"Tenho uma persistência que a vontade dos outros é incapaz de intimidar. Nesses momentos a minha coragem sempre me socorre" (Jane Austen - Orgulho e preconceito)
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Meredith PoV
Acompanhada por Andrew, eu adentrei o quarto do alojamento como um raio e vi apenas Jackson, que me esperava com um olhar apreensivo.
- Jackson, o que houve? Cadê a Maggie? - eu olhei para a cama onde ela estava e não a vi - O que foi, Jackson, me fala!
Ele segurou meus ombros com calma:
- Calma, Mer, calma. Ela teve uma crise de dor, a febre voltou com tudo, ela estava com muita dor abdominal do lado direito. Nós a levamos para fazer alguns exames emergenciais e constatou-se que ela está com apendicite.
Eu franzi a testa:
- Mas...eu sei que isso não é tão grave, apesar de doer muito...e ela vai precisar de cirurgia...
- Sim, por isso que te chamei. Ela já está a caminho da sala de cirurgia, até porque foi constatado que...
- Que....?
Jackson suspirou:
- Bom, ela teve apendicite supurado.
Eu olhei para Jackson, um misto de entendimento, mas também confusão.
Jackson explicou:
- Mer, agora é correr contra o tempo porque a vida dela corre perigo. Como o apêndice estourou, a infecção espalhou e o risco de septicemia e infecção generalizada é muito alto. Ela já está no bloco cirúrgico, falta apenas sua assinatura autorizando a cirurgia.
Meu mundo pareceu rodar. Era tanta informação ao mesmo tempo! O chão parecia ter se aberto e eu estava com muito medo de perder a Maggie. Ao mesmo tempo, eu pensava em como iria arcar com todas as despesas do hospital. Eu sabia que a Universidade nos protegia com um plano de saúde simples, urgência e emergência e um teto mínimo para consultas, mas cirurgia...isso eu sabia que era à parte. E uma cirurgia dessa, mais os gastos com instrumentação, medicação, etc, seria um valor muito alto e que eu e minha família talvez não conseguíssemos pagar tudo de uma vez ou, no máximo, rasparíamos a maior parte da nossa poupança.
Percebendo o que se passava pela minha cabeça, Jackson estendia o formulário para mim com um olhar desesperado. Foi quando eu senti uma mão pegar os formulários e puxar uma caneta, estendê-los a mim, e dizer firmemente:
- Assine, Meredith. E deixa que a gente resolve isso. A vida da Maggie depende disso.
Olhando para Andrew DeLuca, que estendia calmamente a caneta para mim, eu não tive dúvidas: assinei e entreguei a Jackson que saiu correndo como um raio pelo corredor e já havia avisado pelo celular que poderiam começar a cirurgia.
Eu olhei para Andrew angustiada. Ele fez um sinal mudo de "vamos" e me conduziu até ao bloco cirúrgico. Quando cheguei, ele me mostrou dois pequenos sofás onde os familiares normalmente aguardavam até a cirurgia acabar.
Desolada, eu sacudi a cabeça:
- Andrew, eu não sei se tenho como cobrir todos os gastos...eu sei que tudo isso sai muito caro e...
Ele me interrompeu:
- Meredith, não se preocupe. O hospital vai dar um jeito nisso.
- Como?
- Existe uma cota de cirurgias de emergência e urgência e que engloba os universitários também. Portanto, você e a Maggie se enquadram.
Eu franzi a testa. Eu nunca havia ouvido falar sobre isso. Nesse momento, Jackson entrou na pequena salinha onde estávamos e disse:
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QUANDO FALA O CORAÇÃO
FanfictionMeredith e Maggie são duas irmãs que se mudam para a cidade grande para realizar um sonho: cursar Medicina em uma das maiores Universidades do país. Elas sempre foram criadas na pequena e pacata comunidade de Meryton, um vilarejo que parece ter para...