iv. o homem do lago
Os dias foram se passando, e Violette ficava cada vez mais feliz em dar aulas naquela escola. E ficava cada vez mais feliz que, além dos alunos, os professores ainda gostavam dela. Por exceção de Snape e Filch, mas com eles ela poderia ir lidando.Por falar em Snape e em lidar, era nisso que ela vinha trabalhando recentemente. Ela tentava sempre puxar um papo com ele nos corredores quando se encontravam, conversar com ele durante o jantar, e muitas vezes andava pelo castelo à procura dele. Na maioria das vezes não dava certo, então ela desistia e ia conversar com Trelawney, que adorava ter uma parceira para o chá. Elas acabaram ficando amigas, e, se querem algo mais impressionante do que essa amizade, saibam que Trelawney nunca havia previsto sequer uma morte para Violette.
Depois de duas semanas tentando ficar amiga de Snape e tentando começar uma conversa a todo momento que se encontravam, ela acabou percebendo que ele parecia estar sumindo, principalmente nos momentos de convivência: usava a sala dos professores em horários diferentes dos dela; ela não sabia se e quando ele passeava pelos campos ou pelo lago; ela nunca o encontrava na biblioteca, no Salão Principal ou nos corredores; era como se ele evaporasse enquanto houvesse a possibilidade de encontrá-la onde quer que fosse.
Depois de três semanas, ela estava perdendo as esperanças de manter (ou melhor, começar) essa amizade. Agora, ela estava dando aula para a última turma do dia, quando um sino tocou sinalizando que a aula havia acabado. A turma começou a sair aos montes, enquanto Violette tentava lembrar-lhes que havia um dever para segunda-feira.
- Não se esqueçam do texto! - ela tentava fazer sua voz se sobrepor às conversas que surgiam pela turma e ao som das cadeiras sendo arrastadas por toda a sala. - Meio metro de pergaminho, para segunda!
Enquanto os alunos iam saindo, exitosos em ignorarem a professora, Violette bufou de frustração por ninguém ter-lhe dado ouvidos. Mas ela não os culpava: era sexta.
Assim que o último aluno saíra da sala e a porta fora fechada, ela começou a arrumar a sala e a recolher seus pertences. Quando terminara, ela olhou o seu relógio de pulso: faltavam exatos cinco minutos para começar o jantar.
Então, ela também saiu da sala, e foi andando em direção ao Salão Principal. Durante o caminho (o único que ela sabia de cor), ela se permitiu procurar com o olhar Severo Snape pelos corredores. Porém, como de costume, ele não estava em lugar nenhum.
No Salão, ela sentou-se ao lado de McGonagall, que já estava na mesa. Ela encheu seu prato com todas as comidas que haviam ali, e começou a comer, e a conversar com Minerva ao seu lado. As duas comeram satisfatoriamente bem, e tiveram uma conversa muito agradável.
Quando estava acabando, ela reparou no lugar vago de Severo, e viu em McGonagall a sua chance de saber aonde ele ia durante os jantares. Se ela soubesse.
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𝗩𝗶𝗼𝗹𝗲𝘁𝗮𝘀 ❁ Severo Snape
أدب الهواة𝗩𝗜𝗢𝗟𝗘𝗧𝗔𝗦 | ❝ Severo Snape gostava de violetas. Mas as suas flores preferidas eram os lírios ❞ 𝗛𝗮́ 𝘁𝗿𝗲̂𝘀 𝗮𝗻𝗼𝘀, o Lorde das Trevas caiu, e o menino-que-sobreviveu... bem, sobreviveu...