Welcome to my world

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    - Lucca? - Foi impossível me controlar. As palavras voaram da minha boca. Eu não queria falar nada, mas escapou dos meus lábios. Tina estava sentada no colo dele e as mãos dele estavam em sua bunda.

    Eu estava com choque, eu simplesmente não conseguia acreditar que eu estava vivenciando uma cena dessas. Eu estava sentindo o meu coração quebrando pedaço por pedaço. Minha melhor amiga com o homem que eu amava.

    Tina se levantou rapidamente do sofá e colocou seu cabelo atrás das suas orelhas. Ela sempre fazia isso quando queria dar uma explicação para as coisas, mas isso não havia explicação, não para mim.

    - Não precisa falar nada, eu não quero ouvir nada. – Meu olhar saiu deles, eu não suportava encarar aquela cena. – Só espero que vocês sejam felizes e saibam escolher a amizade de vocês para não acontecer o que está acontecendo comigo nesse momento. - As lágrimas escorriam pelo meu rosto, eu não ia tentar controlá-las. - Tina, você sabia que eu não tinha esquecido o Lucca, que eu ainda o amo ou amava. Você... Você é muito corajosa, talvez você realmente o ame. - Passei a mão pelo meu rosto tentando secar as minhas lágrimas. Ruel me abraçou, fazendo eu me virar de costas para eles. Mas logo me virei para eles novamente. - Finjam que eu morri, por favor, estariam me fazendo um favor.

    - Vamos embora daqui, vem. - Ruel me guiou até as escadas e descemos abraçados. Ele me mantinha de pé, porque meu corpo estava fraco e trêmulo.

    Aquilo havia me quebrado em milhões de pedaços, eu estava decepcionada. Tina sabia de todos meus sentimentos, cada coisa que eu sentia, se ao menos ela tivesse me dito que sentia algo por ele. Eu fui enganada, talvez eles tenham ficado enquanto eu o namorava, eles sempre foram melhores amigos.

    O sentimento de impotência estava me invadindo, eu estava fraca. Minha melhor amiga e o primeiro homem que eu amei na minha vida. Minha vida parecia um filme e, com certeza, ganharia um prêmio na categoria drama adolescente.

    Ruel pegou a chave do carro na minha mão enquanto saíamos da mansão. Caminhamos até o carro e ele me deixou no lado do carona, deu a volta e entrou no lado do motorista.

    - Tudo bem, vamos ver como saímos daqui. - Ele disse colocando a chave na ignição e abriu o aplicativo de rotas. Deixou o celular no suporte e deu partida.

    Minha cabeça estava recostada na janela do carro e as lágrimas escorriam pelo meu rosto rapidamente. Simplesmente não entrava na minha mente o que havia acontecido, era demais até para mim. E é essa a vidinha perfeita que Stacy Langton tem, que todas as pessoas julgam perfeita. A vida em que você não pode confiar em ninguém, porque quando confiamos é isso que acontece e eu tenho dois exemplos agora.

    - Podemos ir a outro lugar? Não quero ir para o hotel agora. Por favor. - Perguntei com a voz rouca. Soltei um pequeno soluço e o olhei. Ruel abriu um sorriso tentando me deixar melhor e assentiu.

    O carro foi parado para mudar a rota no celular. Liguei o rádio e justamente a música que não poderia estar tocando, estava tocando. Falling do Harry Styles explodia nas caixas de som do carro, deixando o clima mais melancólico. Realmente aquilo estava se tornando um drama adolescente.

    - Podemos ir a um parque, ficamos quietos em um canto, debaixo de uma árvore. Só vai faltar um violão para ficar perfeito, mas isso fica pra próxima. - Suas palavras eram doces e delicadas. Ruel merecia tudo de bom, mas estava cuidando de mim, não diria que ele é uma pessoa sortuda. Foi impossível não sorrir.

    - Tudo bem. - Ele sorriu e voltou sua atenção para frente, voltando a dirigir. - E Ruel. - Seu rosto virou para mim rapidamente, logo voltando a olhar as ruas. - Obrigada por cuidar de mim, não tá sendo fácil nem pra mim e nem pra você. Desculpa, eu... - Fui interrompida.

𝐂𝐎𝐋𝐋𝐈𝐃𝐄𝐃 𝐒𝐓𝐀𝐑𝐒; 𝒓𝒖𝒆𝒍 𝒗𝒂𝒏 𝒅𝒊𝒋𝒌Onde histórias criam vida. Descubra agora