10 dias depois....
G R E G O
Esses filhos da puta tão me achando com cara de otário, faz mais de uma semana que não vejo a Maria, ela não apareceu mais e evita falar comigo, sempre que eu ligo pra ela, ela diz que tá ocupada e não pode falar. Então não vou correr atrás não, vai que ela só queria uma ficada e tchau, não vou dar uma de emocionado, mas confesso que isso tá me matando.
Toda vez que pergunto sobre isso, me ignoram ou mudam de assunto, um mais desgraçado que o outro.
— Minha mãe vai cuidar da Maria porque os pais dela vão viajar pra buscar uns remédios dela, aqui não tem. - Ouço a voz da Beatriz, hoje BN me arrastou pra casa dela, mas não dei papo com ninguém, só fico de boa no meu canto bolando um baseado.
Ouvi uma buzina e vozes, mas nem rendi e fiquei do jeito que estava, mas virei a cabeça ao sentir um cheiro que eu conheço muito bem, morango.
Ela estava ali, parecia mais pálida e mais magra, mas continuava linda pra caralho, ela tinha curativos em pontos diferentes do corpo e parecia abatida, oque não me agradou nem um pouco. Quando me olhou, vi no seu rosto angelical, um sentimento que eu conheço muito bem, culpa e arrependimento.
Soltei uma risada amarga antes de virar meu rosto e continuar fumando, pô, não me leva a mal, mas porra, eu estou bolado com ela, a mina não quer nada comigo e mesmo assim eu estou preocupado.
Rato foi até ela ajudar a mesma, que parecia meio fraquinha, fiquei só de butuca vendo ele colocar a mão na cintura dela, depois que amanhece com formiga na boca ninguém sabe o porque.
— Oi gente. - Ela falou, sua voz saiu falhada e eu vi seu rosto corar, a desgraçada fica linda demais mano, tem nem como ignorar.
— Precisa de algo? Quer uma massagem? Um remédio ou uma água? - Beatriz diz exasperada, em um folego só.
Virei minha cara bolado, a curiosidade atingindo em cheio, mas a mina nem quer saber de mim parça, aí fode o coração do bandido.
— Calma, eu estou bem. - Nossa vai tomar no cu, inferno do caralho, olha o sorriso dessa pilantra, porra, parece uma Glock de ouro, de tão linda.
Olhei pra eles fuzilando mesmo, se olhar matasse aqui estaria uma chacina.
Merda, essa porra desse cigarro não tá me ajudando, pra você ver o nível que eu cheguei, nem a nicotina tá ajudando nesse caralho.
Levantei no ódio, querendo pipocar a cara deles, joguei a cadeira no chão e guiei pra fora da casa, ouvindo os filhos da puta me chamarem.
Nem Tatiane que é minha parceira não me contou a merda que aconteceu.
— Greg- interrompi.
— Vai pro inferno! - Bati a porta da casa e fui em direção a minha moto, quando peguei no capacete senti aquele cheiro fodido de morango e ouvi uma voz fraca me chamar, mas é o cacete mesmo.
— Grego.. - Vi seus olhinhos claros marejados partiu a porra do meu coração, que antes dela aparecer eu nem sabia que eu tinha. Fui até ela abraçando seu corpo, porra como eu senti falta disso, meu coração parecia querer sair do peito e isso não era nada bom.
Ela colocou o rosto no meu peito, quase no meu abdomen, por ser baixinha demais.
— Me chama de Lucas.. - levantei seu queixo e limpei suas lágrimas.. - Oque tu tem minha branquinha?
Ela sorriu após ouvir o apelido, me fazendo sentir uma parada estranha.
— Vem aqui, vamos conversar.. - a mesma me puxou pra dentro, eu agarrei sua cintura a ajudando a andar, ela me levou até um quarto, provavelmente de hóspedes.
Sentei na cama e puxei ela pro meu colo, colocando uma perna de cada lado e colocando a cabeça no meu ombro, alisei suas costas sentindo ela ficar tensa, mas relaxar ao meu toque.
E eu, nossa, eu estava sentindo uma parada louca pra caralho, parecia um frio, mas estava calor, enfim, mó lombra.
— A um tempo atrás.. - ela começou a contar, me deixando com um ódio desconhecido, eu escutava seus soluços e via o quanto falar disso a machucava, e me machucou também.
Peguei em seu rosto colocando ele de frente pra mim e fez carinho na sua bochecha, dando um beijo em sua testa, eu via o medo em seu olhar, ela estava apreensiva, caso eu parasse de me importar ou me afastasse, estava com vergonha e não queria que eu soubesse, eu entendia ela, entendia muito bem.
— Fica calma meu anjo, tá tudo bem, não mudou nada. - Dou um selinho suave em seus lábios e ela volta a repousar sua cabeça em meu ombro.
Olho pro nada pensando no que acabei de ouvir, me deu uma dor fodida na cabeça.
Não acredito que minha branquinha passou por isso.
Um tempo depois eu senti seu corpo se acalmar, respiração pesada e somente alguns soluços, vi a mesma dormir, com as bochechas esmagadas, meu deus, eu estou fodidamente fodido.
Coloquei ela na cama, fiz um carinho na sua bochecha, tirei seus tênis vendo seus pézinhos pequenininhos, pareciam pãozinhos.
Porra, eu estou boiola pra caralho.
Cobri ela com um edredom que tinha ali e virei as costas, mas senti ela resmungando e puxando minha blusa, tirei a mesma e deitei do seu lado, vendo ela me agarrar.
Credo, assédio.
Gostei,
Kiss, deixe seu voto e comentário,
-Maduu
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Menina do Chefe ✔ - 𝖱𝖾𝖾𝗌𝖼𝗋𝖾𝗏𝖾𝗇𝖽𝗈
Novela JuvenilLembrando que essa história está em processo de revisão! +16 | 𝕸𝖔𝖗𝖗𝖔 𝖉𝖆 𝕸𝖆𝖗𝖊́, 𝕽𝖎𝖔 𝖉𝖊 𝕵𝖆𝖓𝖊𝖎𝖗𝖔. Maria Eduarda sofre desde os seus 13 anos com Bulimia nervosa e anorexía, pra ela munca foi algo que deveria se importar, sempre e...