Mais um

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 *CRIATURAAAAAAS, Eu preciso de vocês, urgente!!! Gente, eu vi um comercial desses que aparece quando você tá jogando algum joguinho, e era de um jogo chamado IMVU em que aparecia uma bonequinha parecida com a Billie Eilish, eu queria saber se vocês sabem qual música que toca nesse comercial, vocês podem descobrir pra mim??? Pro favorzinho!!! Beijos, titia ama.

  Que desculpa inventar para Karen Wheeler quando um bando de jovens cabeças ocas entram na sua casa carregando a nova vizinha como se carrega um caixão pela sua porta em direção ao Porão. Faça como os pinguins de Madagascar "sorria e acene". Só um aceno não iria retirar a desconfiança de Karen, ainda mais com a camisa de Mike cheia de sangue, logo sua camisa favorita do U2, cheia de sangue do nariz de uma garota estranha?

Senhoras e senhores, Don Mike Wheeler, o cavalheiro salvador de donzelas estava apaixonado ao ponto de dar sua camisa para limpar o nariz de El.

- Ela bebeu demais. - Foi a primeira desculpa que Mike pensou.
- E o sangue na sua camisa?
- É...
- Mike, ela tá pesando. - Diz Lucas atrás dele.
- Não é sangue, é ponche, sabe aquele de morango com cereja?
- Tá, tá, tá, só espero que não estejam aprontando. - Karen da de ombros e sobe para o quarto.

  Mas no meio do caminho, ela volta, por sorte os garotos já desceram com El.

- Mike. - Ela chama e Mike para antes de fechar a porta do porão.
- O que foi?
- A Nancy tá lá?
- Ela tá dando... Quero dizer, ela tá com o Steve.
- E a Barb?
- Não vi. Se me der licença vou cuidar da minha amiga desmaiada.

  Karen sorri sabendo que Mike está apaixonado por El, ele não se importa com muitas pessoas além de seus amigos e sua família. Ela volta para o seu quarto e Mike tranca a porta do porão. Lá embaixo, puseram Onze na cama dele, ela estava desmaiada ainda e havia um pequeno lastro de sangue entre o nariz e o lábio superior.

- Ela tá respirando? - Pergunta Lucas.
- Com certeza. - Responde Dustin.
- Gente, o que foi aquilo? - Max pergunta passando a mão na testa mais atrás do grupo.
- Aquilo foi irado, ela simplesmente fez o carro virar no ar. - Diz Lucas.
- Não sabemos se foi ela. - Diz Mike.
- É. O carro pode simplesmente ter batido numa pedra ou sei lá, perdido o controle. - Diz Will.
- E voar a cinco metros de altura? Sem chance.
- Não foi isso que aconteceu. - Diz Bianca olhando pela pequena janela a direita do grupo. Ela se volta para eles, todos estão olhando meio estranhados para ela. - Ela virou o carro, usando os poderes que ela tem.

   Os meninos se olham, eles parecem estar achando que Bianca é louca.

- Olha só Bianca, eu sei que socializar pra você é meio difícil, mas essas coisas não existem. - Diz Dustin meio insensível.
- Gente, ela acordou. - Diz Mike.

   El se levanta devagar, ela se senta na cama, sua cabeça está doendo um pouco e ela está meio zonza, mas está bem. Mike se ajoelha diante dela, ele a olha nos olhos, não pode deixar de perceber um pouquinho de sangue escorrendo pela narina esquerda de El, inesperadamente, Mike com o dedão limpa o sangue do nariz dela e depois limpa na sua camisa, ele nem mesmo parece se importar com a orgulhosa camisa do U2.

- El, a gente te trouxe até aqui, você saiu correndo do nada da festa...
- Eles já foram? - El corre seus olhos pelos rostos dos meninos que não sabem como responder. - Bianca, eles já foram.

   Os garotos abrem espaço para Bianca que se aproxima de El e se abaixa diante dela com aquele olhar benevolente e tranquilo.

- Depois do que você fez, os agentes vão demorar um pouco pra aparecer, mas Brenner e o Demogorgon ainda querem você.
- Que? - Max questiona.
- Que? - Lucas questiona.
- Que? - Will questiona.
- Demogorgon? - Dustin questiona.
- Eu não tô entendendo, a Jane fez aquilo? - Pergunta Max.
- Sim. - Responde Onze. - Eu fiz aquilo.
- Como? Isso não é possível? - Mike questiona mais estranhado ainda.
- Onze, assim como eu, é especial, ela possui um dom, e esse dom atraiu a atenção de pessoas muito ruins que perseguem ela há séculos. - Diz Bianca.
- Séculos? - Dustin questiona. - Quer dizer que a Jane é imortal? 
- Não, quer que ela reecarnou. - Diz Max meio perplexa.
- Isso mesmo Maxine. - Diz Bianca gentilmente. - Onze...
- Onze? - Mike questiona.
- É meu apelido, ou El, é assim que minha mãe me chamava quando criança porque eu vivia falando dos números 0 e 11, por sinal estão marcados no meu braço.

