𝗩𝗜𝗢𝗟𝗘𝗧𝗔𝗦 | ❝ Severo Snape gostava de
violetas. Mas as suas flores
preferidas eram os lírios ❞
𝗛𝗮́ 𝘁𝗿𝗲̂𝘀 𝗮𝗻𝗼𝘀, o Lorde das Trevas caiu, e o menino-que-sobreviveu... bem, sobreviveu...
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Era o início de mais um ano. Ou um quase início. Faltavam três semanas para o início das aulas, e Severo estava na "porta" do vilarejo de Hogsmeade. Ele tinha acabado de aparatar para lá, já que não se pode aparatar em Hogwarts. Ele apoiou sua mala no chão, e seus olhos percorreram o lugar em busca de Violette.
Seu coração apertou: ela não estava lá. Eles haviam combinado, por meio de cartas, que se encontrariam ali para irem juntos à Hogwarts. Sabia que era um pensamento infantil, ou idiota, já que ela era professora e era claro que ela viria. Mas como dizer isso ao seu subconsciente?
Subconsciente não. Coração. Por mais que ele assumisse esse ponto com relutância e extrema cautela, ele sabia que era essa a palavra. Ele podia se deter para sempre na pergunta de "o que está acontecendo comigo", fingindo ignorância da qual desprovia. Ele tinha consciência. E esse era o problema.
A sua consciência também, em sua controvérsia, gritava, junto com o "sim", o convicto "não".
Porém, abençoando a conveniência, ele não teve muito tempo para pensar, pois logo houve uma distorção no ar à sua frente, e ali materializou-se Violette, com sua mala, cabelos um pouco bagunçados e um sobretudo escuro.
Severo abriu um sorriso, enquanto seu coração disparado tratava-se de acalmar-se.
- Achei que tinha desistido de vir - ele brincou.
- Ha, ha, ha - ela riu sarcástica, enquanto balançava os cabelos, tirando-os do rosto. - Você sabe que eu não sou a melhor com horários.
Então, ela deixou a mala ao seu lado e começou a espalmar e alisar seu sobretudo. Severo ficou vendo ela se ajeitar, e, enquanto isso, tirou a varinha de dentro as vestes.
- Deixe-me ajudá-la com a mala - ele pediu.
- Não precisa! - ela disse, olhando para ele. - Eu consigo levá-las, não se incomode.
- Sei que consegue, mas vou fazer isso mesmo assim - ele contrapôs.
- Tem como fazer você mudar de ideia? - ela perguntou.
- Não - Severo respondeu simples. Então, ele fez um delicado movimento de varinha, e a mala de Violette começou a flutuar e voou para o seu lado. Em seguida, ele repetiu o movimento, e, dessa vez, sua mala começou a flutuar.
- Vamos. - ele chamou.
Então, eles começaram a caminhada ao castelo.
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