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   Ouvindo o barulho irritante de meu celular tocando no chão daquele quarto desconhecido por mim, suspiro profundamente sentando-me sobre aquela cama podendo sentir o corpo de alguém dormindo ao meu lado. Um pouco assustada ao olhar para o despertador sobre o criado mudo ao lado do ser ainda desconhecido,me levanto daquela cama rapidamente e sigo em direção a uma porta que seria o banheiro daquele quarto. Estava atrasada para o colégio e certamente meus pais e meu irmão estavam putos comigo.

  Depois que sai da casa dos Salvatore,decidi que não voltaria para casa para ter que ouvir o sermão de meu pai e ter que ver a cara de Chuck do meu irmão. Então como uma pessoa repleta de contatos,descolei uma social com algumas garotas que conheci em muitas festas que frequentei. Estando entre aqueles que não me julgavam por ser quem sou,pude esquecer as palavras do filho da mãe ruivo, pude realmente esquecer o mundo a minha volta e os malditos filhos da puta que vivem nele. Bebi o quanto pude e me divertir como nunca,porém como consequência minha cabeça estava a ponto de explodir devido a bebedeira desenfreada.

   Enrolada em uma toalha que encontrei no armário da pia, retorno para o quarto ainda encontrando Ravi - um dos muito contatos com quem posso me divertir sem me preocupar se no dia seguinte,o terei em meu pé cobrando algo que jamais teremos - dormindo. Vestindo uma peça de lingerie que sempre carrego em minha bolsa - para caso resolva passar a noite fora - solto meus cabelos e me visto com a calça jeans lavagem escura que estava vestindo ontem quando sai da casa dos Salvatore.

   — Para quê a pressa gata?

  Ouvindo a voz rouca de Ravi que se senta em sua cama, viro-me em sua direção enquanto segurava minha blusa que estava com cheiro de cigarro de maconha, provavelmente teríamos usado no momento em que subimos para seu quarto.

  — Preciso ir para o colégio gato — com um sorriso no rosto,Ravi assenti e se levanta de sua cama vestindo apenas um box preta.

   — Quer uma carona? — assinto,e o vejo entrar no banheiro para tomar um banho.

   — Preciso de uma camisa sua,minha blusa está cheirando a cigarro de maconha e não posso entrar naquela prisão com esse cheiro — jogando minha blusa sobre sua cama,explico indo até seu guarda roupa perfeitamente organizado.

  — Pode pegar qualquer uma...— grita do banheiro enquanto ouço o barulho da água caindo no chão.

   Encontrando uma regata branca com estampa de uma palavra que adquiri para mim a um certo tempo, a visto ouvindo meu celular tocar novamente. O pegando no chão entre as roupas de Ravi, reviro os olhos ao ver que se tratava de meu irmão que me ligava pela vigésima vez.

  — Vai se foder! Quis se divertir as minhas custas,agora se fode com sua preocupação de merda — sussurro deixando o celular tocar.

   Calçado o par de Air Jordan branco e vermelho que ganhei de presente de uma de minhas amigas,me ponho de pé novamente no mesmo estante que Ravi sai do banheiro com uma toalha enrolada na cintura. Dando um sorriso em minha direção,o moreno tatuado pega uma peça de roupa qualquer e se vesti enquanto estava lendo as diversas mensagens que Talita e Flávia me mandaram,as inúmeras ligações recebidas de todos os meus amigos e meus pais. Mas o que me fez ter uma crise de riso, foi encontrar uma mensagem do filho da mãe.

  “Onde você está? Estamos preocupados com você, Sun! ”
(21:40)

“  Assim que você visualizar essa mensagem,me responda para ter certeza de que está bem”
(22:00

   Não estava entendendo o porquê dessas mensagens,pois alguém que se acha a maior metralhadora de boceta não teria tempo de se preocupar com o sumiço de “uma garotinha que não sabe o quer”. Dylan era um idiota que está brincando com fogo.

Irmão do meu melhor amigo [FINALIZADO]Onde histórias criam vida. Descubra agora