11. O Muro

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Fred Mendes embicou o carro a menos de dois metros do muro alto de concreto que rondava Gerânio, desligando o rádio que tocava sua playlist do Spotify

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Fred Mendes embicou o carro a menos de dois metros do muro alto de concreto que rondava Gerânio, desligando o rádio que tocava sua playlist do Spotify.

Os cinco saíram daquele carro em silêncio, olhando para cima, para o muro que se estendia por pelo menos vinte metros.

- Como vamos passar essa merda? - O moreno de coque que se apresentou como Noa estava de braços cruzados, olhando ao redor.

- Eles passaram. - Nádja falou pela primeira vez em horas. - Nós passamos também.

- Devem ter conseguido alguma passagem. Isso aí é impossível de escalar. - Noa concluiu.

Lodi aproximou-se do muro. Dos lados, aquela fachada de concreto maciço contornava a cidade até se perder de vista, mas ela viu uma iluminação diferente.

A sombra, aquela hora do dia, os cobria por inteiro, menos em um trecho do muro, ela observou, cujos raios de sol mergulhavam em direção à vegetação do lado deles.

Afastou-se devagar, como se estivesse hipnotizada. Pouco a pouco, os outros a observaram e, pouco a pouco, a seguiram.

Clara Lodi foi a primeira a chegar àquele ponto, vendo a luz do sol que entrava por uma fresta grande a pouco menos de três metros de altura deles

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Clara Lodi foi a primeira a chegar àquele ponto, vendo a luz do sol que entrava por uma fresta grande a pouco menos de três metros de altura deles. De lá, ela via a espessura do muro, de pelo menos um metro e meio, totalmente triturada naquele trecho.

- Como eles fizeram isso? - Sabrina verbalizou seus pensamentos.

- Não faço ideia e não sei se quero saber. - Pitt esfregou as mãos. Ele posicionou-se ao lado do muro, embaixo da abertura. Ele era um dos mais altos ali, com certeza. Com um sinal de mãos, perguntou: - Quem vai ser o primeiro?

Nádja deu um passo à frente. Não sabia se era apenas mais um pico de coragem ou a necessidade de mostrar que não era mais uma criança em meio a adultos.

Caubi fez menção de impedi-la, mas viu de canto de olho o olhar reprovador de Lúcio. O homem sabia que, se Nádja fosse sobreviver ali também, precisava mostrar a si mesma o quanto era capaz.

Noa posicionou-se ao lado de Pitt, pronto para ajudar.

Pitt uniu os dedos das mãos de modo a fazer uma alavanca para Nádja. Com os tênis enlameados, Nádja pisou nas mãos do garoto e olhou para cima. O caminho era grande.

Corpos Ébrios (Pausada)Onde histórias criam vida. Descubra agora