Cap. 19 - Aventura

204 11 49
                                    

"As próprias pessoas se alteram tanto, que há algo novo a ser observado nelas para sempre." (Jane Austen - Orgulho e Preconceito)

&&&&&&&&&&&&&&&&&&&&&&&&&&&&&&&&&&&&&&&&&&&&&&&&&&&&&&&&&&&

Meredith PoV

Receber a notícia de que Amelia havia fugido com Link depois de tudo que eu sabia sobre ele foi como jogar uma bomba no meio do tormento que eu já estava vivendo. Eu desliguei o celular tão nervosa que a única coisa que eu queria fazer era pegar minhas coisas e voltar urgentemente para Meryton a fim de saber tudo o que tinha acontecido e ir atrás de Amelia por conta própria. Eu estava zonza, sem raciocinar direito e, por isso, quando Andrew ouviu toda a conversa atrás de mim e disse que iria comigo para Meryton eu não consegui esboçar nenhuma reação.

- Vamos, Mer, vamos pegar nossas coisas, eu vou com você! - disse Maggie percebendo meu choque.

Eu sacudi a cabeça:

- Não, Maggie, fique! Deixa que eu resolvo isso. Você tem imersão com a Dra Yang, não pode perder!

- Pare de tentar resolver tudo sozinha, Mer! Eu vou ligar para a Dra Paloma, vou explicar a ela que surgiu uma emergência familiar e remarco para uma próxima vez. Vocês são minha prioridade. - disse Maggie resoluta já pegando o celular. 

- Eu também quero dar uma força. Vou com vocês! - disse Jo saindo rapidamente para pegar suas coisas.

Assim, organizamos tudo em um piscar de olhos e logo estávamos do lado de fora, onde Andrew já nos aguardava dentro do carro. Eu entrei e sentei no banco da frente; olhei para ele, com um olhar aflito. Ele pegou minha mão discretamente e, olhando profundamente nos meus olhos, disse de forma firme:

- Eu prometo que vou achar sua irmã. Não vou deixar que nada aconteça à Amelia.

Eu balancei a cabeça afirmativamente, segurando as lágrimas e apertei a mão dele de volta.

Ele sorriu, deu partida no carro e seguimos rumo à Meryton.

=========================================================================
Quando chegamos, papai estava na varanda e nos esperava aflito, meio acelerado, andando de um lado para o o outro, sem saber bem o que fazer. Apresentei Andrew a ele, sem dar muitos detalhes especialmente sobre o nosso relacionamento, e os dois começaram logo a conversar a fim de compartilharem as informações sobre o desaparecimento da Amelia.

Meus pais deram falta da Amelia pela manhã, pois notaram que ela estava demorando a se levantar. Perceberam que ela havia levado suas roupas e também a bolsa com algum dinheiro e o cartão da conta do banco.

Imediatamente, Andrew fez umas duas ou três ligações rápidas. Ele estava sério e anotava algumas coisas em um papel. Assim que desligou o celular, ele disse ao papai:

- Tenho uma noção de onde Amelia possa estar. Consegui rastrear a última utilização do cartão dela e também o rastreio do celular. Pelas informações que consegui, ela não está muito longe daqui. Peço permissão para ir atrás dela, senhor.

- Eu não sei nem como começar a procurá-la, então tem toda a minha permissão, meu rapaz. Aliás, eu vou com você.

Meu pai foi até a sala buscar alguma coisa, enquanto eu olhava para algum ponto desconhecido no horizonte, o olhar parado, as mãos cruzadas sobre o peito e os olhos marejados.

QUANDO FALA O CORAÇÃOOnde histórias criam vida. Descubra agora