M A R I A E D U A R D A
— Vamos entrar na piscina, gatas? - Tati disse se apoiando na borda, Beatriz me olhou e eu neguei, ela me deu um beijo na bochecha e entrou com a Tati indo pro outro lado da piscina.
— Você vai assustar ele. - Disse pra Laura, que encarava um garoto do outro lado da piscina sem parar.
— An? Que? - Ela acordou do seu transe apaixonado e me olhou.
— Aquele rapaz, você encara ele tanto que da medo. - Ela suspirou e apoiou o rosto nas mãos
— Ele trabalha na boca, amigo de infância do meu irmão, o nome dele é Murilo, mas chamam ele de Maumau, acho que pra ele eu não passo de uma pirralha irmã do brother dele. - Ela diz aborrecida.
— Olha, eu não sou perita em relacionamentos, muito menos tive um, não tive nada que pode ser comparado a um, mas eu sou uma boa ouvinte, me conte mais.
— Ele não é o mais galinha do morro, ninguém vence o meu irmão né, mas ele vive pegando essas nojentas aí pelos becos , ele me trata como se fosse uma pirralha, mas porra, eu tenho sentimentos por uma pessoa que cresceu comigo, isso é muito bizarro, não é como se agente fosse ser igual a uma fanfic "o melhor amigo do meu irmão", mas poxa, eu queria pelo menos passar uma noite com ele antes da minha morte.- Falou suspirando.
— Não fala em morte não garota, e olha, se for pra acontecer, vai acontecer, é só questão de tempo, e olha, ele não te vê como uma pirralha, ele é só mais um dessa espécie macho complicada que não sabe demonstrar sentimentos, porque o jeito que ele te olha enqunato você me conta essas suas ideias negativas, é o típico olhar boiola. - Ela me olhou com os olhinhos brilhando e me abraçou.
— Obrigada Maria, eu nunca tive alguém que realmente parasse de me julgar e me ouvisse. - Retribui ao seu abraço.
— Laura! - Vi uma mulher loira chamar ela.
— Espera aí, minha tia chata tá me chamando! - assenti e ela saiu.
Comentários tão simples podem mudar o dia de uma pessoa!
— Falaê branquinha. - Olhei pro lado sentindo uma coisa diferente no estomago ao ver o Grego, ele tinha a cara fechada como sempre.
— Oi - sorri.
— Tá melhor? - Perguntou e eu assenti.
— Da onde que tu é pô? Nunca te vi pela quebrada. - Ele se sentou ao meu lado.
— Eu moro em um apartamento na perto da praia, sou amiga da Beatriz.
— Ah tá pô, a mina do BN, to ligado, acho que te passei uma péssima primeira impressão né, não que eu ligue muito pra essas parada mas, bom, satisfação, sou o Grego.
— Você é o "poderoso chefão" né? - Fiz aspas com as mãos.
— Ah, ou sim, a quebrada é minha, assumi depois que o antigo dono morreu, se ligou? Dou minha vida por isso aqui e quem tá nela, muitos desprezam a favela, mas é daqui que saem os mais fortes, quem olha pro teu dinheiro, não vê o tanto que tu ralou pra conseguir ele. - Sorri diante das suas palavras
— Sabe, é muito bom ver que você pensa aqui, não é nada comum alguém como você, assim, todo do luxo que comanda metade do rio pensar no próximo e não ser sugado pela luxúria. - Fiz uma pausa processando minhas palavras e fiz uma careta. - Não que eu entenda muito sobre isso sabe? O mais perto que eu cheguei disso foi nas fanfics.
Ele ri negando com a cabeça. Nós conversamos bastante até, apesar de carregar aquela marra toda, ele parece ser muito gente boa. Me fez rir muito, parecia que nos conhecemos a anos, vi Beatriz de longe me olhando e sorrindo.
— Tá afim de dar um peão comigo? - Ele perguntou, eu provavelmente diria não na cara, mas me surpreendi com a resposta que saiu da minha boca.
— Sim. - Ele sorriu e me puxou pela mão, acho que estou com frio, pois me arrepiei quando ele tocou minha mão.
Olhei pra Beatriz e ela fez um sinal obsceno com as mãos. Revirei os olhos corando e segui o homem a minha frente. Nós paramos em frente a uma moto muito linda, ele me ajudou a subir, vendo minhas bochechas vermelhas e subiu em seguida, colocamos os capacetes e ele pegou em minhas mão, circulando em sua cintura, eu me arrepiei novamente e senti os gominhos de sua barriga.
Ele saiu do morro, oque eu achei estranho, ele poderia muito bem me matar e jogar meu corpo em uma mata ou um rio, ou me enterrar, mas então vi ele estacionando em frente a praia. Ele desceu e me ajudou a descer, ele pegou em minha mão me guiando até uma parte meio deserta da praia, se sentou e eu me sentei ao seu lado.
— Eu venho aqui sempre que preciso colocar minha cabeça no lugar, ou quando estou confuso, quando estou muito estressado, tá ligado? - Ele passou a língua nos lábios, e aquilo pareceu como se Deus tivesse sugado todo o meu ar, mas, porque?
— Então, você tá confuso? - Ele me olhou, de um jeito diferente.
— Pode crê. - Ele desviou os olhos pra minha boca, e eu involuntariamente me aproximei, sorri pra ele que fez o mesmo.
Ele levou uma mão até meu rosto, passando o polegar na minha bochecha e tirando uma mecha do meu cabelo atrás da orelha. Minhas bochechas devem estar como um tomate.
— Você, me deixa fazer uma loucura? - Perguntei timidamente, era muita loucura fazer isso, mas eu queria muito, era como se algo me puxasse.
— Não se me permitir fazer primeiro. - Senti sua mão na minha cintura, colando seu corpo ao meu quando ele me beijou, colando seus lábios aos meus, minha barriga parecia estar em festa, um sentimento desconhecido preencheu meu peito, como se uma peça de um quebra-cabeça de 50000 peças estivesse se encaixado.
Ele pareceu reconhecer a minha falta de experiência, por ser meu primeiro beijo, pois foi com calma, me conduzindo aos poucos, eu podia estar ferrada, mas eu nunca gostei tanto de ter me ferrado.
Autora se encontra morta de morte morrida depois desse capítulo, é isso.
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Menina do Chefe ✔ - 𝖱𝖾𝖾𝗌𝖼𝗋𝖾𝗏𝖾𝗇𝖽𝗈
Novela JuvenilLembrando que essa história está em processo de revisão! +16 | 𝕸𝖔𝖗𝖗𝖔 𝖉𝖆 𝕸𝖆𝖗𝖊́, 𝕽𝖎𝖔 𝖉𝖊 𝕵𝖆𝖓𝖊𝖎𝖗𝖔. Maria Eduarda sofre desde os seus 13 anos com Bulimia nervosa e anorexía, pra ela munca foi algo que deveria se importar, sempre e...