𝗩𝗜𝗢𝗟𝗘𝗧𝗔𝗦 | ❝ Severo Snape gostava de
violetas. Mas as suas flores
preferidas eram os lírios ❞
𝗛𝗮́ 𝘁𝗿𝗲̂𝘀 𝗮𝗻𝗼𝘀, o Lorde das Trevas caiu, e o menino-que-sobreviveu... bem, sobreviveu...
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ii. a nova professora de Runas Antigas
As malas de Violette já estavam em seus aposentos e Severo já havia lhe mostrado quase toda Hogwarts. Ou melhor, ele já havia a acompanhado por quase toda Hogwarts. Ele não tinha paciência para ser guia turístico, muito menos babá de novata. Então, ele apenas ia com ela para que não se perdesse na imensidão que era aquele castelo.
Mas ele tinha de admitir, ela era bonita. E ela ficava excepcionalmente bonita quando ficava maravilhada com algo. Quando ele lhe mostrara o Salão Principal, o queixo dela caiu, como acontece com todos os primeiranistas. Seus olhos brilharam, e Severo teve a impressão de que ela poderia comentar sobre isso o dia todo, mas não iria.
Eles estavam nos corredores do sétimo andar, e Severo andava quieto com seu rosto impassível, enquanto Violette andava ao seu lado mordiscado a língua, provavelmente para se ocupar com algo. A verdade é que ela percebeu que Snape era um homem fechado e não estava feliz em tê-la como companhia. E, como ela não queria piorar as coisas para ele, ela manteve-se quieta. Mas ela não aguentava mais aquele silêncio incômodo e resolveu quebrá-lo.
- Snape, é o seu nome, não? - ela perguntou casualmente.
Severo soltou um ruído de concordância.
- Há quanto tempo trabalha aqui? - ela lançou a pergunta ao ar. Severo olhou-a de canto de olho e ponderou se respondia ou não.
- Três anos. - respondeu friamente.
Ela pensou em parar a conversa, mas queria ver se conseguia fazê-lo se soltar.
- E gosta? Daqui? - perguntou novamente.
Ele soltou um suspiro, ponderando novamente, mas dessa vez se devia responder a verdade ou dar uma desculpa.
- Depende. - ele respondeu.
Violette parou para refletir um pouco sobre a resposta dele.
- Gosta daqui, mas talvez não das crianças? - palpitou.
Severo fitou-a profundamente.
- Talvez. - falou ríspido. Ele não gostava daquela invasão, mas tinha de admitir que ela era boa.
Violette percebeu que o incomodava, e resolveu fechar ali o assunto.
O resto do caminho foi silencioso, mas com certeza não foi tranquilo.
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