.
  Ele explorou sua boca de forma faminta, com a lingua em movimentos ágeis e começou a subir as mãos por entre as suas pernas.
  -Preciso ir trabalhar...
  -Shiiiiiiu...
   Ele disse levantando e puxando a mulher para sí.
  Beijava-lhe e a acariciava sem pressa, o que de certo modo à estava irritando. Ela não queria outro problema, o fato de sentir-se culpada a fazia ceder e ele acabava à estimulando, de um jeito que à tornava receptiva à qualquer iniciativa que ele tivesse.
  A questão de ele te-la visto respondendo uma simples mensagem, era só uma ponta do problema, era a primeira vez que ele perguntava do que se tratava.
  E ele não era muito de fazer perguntas...
  Era difícil se concentrar, com a cabeça dele entre seus seios.
  Ainda bem que ela pensou em uma resposta rápida.
  Sentiu um leve desconforto, quando ele à virou, empurrando-a em direção a bancada e subindo a sua saia.  Mesmo sabendo que ela estava pronta para o trabalho.
  E aquilo iria atrasa-la.
  Gemeu baixinho, enquanto sentia seu membro ereto forçando à entrada.
  Tentou relaxar.
  Puxou-o  mais para sí.
  Queria que ele sentisse que ela estava apaixonada e que adoraria satisfaze-lo em tudo.
  Ele apoiava uma mão na bancada e com à outra à puxava pela cintura.
  Ela balançava para frente e para traz.
  Desde a última briga, ele não agia assim, com propriedade e certa fúria, na verdade só tinham transado umas três vezes em mais de duas semanas, nessas vezes, agiam de um modo mais contido, não deixava de demonstrar satisfação, mas uma postura passiva, não combinava com ele.
  Hermione até achava isso meio estranho.
  Até desanimador.
  Ele avançava sobre ela com a pressa daqueles que desejam alguém mais que qualquer outra coisa e ia cada vez mais rápido, ate que finalmente  se afastou.
  Ela sentiu as pernas amolecerem.
  Desceu a saia, enquanto Snape afastava-se em silêncio, Hermione  correu ao banheiro para recompor-se.
  Ele estava sentado no sofá, quando ela voltou.
  -Você não vai se atrasar, eu te levo.
  Ela o acompanhou até o carro.
  Ele dirigia em silêncio.
  -Esta tudo bem?- Hermione perguntou.
  Como resposta, obteve um olhar frio e muito silêncio.
  Engoliu em seco. Mas segurou o olhar.
  -Esta Sim, querida.
  Finalmente respondeu.
  Ele lhe tocou o rosto em um gesto de carinho.
  -Temos que ir à um jantar no final de semana, sugiro que compre um vestido bonito.
  Ela sorriu, feliz por ele arrumar algo para falar.
  - Do que se trata esse jantar?
  - Reencontrei um velho amigo e quero que ele saiba que estou muito bem acompanhado.
  Ela sorriu envaidecida.
  -Vai precisar de dinheiro para o vestido?
  -Não precisa se incomodar.
  Ela disse e foi sincera.
  Ele sentiu uma pontada de ternura...
  Mas sabia das mensagens trocadas com outro e isso, o fazia sentir enganado. Ultrajado.
  Puxou-a para um beijo, mais demorado que o necessário, ela tentou afastar-se mas  ele à segurou.
  -É tão bom saber que você é minha...
  Ela o encarou.
  -Toda minha. E nada pode mudar isso.
  Ela desceu do carro sentindo-se estranha. Mas ele era assim.
  Não havia nada fora do normal ali.

  Naquela noite, estavam no sofá.
  Passava da meia noite.
  -Vamos deitar-Ele falou, já  puxando-a pela mão.
  Ela subiu os degraus atrás dele.
  Ia entrando em seu quarto quando o sentiu-se puxada porta à fora.
  -Vamos para o meu quarto.
  Não era uma pergunta ou um pedido.
  Ele mal à olhou e ela  ficou parada por alguns instantes.
  - Vamos logo.
  Deitaram-se calados.
  Ele apagou à luz.
  Por alguns instantes, Hermione esperou que ele à envolvesse em seu abraço para dormirem juntos. Mas nada aconteceu. 
  Snape virou de costas.
  Estava tão irritado, que queria extravasar toda a sua raiva, deixar marcas Por Todo aquele corpo que era apenas seu, queria avançar sobre ela com mais fúria  que desejo agora mesmo, mas não faria isso, pelo contrário, apenas deu as costas e fechou os olhos.
  Sentiu a proximidade de Hermione às suas costas.
  Podia sentir a sua respiração.
  A mão, pousada delicadamente sobre seu abdômen.
  Em um gesto delicado, escorregou a mão até próximo ao umbigo do homem.
  Ele segurou o pulso dela, que pega de surpresa, sentiu-se perdida na escuridão.
  O coração aos pulos.
  Ela pensou se ele à estava desprezando propositadamente.
  O que alem de infantil, era cruel.
  Porem, de forma rápida,  ele mudou de posição e ja pairava sobre o seu corpo, afastando suas pernas com os joelhos.

.
...
 

 
 
 
 

Recomeço.Onde histórias criam vida. Descubra agora