Carla gritou quando viu seu bebê ser puxado para longe dela. Ela sentiu o nó na garganta a embargando ao ouvi-lo responder.
- Mãe!
- Beto!
Beto fora puxado para o outro lado por Mori, que não perdera tempo em afastá-lo das criaturas que se aproximavam sem hesitação alguma. Uma após a outra, o número cresceu, até que estivessem na mais transparente desvantagem.
Mário puxou a esposa para longe, tentando manter a cabeça no lugar. Ele trocou olhares com o filho uma última vez e rezou para que aqueles adolescentes cuidassem de seu bem mais precioso.
Pitt disparou. Uma, duas, três vezes enquanto cambaleava para trás como uma criança que recém aprendera a andar. Ele trombou com as mãos frias de alguém que segurou em seu braço. Deparou-se com a pequena Nádja, com olhos tão arregalados e a respiração tão ofegante que achou que ela cairia dura ali mesmo. Para sua surpresa, Nádja o puxou com toda a sua força, fazendo com que Pitt desligasse sua atenção das criaturas e corresse atrás da garota por um dos becos daquele bairro engolido pelo tempo. Pitt desenvolvera forte afeição pela menina e surpreendeu-se com o próprio pensamento - não a deixaria sozinha.
Nádja não poupou o som de sua respiração pesada.
Ela correu o quanto suas pernas permitiram, sentindo o vento e o desespero arrancarem seu elástico de cabelo e fazerem seus fios castanhos atrapalharem sua visão.
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Corpos Ébrios (Pausada)
HorrorComo qualquer outra noite de novembro, a Sra. Moon preparou um chá de camomila levemente adoçado com mel e fechou as janelas da cozinha assim que as primeiras gotas de chuva caíram do céu. Como qualquer outra noite de novembro, Sr. Moon a esperava c...