Capítulo 4

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❤️🧡💛💚💙💜🤎🖤🤍

Amizade verdadeira
Como uma opala
Nunca se esquece
Para todo o sempre
Esquece o destino
O que vale é o caminho
Declare seu carinho

BelaDilly

🤍🖤🤎💜💙💚💛🧡❤️

Terça-feira

- Filha, seu pai já está lá em baixo te esperando - minha mãe fala do outro lado da porta.

- Eu já desço! - grito em resposta.

Vejo, por debaixo da porta, que ela já havia ido. Então, fui tomar banho - eu estava muito feliz. Senti meu corpo cheio de energia, esperança.

Hoje o dia promete. 

Depois do banho, bato um secador em meu cabelo, pois, meu pai odeia cabelo molhado. Ele diz que pode secar de mal jeito e ficar feio depois.

Visto uma blusa branca floral com a gola gravata e manga cumprida, calça jeans e um salto alto branco. Faço minha maquiagem de sempre - corretivo, base, delineador, cílios postiço, lápis, batom, blush e fixador -, modelo minhas ondas no cabelo e coloco um brinco no estilo de madeira. Depois de toda a arrumação de sempre, eu desço.

- Você demorou - meu pai, como sempre, mal olhou para mim, só deu atenção para o seu jornal idiota.

- Eu lavei o cabelo.

- Você o secou bem? - ele olhou rapidamente pra mim.

- Sim - ele assente com a cabeça e eu sento à mesa.

- O comercial ficou perfeito - minha mãe corta o silêncio desconfortável - Vai fazer o maior sucesso - ela sorri. Eu fico perdidinha, em relação à minha mãe.

Como ela sabe de tudo que acontece no mundo de fora, se sai raramente de casa?

- Com roupas fantásticas, não tem como dar errado - meu pai larga o jornal e dá um sorriso orgulhoso. 

- E uma modelo fantástica! - falo quase que em um sussurro para ele não escutar.

- O que disse? - esquece, ele ouviu.

- Que eu estou com fome.

- Então coma. Mas não engorde – diz como se fosse óbvio.

- Sim senhor.

Comemos em silêncio. Hoje eu fiquei mais satisfeita do que ontem. Por conseguinte, foi uma vitória. 

- Não demore! - meu pai se levanta.

- Não demorarei – fui para o carro do meu motorista, logo após de fazer minha higiene bocal.

Em casa, havia dois motoristas. O Carlos, que era o de meu pai, e Cameron, meu e de minha mãe.

Eu via Cameron mais como um amigo do que um empregado. Com seu jeito brincalhão e extrovertido, ele facilmente me fazia rir. Cam era o único em casa, que sabia como eu me sentia de verdade. Quando eu estava sobrecarregada, era com ele que eu me desabafava. Preferia dizer em voz alta ao invés de escrever em um diário, pois, meu pai poderia ler, não seria a primeira vez.

- Vamos, minha princesa? - Cameron abre a porta do carro e me tira um sorriso sincero.

- Não precisa dessas formalidades - eu entro.

- Mas você é uma princesa. 

- Só se for uma princesa fútil.

- Eu não acho - ele entra e dá a partida.

A Descoberta De Quem SouOnde histórias criam vida. Descubra agora