Capítulo 7

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❤️🧡💛💚💙💜🤎🖤🤍

Ser ou não ser
Eis a questão
Preste atenção
Na minha condição
Cuidado com que se diz
Dupla confusão

BelaDilly

🤍🖤🤎💜💙💚💛🧡❤️

- QUE? - me assusto com a notícia. Ele merecia sim, algum castigo, mas não uma expulsão.

- Sim.

- Mas, por que?

- Garota, sério? - sinto a mão gelada de Miranda.

- É porque não é a primeira briga dele. Por que agora?

- Por causa do seu estado. E você precisava ter visto como ficou a cara do Fábio...

- Ele está bem? - só de pensar nele machucado, meu peito apertou em agonia. Eu ainda estava mega chateada e irritada com ele. Ele de cara, já me menosprezou e deixou bem claro na nossa última conversa, que não gostava nenhum pouco de mim. Quer dizer, nossa penúltima conversa. Porque, a última mesmo, ele foi, de certa forma, carinhoso. Aqueles seus olhos obscuros, sua sobrancelha perfeitamente bem feita, seus traços marcantes, sua boca curvada em um sorriso charmoso... O primeiro sorriso dirigido a mim.

Vitória!

Me repreendo ao perceber que estava o perdoando pelas suas palavras grosseiras. Não posso ser ingênua a esse ponto.

Tentei visualizar mentalmente a reação de meu pai se achasse que eu era amiga de um garoto negro. Um pensamento que ao invés tirar Fábio de minha mente, o fixou mais.

O feitiço virou contra o feiticeiro...

Pensei na hipótese de me impor na presença do meu pai. Mas isso seria uma sentença de morte. Ou quase isso...

- Vitória. Ainda está aí? - alguém me dá uma chacoalhada.

- Tô acordada.

- Eu disse, que ele está bem. Com alguns hematomas, porém bem - Miranda diz com desdém.

- Mas os pais dele não fizeram nada?

- Não. Ficamo sabendo de nada.

- Tendi...

- Oi meninas... Posso ter a minha vez? - uma voz familiar é soada...

- Thomas? O que faz aqui? Você não tava... - Ágata para de falar abruptamente.

- Vi. Voltamos mais tarde - Miranda diz. Senti que elas estavam me escondendo algo, mas preferi ignorar.

- Ok - sinto um abraço apertado e confortável de minhas amigas.

- Tchau - elas disseram em uníssono antes da porta ser fechada.

- Como que a minha gatinha está?

- Tô bem. Mas espera eu sair daqui. Vou te matar!

- Desculpa. Eu estava fora de mim. Por favor, me perdoe - ele quase suplica.

- O que tinha na cabeça?

- Quando vi aquele... aquele... te tocando...

- Ele estava me ajudando a levantar! - levanto minha voz. Todavia, tratei de me acalmar logo, pois vi que ele estava mal e ficar jogando na cara não ia ajudar em nada - Olha. Eu tô bem, de certa forma.

- Então por que não está me encarando? - fiz silêncio antes de responder.

- Não é nada...

A Descoberta De Quem SouOnde histórias criam vida. Descubra agora