Já era

153 66 145
                                    

Pov: Lisa.

Então chegou o anoitecer. Minha mãe havia acabado de chegar e hoje é quinta-feira exatamente o dia em que ela dormi aqui.

Pelo que tudo indicava vai ser hoje a tentativa de matar ela e só de pensar, me sinto muito culpada, pois isso é um crime e nunca tinha feito isso em toda a minha vida.

Não queria ter de chegar a esse ponto, de ter que matar a minha própria mãe, mas aquela era minha única esperança de sair desse lugar e recuperar minha juventude.

Só precisava esperar até a 00:00 noite, Priscila me disse que só nesse horário o poder dela fica fraco e assim conseguiríamos matá-lá com mais facilidade.

Se tudo ocorrer bem, toda a nossa juventude voltará como se nunca tivesse acontecido nada e minha mãe finalmente desaparecerá de nossas vidas, apesar da tristeza em saber que mataria a minha própria mãe, preciso de fato tomar essa atitude.

Ao bater da 00:00 noite.

Essa é a faca mais grande e afiada que encontrei. Antes olhei muito bem para ter certeza que ela estava mesmo dormindo.

Peguei a faca sobre minha mão para finalmente concluir o ato, mas por um instante comecei a pensar, que não poderia fazer aquilo, então acabei deixando a faca cair no chão fazendo um barulho que acordou minha mãe.

Mãe: O que é isso, você iria me matar?.

Lisa: Não é nada disso.

Falei tentando me defender.

Mãe: Ah é isso sim.

Ela pegou a faca que estava no chão, e virou contra mim me jogando no chão.

Lisa: Socorro!.

Priscila: Solta ela.

Mãe: Vocês duas estavam planejando me matar.

Priscila: Largue a Lisa.

Mãe: Agora eu que vou matá-lás.

Lisa: Não mãe por favor.

Mãe: Você não deveria ter tentando me matar, agora vai morrer de uma vez por todas!.

Tentava a todo custo arrancar a faca da mão dela, mas não conseguia de jeito algum. Priscila assustada ao ver aquela cena pegou um vaso de vidro e atacou na cabeça de minha mãe, fazendo ela cair no chão com a cabeça toda cheia de sangue.

Lisa: Você a matou.

Priscila: Ela não morreu né.

Abaixei-me tentando ver se ela ainda estava viva, foi então que novamente ela se levantou com a mão na cabeça, de certo com uma dor imensa.

Mãe: Agora vocês me pagam.

Ela pegou a faca sobre suas mãos e foi na direção se Priscila dessa vez, colocando ela contra a parede.

Lisa: Solte ela agora.

Falei me tremendo de medo.

Mãe: Vocês acham mesmo que vão conseguir se livrar de mim assim tão fácil?.

Meu plano de matar ela daria certo se ela não tivesse acordado com o barulho da faca.

Lisa: Deixa ela em paz a idéia foi toda minha.

Mãe: Não acredito criei uma cobra.

Ela que é uma cobra isso sim.

Lisa: Me mate se quiser mas deixe ela em paz.

Ela colocou a faca sobre a mesa.

Mãe: Não vou matar ninguém sou muito jovem para ser presa.

Finalmente ela parecia ter desistido. Priscila rapidamente pegou a faca e sem que ela percebesse enfiou em suas costas fazendo com que ela caísse novamente no chão.

Lisa: Dessa vez você a matou.

Priscila: Creio que sim.

Derepente o portal começou a se abrir.

Lisa: Precisamos se livrar do corpo dela.

Priscila: Com certeza.

Pegamos o corpo de minha mãe já morta e colocamos um pano em cima, vamos esconder ali no portal por algum tempo até decidimos o que iríamos fazer mas provavelmente vamos enterrar o quanto antes, não podemos esperar muito tempo ou começará a gerar mal cheiro.

Passamos pelo portal e voltamos novamente a terra, mais especificamente no lugar que o avião capotou, no meio do nada e o que eu me perguntava era como iríamos sair dali. Priscila e eu estávamos sem celular e não tínhamos como sair dali, então andamos sem rumo.

Até que chegamos em uma estrada aonde passava alguns carros e apesar de saber o perigo que é andar com estranhos, aquele era o único jeito de chegar em Rostock.

Lisa: Para onde a senhora está indo?.

Perguntei ao ver uma moça passando por ali, e ela deixou a gente entrar, por muita sorte estava indo para Rostock.

Chegamos no centro da cidade e já sabia para onde iria, com certeza até a casa da Sabrina. Segui então o percurso até lá sabia que ela ficaria surpresa e me perguntará aonde eu fiquei todo esse tempo.

Como o poder da minha mãe digo da bruxa, foi derrotado então toda a nossa juventude voltou como se nada havia acontecido e consegui ver o quanto Priscila é linda.

Sabrina: Lisa, o que houve e aonde você estava todo esse tempo?.

Lisa: Lembra que te disse sobre minha mãe ser uma bruxa?.

Sabrina: Lembro sim, já era de esperar, ela te prendeu de novo né?.

Lisa: Sim mas dessa vez foi bem pior.

Sabrina: Quem é essa?

Ela perguntou referindo-se a Priscila.

Lisa: Essa é minha irmã Priscila.

Sabrina: Não sabia que você tinha uma irmã.

Lisa: Nem eu sabia, minha mãe escondeu ela de mim esse tempo todo.

Sabrina: Mas cadê a sua mãe?.

Lisa: Ela morreu.

Sabrina: Morreu?. Como assim.

Lisa: A gente matou ela.

Sabrina: Mas Lisa, você sabe que isso é crime né?.

Lisa: Sei sim mas ninguém precisa ficar sabendo disso. Vamos enterrar ela e vai ser como se nada tivesse acontecido.

Ah sim super normal matar alguém ainda mais sendo uma mãe, mas não tinha outro jeito.

Priscila: Era a nossa única alternativa.

Sabrina: Tá eu não conto para ninguém, mas isso é muito sério.

Nem eu estava acreditando ainda que minha mãe estava morta, apesar de todas as coisas ruins que sofri na mão dela, ela ainda era a minha mãe e me senti triste ao vê-la morta em minha frente.

Fim...

Espero de coração que tenham gostado deste final. ♡

Colégio de Bruxas Onde histórias criam vida. Descubra agora