Conhecidos

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Todos estavam acabados.

Sn não estava muito diferente de nós.

Enquanto a menina se tocava, nós assistimos até o último segundo, até o seu último orgamos, que não pensamos duas vezes em a acompanhar.

- Nossa menina foi muito bem.

Seokjin diz e se aproxima de mim com uma toalha na cabeça, que ele usava para secar os cabelos recém lavados.

- Amanhã poderemos estar juntos de novo.

Eu respondo, enquanto observava a garota praticamente desmaiada de cansaço em seu sofá.

- Você acha que dessa vez vai ser diferente?

- Não faço ideia... mas estou confiante.

Me viro para trás, apoiando minha mão em cima do ombro do meu amigo e dando um aperto amigável.

- Talvez seja nessa vida que poderemos quebrar o ciclo.

- Assim espero.

Seokjin dá batidinhas em minha mão, que eu afasto de seu ombro deixando voltar para o lado do meu corpo.

- Vou ir tomar um banho, você pode cuidar dela?

Pergunto, já sabendo que aquela era a maior vontade dele.

- Esqueceu que ainda não posso me materializar?

- Use o corpo do imbecil, ele já deve estar melhor.

Me refiro ao garoto de mais cedo e estalo os dedos, antes que Jin quisesse argumentar algo sobre usar o corpo do amiguinho de Sn para podermos nos aproximar dela. Sigo para o banheiro com um sorriso no rosto, na intenção de tomar um banho e quem sabe pensar um pouco mais na minha pequena.

[...]

Pisco algumas vezes, meio tonto pela mudança repentina.

- Namjoon me paga...

Solto entre dentes enquanto me levanto da onde estou.

Me apoio em algo para conseguir levantar, que acabei descobrindo ser uma privada.

- Ele largou o corpo do garoto no banheiro, que indelicado.

Olho em volta enquanto ajeito a camisa. Nada estava fora de ordem, a não ser pelo garoto recém possuído que estava jogado no banheiro da casa da amiga. Me encaro no espelho e logo me descontento com o que vejo.

- É Seokjin, não é nem de perto tão bonito quanto você, mas deve servir por enquanto.

Me aproximo da porta do banheiro e saio de uma vez, encontrando um pequeno corredor. Sigo até o seu final, podendo ver que a porta dupla que dava no jardim de trás estava a minha esquerda, o balcão da cozinha a minha frente, e logo a minha direita a extensa sala.

Sigo em direção da sala, procurando a pessoa por quem tanto zelava.

Assim que me aproximo do sofá, tenho a visão da casa de bonecas em cima da mesinha. Mando um aceno para quem quer que possa estar me observando de uma das janelas e dou a volta, ficando de frente para a garota que dormia em um sono pesado no seu sofá.

- Você foi muito bem hoje pequena.

Me agacho em sua direção e aliso seus cabelos um pouco suados, por conta de todo o trabalho de mais cedo.

- Vim cuidar de você, meu amor.

Me levanto e ajeito meus braços em baixo do seu corpo, a pegando no colo estilo noiva. 

A antiga casa de bonecasOnde histórias criam vida. Descubra agora