Projeção astral

106 10 15
                                    

*CRIATURAAAAS, ME AJUDEEEEEM 😭😭😭😭. A música que disse no último capítulo é tipo um lofi, e toca no comercial desse jogo (IMVU). Tentem achar pra mim, no comercial aparece uma bonequinha parecida com a Billie Eilish, mas a música é só um instrumental.

- Mas que porra!!! - Dizia Jim Hopper depois de pisar num punhado de bosta de vaca enquanto descia pelo ferro velho escuro da noite somente com a luz da lua prateada lhe mostrando o caminho, já que a luz de uma lanterna chamaria a atenção. Hopper movido de sua incansável curiosidade investigativa a nível de Sherlock Holmes queria saber se havia alguma relação entre a empresa de carnes e os desaparecimentos de duas pessoas em Hawkins, por um instante até pensou em "O silêncio dos inocentes" ou no caso de um casal de brasileiros que vendiam empadas com carne humana. Será que um frigorífico no meio de uma florestinha onde outrora era uma instalação de energia, poderia estar aprisionando humanos desaparecidos?

  Lá estava Jim Hopper limpando a sua bota marrom de couro surrado na lateral de um parachoque velho, ele ainda conseguiu enxergar a vaca no escuro que tranquilamente estava deitada, e deu-lhe o dedo do meio.

"Que feio, senhor Hopper".

  Mas como diria Arthur Weasley em mais um dia de trabalho no ministério da magia, "O dever me chama". Hopper se direcionou para dentro da florestinha mais abaixo, obviamente ele não iria pela estrada principal, imaginem só um policial chegando até um frigorífico em uma missão não oficial e dizendo "olá, eu estou investigando o desaparecimento de duas garotas, será que eu poderia entrar no seu estabelecimento pra ver se há vestígios de crime?"

   Sabendo da obviedade de um certeiro "não", Hopper foi sozinho pelo tortuoso caminho entre as árvores que balançavam ao toque do vento alto, isso ajudava a camuflar seus passos no escuro "não tão escuro assim", os passos nas  folhas secas não eram tão altos quantos os galhos balançando. Sua respiração silenciosa, abafada por sua própria consciência, junto com seus batimentos inevitavelmente rápidos pela ansiedade. Por um instante enquanto caminhava, Hop pisou numa folha que fez um som que ativou um neurônio específico que por sua vez ativou uma memória antiga de sua pequena filha.

   Sarah havia pisado numa folha molhada de Carvalho com sua botinha amarela de chuva, a capa de chuva a protegia das gotas intensas, enquanto ela e seu pai caminhavam a passos largos pela beira do rio Hawkins que nessa época de chuvas estava mais forte do que nunca. A Folha grudou na sola da bota, e então a pequena Sarah parou e disse:

- Papai, essa folha malvada grudou no meu pé.
- Pequena, a Folha não é malvada, ela apenas estava molhada e grudou no seu pé, imagine que ela está te dando um abraço porque gosta de você.

   Sarah olha para Hopper com aqueles olhinhos azuis tímidos, suas bochechas meio coradas por conta do frio, ela diz:

- Então, quando as pessoas gostam de alguém papai, elas grudam?
- Sim. - Hopper se abaixa ao lado de sua filha.
- Ah, então eu gosto de você. - Sarah abraça Hopper repentinamente e aquilo aquece seu coração.

   Tão logo, sua memória retorna para o momento presente, Hopper está quase chegando até a instalação, porque as luzes estão ligadas e apontadas em várias direções, ele então se abaixa e vai se aproximando até o momento em que chega a uma ribanceira, e de lá pode ver o complexo. Para sua surpresa, há cinco guardas armados na frente do prédio, todos portam fuzis e pelo visto há mais homens armados dentro do prédio.

- Mas que porra é essa?

  Do nada, o rádio de Hopper toca, com um chiado estrondoso e depois a voz de Callahan dizendo:

- Xerife, tá na escuta?
 
   Isso chama a atenção dos guardas, mas Hop se esconde rapidamente e começa a rastejar para trás enquanto Callahan insiste no rádio.

MILEVEN - AMOR ATRAVÉS DOS TEMPOSOnde histórias criam vida. Descubra agora