M A R I A E D U A R D A
Trancada no banheiro, encolhida no meu canto, chorando tudo que eu nunca chorei na minha vida, os soluços doem, mas nada mais dói do que a dor psicológica de lembrar oque aconteceu no vestiário masculino a alguns minutos atrás. O meu corpo dói, e de alguma forma tento criar uma barreira pra impedir que as lembranças voltem.
Me dói mais ainda saber que viram oque aconteceu, mas não moveram um dedo para me ajudar.
O professor Maycon disse a mim para buscar as bolas de vôlei no banheiro enquanto alguns outros alunos iriam buscar as redes e matérias para a aula de Educação Física.
Eu tentava alcançar o saco de bolas em cima do armário quando me assustei com mãos em minha cintura, um toque nada legal, que me deixou angustiada.
Dei um sobressalto com isso, é me virei vendo Thomas, um loiro dos olhos caramelados e com um sorriso nada amigável.
- Oi Tom. - fui simpática, afinal, ele me ajudou pegar as bolas em meio a esse meu transe.
- Oi Maria, como está hoje? - a voz de Thomas estava diferente, parecia carregada, e sei que foi muito inapropriado da minha parte, mas olhei para o centro de suas pernas, onde ele apertava consecutivas vezes.
- Estou bem Tom, e você? - sorri, Thomas se aproximou de mim pegando o saco de bolas e eu o olhei confusa.
- O professor Elias me mandou aqui, para avisar para levar as bolas para sala de aula, parece que iremos ter uma aula teórica sobre as bolas. - o olhei confusa.
- Mas eu estava na aula do professor Maycon, Tom, seu bobinho! - soltei uma risadinha, e ele me acompanhou, desviando o olhar e pegando em meu pulso e me puxando pra fora.
- Então, em qual sala irá ser Tom? - perguntei ao ver que ele me levava para o corredor de serviço, bom, acho que tem mais salas depois disso.
Fiquei sabendo que estão expandindo a escola, muito legal isso, semprebom receber maus pessoas.
- To.. - minha fala foi cortada por sua mão forte que tapou minha boca, me empurrando contra o quartinho do zelador e me jogando contra o armário, gemi de dor ao sentir o impacto em minhas costas.
- Tom? Tom, porque estamos aqui? - perguntei olhando para os lados, não tinha quase nenhuma iluminação.
- Melhor ficar quietinha, antes que arranque a sua cabeça, lindinha. - senti algo gelado se encostando em meu pescoço, uma faca.
Lágrimas começaram a rolar pelo meu rosto e eu me desesperei, foi quando Thomas começou a passar a mão em meu corpo.
Tentei afastar suas mãos, tentei mas a faca foi mais pressionada ao meu pescoço.
Me ajuda senhor, eu não quero morrer.
Suas mãos rasgaram meu uniforme, eu senti meus seios serem apertados.
Me debati novamente, e senti um liquido gelado escorrer pelo meu pescoço, sangue. Minha respiração começou a ir embora e eu senti Thomas começar a se esfregar em mim violentamente, chorei, olhando com suplica em seus olhos, os mesmos estavam escuros e exalavam maldade.
Eu não irei mentir, uma hora dessas pensei no colinho da minha mãe, dela me entregando meu cheirinho com essências pra me ajudar a dormir melhor, aquilo me acalmava.
Eu me sentia um bebezinho quando pensava assim, ou agia assim, mas mamãe me disse uma vez; ninguém tem nada com a puta da minha vida.
Ela usou essa palavra feia, não gosto de dizer.
Uma de suas mãos grandes agarrou minha bunda, apertando-a me causando uma dor intensa, e quanto mais eu sentia dor, mais parecia agrada-lo.
Eu soltei um soluço alto, e senti meu rosto arder, Thomas havia me dado um tapa no rosto, meu lábio sangrou e tremeu.
Nos minutos seguintes, entrei em um transe, chorando cada vez mais e sentindo os socos e tapas que ele me dava, até que a porta foi aberta, e o zelador nos olhou assustado e enfurecido.
Eu lhe enviei um pedido de ajuda silencioso.
Ele deu um mata leão em Thomas, o tirando de cima de mim e eu chorei, chorei como um bebê, gritando e esperneando, soluçando e tremendo.
Senti braços me envolverem, e gritei desesperada.
- Calma meu amor, sou eu. - Beatriz diz e beija minha testa soada, me aconchego em suas pernas e continuo chorando, mais e mais.
Meu dia se resumiu nisso, chorar cada vez mais, me sentindo uma bola de sujeira.
Kiss, deixe seu voto e comentário.
Capítulo curtinho, bem tristinho.
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Menina do Chefe ✔ - 𝖱𝖾𝖾𝗌𝖼𝗋𝖾𝗏𝖾𝗇𝖽𝗈
Подростковая литератураLembrando que essa história está em processo de revisão! +16 | 𝕸𝖔𝖗𝖗𝖔 𝖉𝖆 𝕸𝖆𝖗𝖊́, 𝕽𝖎𝖔 𝖉𝖊 𝕵𝖆𝖓𝖊𝖎𝖗𝖔. Maria Eduarda sofre desde os seus 13 anos com Bulimia nervosa e anorexía, pra ela munca foi algo que deveria se importar, sempre e...