    On mostra as pintas em seu braço direito que formam a figura do número 011.

- On, há anos atrás se ligou a uma criatura da dimensão negra, essa criatura desde então tem reaparecido nos momentos em que Onze reecarnou, juntamente com Brenner que se ligou a ela por causa de seus poderes, é como se fosse uma obsessão por ela.
- Gente, eu acho que eu devo ter inalado a fumaça do cigarro de maconha do Brad lá na festa. - Diz Dustin ironizando.
- Cala a boca, banguela. - Diz Lucas.
- Eu sei que pode parecer surreal, mas se a On não fizer nada, ou se Brenner a capturar, então o Demogorgon vai continuar matando pessoas.
- Demogorgon? Porque Demogorgon? - Dustin questiona.
- Foi você quem deu esse nome, no século passado.
- Beleza. - Dustin diz meio desacreditado.

   Bianca volta sua atenção para El e diz:

- Se ela não fizer nada, mais pessoas vão continuar desaparecendo, inclusive, essa noite mais uma pessoa vai desaparecer.
- E podemos impedir? - Max questiona.
- Nós não, mas ela sim.

A festa continuava rolando, muita bebedeira, sexo, curtição, e até drogas. Nancy estava preparada para fazer sexo com Steve a noite inteira, mas não esperava que quando chegasse ao quarto dos pais dele, ele já estivesse lá em cima de outra. Que decepção, ouvir os berros e gemidos de Steve Harrington e Luanda Grives, a líder torcida novata. Ele nem sequer percebeu que ela estava ali parada na porta vendo a cena de filme pornográfico. Nancy educamente fechou a porta e saiu correndo para fora da casa, indo para o mini bosque a frente da casa. Lá ela achou um banquinho e se sentou, onde como uma cachoeira lhe vieram as lágrimas cheias de decepção amorosa.

Pobre Nancy, se apaixonou pela pessoa errada. E enquanto chorava, ela ouviu um som de obturador de câmera. Ela olhou mais entre as árvores próximo a rua e viu uma pessoa parada com uma câmera. Nancy se levantou, foi até ao lado dessa pessoa, era Jonathan Byers, o esquisito estudante de jornalismo.

- O que? O que você tá fazendo? - Pergunta Nancy meio desconfiada.

   Ele tira o olho da câmera e a fita dizendo sem muita enrola.

- Fotos para minha pesquisa acadêmica.
- Ata. - Ela diz depois de sua desconfiança ter sido quebrada. - Achei que estava...
- Espiando as garotas? Não, claro que não, são todas inúteis, quase ninguém daí tem algum valor real. - Diz Jonathan batendo outra foto.
- Nossa. - Nancy fica perplexa. - Uau. Como pode dizer isso?
- Anos de convivência, Miss Harrington.
- Miss Harrington?
- E assim que você ficou conhecida no colégio, ao menos entre os nerds, por causa do seu namoro com Steve.
- Uou, ficar conhecida entre os nerds, que demais. - Nancy debocha. - Talvez eu compre uma câmera e fique tirando fotos de pessoas alheias.

   Jonathan lança um risinho.

- Já que se acha tão bom assim, me fala um pouco sobre esse trabalho e como esses jovens na sua frente são completos inúteis. - Diz Nancy um pouco mais ríspida.
- Bom. - Jonathan pacientemente pendura a Câmera em seu pescoço. - O meu projeto é sobre a juventude americana, uma réplica mal feita do que foi a juventude de Woodstock, um bando de cabeças ocas do movimento hippie, vivendo de maneira inconsequente, usando drogas. Olhe só para aquela ali.

   Jonathan aponta para Betanny Rilson, uma jovem loura, que está paquerando um rapaz mais alto do time de futebol.

- Betanny Rilson, o que tem ela?
- Já realizou dois abortos, inconsequente, ela transou com metade do time de futebol.
- Aquele, mais forte e moreno, cheira cocaína aos finais de semana, ele não se importa com o próprio futuro.
- Josh Blake? Não sabia disso.
- O que dizer de Patric Jones? Pai de duas crianças que ele não assumiu.
- Como... como sabe dessas coisas?
- É que eu... - Jonathan apanha sua câmera. - Prefiro observar as pessoas do que falar com elas.

   Jonathan  bate uma foto, mas se esquece do flash ligado, por sorte não chama a atenção de ninguém, porém no exato instante em que flash brilha, um grito estridente surge ao fundo do pequeno bosque. Jonathan e Nancy, como num clichê de filme de terror, parecem ter sido os únicos que ouviram. Eles estão caminham juntos automaticamente na direção do local, imaginando ser alguém que precisa de ajuda, mas quando  chegam ao local, se deparam com uma cena grotesca. Um jovem rapaz do time de futebol está caído no canto de uma parede, seu corpo está ensanguentado e seu braço está destruído com marcas de garras, ele está desmaiado.

  Jonathan e Nancy se olham, e não sabem o que ou quem fez aquilo.

MILEVEN - AMOR ATRAVÉS DOS TEMPOSOnde histórias criam vida. Descubra agora