M A R I A E D U A R D A
—..Aí você chegou. - Coloquei meu pijama e me joguei na cama dela, chegamos a uma hora e ela me obrigou a contar detalhe por detalhe.
— Aí meu deus Maria! O grego não da moral pra ninguém, muito menos pra mulher, nem pra aquela lambisgóia que vive no pé dele, se fosse qualquer outra pessoa lá passando mal, tirando a Laura, irmã dele, ele iria mandar se foder, sem dúvida nenhuma, aquele gostoso! - Ela falou lixando as unhas.
— Beatriz, você namora! - Joguei um travesseiro nela.
— Oque? Eu to namorando, não morta! Ah, hoje eu me acabei de sentar. - Ela mordeu os lábios e eu fiz cara de nojo.
— Beatriz do céu, você é uma quenga! - Rimos, a frase que eu falava toda vez que ela fazia algo do tipo.
Ouvi meu celular tocar e atendi, era meu pai.
— Oi pai. - Atendo e deito de barriga pra baixo, sinto Beatriz bater na minha bunda e chuto ela.
— Vadia.. - Ela sussurra.
— Filha, tudo bens com você?
— Tudo papai.
— Não está sentindos nada? Comeu? Tomou-se algum remédio? Quer que o papai vá buscar-te? - Interrompi ele.
— Não papai, eu estou bem, fique tranquilo.
— Okay meu bebê, qualquer coisa me ligue, papai te ama!
— Também te amo papai. - Desligo.
— Sua vaca! - Beatriz diz.
— Mariazinha da minha vida... - Ela me abraça e me beija na bochecha.
— Oque você quer Beatriz? - Pergunto.
— Eu assisto o Coiso Malfoy com você se você ir no morro comigo amanhã.
— Chantagista! Tá bom. - Reviro os olhos.
— O role que nós gosta é brinca de lego, arranca as pernas e monta dinovo.. - Ela canta e eu a olho chocada.
— Beatriz, se tu relar na bíblia ela pega fogo.
Ela ri e coloca uma música, que fala sobre banho que leite.
— Que legal, uma vez eu tomei banho de leite. - Ela vira a cabeça tão rápido na minha direção que eu acho que é exorcismo.
— É oque?
— Eu fui pegar o leite em cima do balcão e aí ele caiu todo em cima de mim.
Ela revira os olhos.
— Larga de ser monga Maria Eduarda, não é esse leite aí não.
Franzo o cenho e a encaro, ela dispara em uma risada.
— Beatriz! - Escutamos um grito lá fora, olhamos pela janela e eu vejo Amabily com uma roupa minúscula chamando ela com a mão.
— Minha casa virou puteiro pra ficar recebendo piranha, é? - Ela grita, gente do céu, Beatriz vai pular a sacada e arregaçar a cara dela no asfalto, estou vendo já.
— Na hora de pegar meu macho tu foi não foi vagabunda? - Ela grita provocando e eu começo a ficar nervosa, meu deus, da ultima vez que Beatriz brigou ela foi parar na delegacia.
— Ó, escuta aqui, rata do puteiro, se eu descer aí, vou arrancar todo esse teu cabelo de boneca de macumba, escutou? - Beatriz grita, eu conheço ela bem e sei que ela tá se segurando pra não dar uma de surtada.
— Saí dessa aí, sua vadia desclassificada! Naiany me contou que tu estava em cima de Carlinhos, desce aqui e mostra se tu é foda então, prostituta barata! - Amabily diz.
Ah não..
Foi tão rápido, a Beatriz pulou da sacada quase me levando junto e pulou em cima dela, desviei o olhar e fui chamar a mãe dela para me ajudar, mas lembrei que ela saiu. Então, aí não acredito que vou ter que separar elas.
Desci pelas escadas rápido e fui até elas, puxei o braço da Bia e fui acertada pelas unhas da Amabily. Me afastei rápido sentindo meu rosto queimar e meus olhos se enchem de lágrimas, mas eu limpo rápido e passo meu braço no rosto.
— Você não bate na minha amiga não, calcinha dura do caralho! - Bea grita e mete um tapa na cara da Amabily.
A noite vai ser longa.
[...]
— Eu ainda não sei como você saiu plena e sem nenhum arranhão. - Digo para Beatriz que limpa o machucado do meu rosto.
— Ela saiu destruída, coitada da piranha, merecia mais. - Ela ri.
— Você e essa sua maldade sem fim. - Ela termina de limpar e guarda as coisas.
Nos deitamos na cama dela e ela apaga a luz.
— Não consegue dormir? - Ela pergunta com a expressão preocupada.
Nego e abaixo o olhar.
Ela levanta e pega meu remédio, me da um copo de água e eu tomo.
— Quer? - Ela se refere ao meu cheirinho que minha mãe colocou na mala, nele ela passa aquelas essências que ajudam a dormir. Assinto e ela me joga ele, pego e me cubro virando de bruços.
— Boa noite irmã. - Ela diz me dando um beijinho na testa, sorrio.
— Boa noite Bê.
Um momento fofis de amigas pra vocês.
Kiss, deixe seu voto e comentário,
-Maduu.
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Menina do Chefe ✔ - 𝖱𝖾𝖾𝗌𝖼𝗋𝖾𝗏𝖾𝗇𝖽𝗈
JugendliteraturLembrando que essa história está em processo de revisão! +16 | 𝕸𝖔𝖗𝖗𝖔 𝖉𝖆 𝕸𝖆𝖗𝖊́, 𝕽𝖎𝖔 𝖉𝖊 𝕵𝖆𝖓𝖊𝖎𝖗𝖔. Maria Eduarda sofre desde os seus 13 anos com Bulimia nervosa e anorexía, pra ela munca foi algo que deveria se importar, sempre e...