Como qualquer outra noite de novembro, a Sra. Moon preparou um chá de camomila levemente adoçado com mel e fechou as janelas da cozinha assim que as primeiras gotas de chuva caíram do céu.
Como qualquer outra noite de novembro, Sr. Moon a esperava c...
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Lúcio cansou-se daquela reunião mórbida.
Antes que voltassem a lhe perguntar mais alguma coisa como se ele fosse dono de todas as respostas, levantou-se de onde estava. Com cuidado para não acordá-la, colocou Luana nos braços de Caubi e costurou aquele mar de pessoas que o encaravam, abrindo espaço para os fundos do porão, por onde desapareceu na escuridão.
Por pelo menos cinco segundos, ninguém ousou dizer nada.
Lúcio acendeu uma lâmpada - dessa vez mais forte - nos fundos do porão, revelando um espaço que não imaginavam ter.
A luz branca e forte destacou as seis estantes paralelas que estendiam-se do chão ao teto.
Sabrina aproximou-se primeiro, achando que tratava-se de uma adega. Seu queixo caiu quando viu que as estantes estavam abarrotadas de armas. Lúcio se voltou para ela com um sorriso orgulhoso.
- Como eu disse, essa era minha casa.
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- Não quero saber se sabem atirar ou se defender, quero que peguem as armas e metam bala na cabeça desses filhos da puta.
Lúcio estendeu a mão para a prateleira de cima e pegou sua melhor arma, a que mais lhe cabia em mãos, sentindo falta do peso e do sentimento que ela lhe passava.
Pitt foi o primeiro a dar um passo à frente, esbarrando em Sabrina ao passar. Pegou a arma que mais lhe agradou, não entendendo absolutamente nada sobre ela. Os outros o seguiram.
Nina continuou no chão, ao lado da escada.
Sabrina voltou com uma pistola em mãos e entregou à amiga.
Nina a olhou de baixo, apenas levantando os olhos. A amiga não soube dizer se as olheiras eram cansaço, estresse, uma maquiagem borrada ou uma mistura de tudo. Nina vagamente balançou a cabeça.
- Eu não sei usar isso, Sabri.
- Não quero saber, Nina. Toma.
Nina bufou e, sem discutir mais, tomou a arma das mãos da amiga, odiando a sensação que lhe causava.