Capítulo 20

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_Ordinário







O casal apareceu na frente do edifício Magnólia.

Zero respirou fundo e Cinco sentiu o aperto firme que ela empregou na mão dele que estava entrelaçada a dela.

- Sabe que não precisa ir se não quiser. Posso fazer isso sozinho. - destoando de suas palavras Cinco apertou a mão da esposa ainda mais na sua.

Ártemis se virou para encarar o moreno.

- Você pode, viajante, mas não vai. - a platinada sorriu e Cinco depositou seus braços ao redor do pescoço da mulher, a trazendo para perto. - Temos que esfaquear o velho depois de conseguir ajuda, lembra? - brincou o fazendo rir.

Cinco ficou em silêncio apenas observando o rosto da esposa, com suavidade acariciou a cicatriz no rosto de Art.

- Adoro quando você faz isso. - confessou a mulher fechando os olhos apreciando o toque.

Cinco sorriu ladino. - Eu sei, μέλι.  - o de olhos verdes beijou o nariz da platinada no exato ponto onde havia cicatriz. - Você é extraordinária. - sussurrou olhando diretamente nos olhos castanhos café.

Ártemis se afastou assentindo e voltou a segurar a mão do marido, caminharam em silêncio até a entrada.

Cinco hesitou na hora de apertar o botão para chamar o elevador, voltou seu olhar para Zero que lhe sorriu.

- Μαζί. - a mais velha sussurrou.

Número Cinco apertou o botão. Entraram juntos e quando as portas estavam prestes a se fechar seus irmãos chegaram.

Art e Cinco trocaram olhares  sorrindo um para o outro. Era difícil para todos os irmãos Hargreeves enfrentarem o pai, mesmo quando este nem era seu pai ainda, mas isso parecia se tornar mais fácil com todos juntos.

A apreensão que tomava o peito da platinada desde o momento em que recebeu o convite de Reginald, finalmente se dissipou com a presença de todos os irmãos ali.

Todos estavam em silêncio, era palpável a tensão no local, mas essa foi logo esquecida quando um odor terrível se infiltrou pelo elevador.

Art tapou o nariz quando o cheiro se intensificou, pode escutar Diego rir, e o grandão ficar vermelho.

- Luther! - Klaus exclamou, deixando o outro ainda mais acanhado.

- Desculpa, eu estou nervoso. - murmurou o Número Um constrangido.

- Graça aos deuses. - a platinada sussurrou quando a porta do elevador foi aberta.

Os sete saíram mais do que rápido da caixa metálica, ainda resmungando sobre o ocorrido.

"Salão Havaiano"

Se depararam então com um restaurante, e uma mesa grande e redonda, com oito lugares, ao centro e um pequeno bar mais afastado dali, lugar pra onde Art seguiu Klaus assim que viu.

Ao fundo podia escutar os irmãos discutindo para saber quem falaria e o que falaria com o pai.

- E ai curazinha, pronta para encarar o velho? - Klaus perguntou brincando com o canudo de guarda-chuva rosa de sua bebida.

- Nem um pouco. - murmurou tomando um pouco da sua própria bebida.

Pode escutar a voz de Diego ao fundo dizendo algo como, "equipe zero", e franziu o cenho, ainda não estava em bons termos com o irmão Número Dois.

When I'm Sixty FourOnde histórias criam vida. Descubra agora