Epílogo

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_02 DE ABRIL DE 2019






Estava satisfeita com o resultado da missão, e orgulhosa de si mesma por ter terminado mais cedo.

Entrou na mansão tranquilamente, só queria um banho e dormir por, no mínimo, dez horas seguidas. Mas assim que cruzou o hall de entrada sentiu que havia algo estranho ali.

- Pai, quem são esses babacas? - a voz do irmão a atraiu até a sala.

- Não seja tão mal educado, maninho. - disse entrando na sala e ganhando a atenção dos seis desconhecidos, e seus irmãos que estavam no andar superior.

Não teve nem tempo de dar uma boa olhada nos estranhos pois foi atacada. O cão pulou na garota com tudo, pega de surpresa caiu no chão sendo prontamente lambida pelo pug eufórico.

- Também é um prazer te conhecer mocinho. - disse divertida, rindo da situação e tentando a todo custo não ter todo o seu rosto lambido.

Uma mão apareceu em seu campo de visão, e sem hesitar ela a pegou, conseguindo fazer o pequeno cachorro sair de cima de si.

Todo o seu corpo estremeceu ao entrar em contado com a mão do estranho, como se uma corrente elétrica tivesse surgido com o tocar das palmas.

Ergueu seus olhos castanhos café até encontrar o rosto do dono daquele toque eletrizante.

Era o garoto dos seus sonhos, não havia dúvidas, tinha sonhado com ele sua vida inteira, conhecia aquele rosto melhor do que o seu próprio.

Os olhos verdes eram ainda mais bonitos do que em seus sonhos.

De modo inconsciente, ergueu suas mãos até o rosto do moreno, como há muito desejava fazer. Ele fechou os olhos apreciando o toque.

- Você é real. - Art sussurrou para si mesma.

Os recém chegados olhavam para a garota em completo choque.

Era Ártemis, de alguma forma tinha a aparência de uma adolescente de quinze anos ainda, mas estava morena, e com uma cicatriz diferente, que tinha início na sobrancelha e ia até a bochecha direita, usava um uniforme vermelho com um símbolo de pássaro, mas ainda era Ártemis.

- Número Zero! - a voz do pai despertou a garota do transe e ela tirou as mãos do rosto do estranho. - O que esta fazendo aqui?

Se virando para encarar o homem de monóculo que estava a alguns metros a frente, ela sorriu. - Consegui terminar a missão mais cedo.

Sir Reginald Hargreeves sorriu. - Meus parabéns, minha filha. - era nítido o orgulho na voz do homem. - Pedirei para prepararem uma torta de limão para você.

Zero sorriu verdadeiramente feliz. - obrigada pai.

- Vá descansar, deve estar cansada. - apesar do tom brando de Monóculo, aquilo não havia sido um pedido.

Ela deu uma boa olhada pela primeira vez nos outros desconhecidos, que a encaravam como se vissem um fantasma, e foi com espanto que os reconheceu dos seus sonhos também.

Mesmo, claramente, insatisfeita ela assentiu para o pai e começou a se retirar em direção aos quartos.

- Ártemis! - escutou a voz do garoto dos seus sonhos, seu tom era incerto, e desesperado, a dor era nítida em seu timbre.

Antes que virasse para olha-ló a voz do pai a deteve.

- Suba agora, Número Zero!

Ela nunca sentiu tanta dificuldade em obedecer as ordens do pai, sua mente gritava para ficar e finalmente descobrir quem eram aquelas pessoas que apareciam em seus sonhos desde que tinha cinco anos, mas obedeceu o pai e subiu, contendo sua curiosidade, por hora.

Sumiu do campo de visão dos outros, indo para seu quarto.

Mr.Pennycrumb latiu na direção que a garota havia partido, infeliz.

- Controlem o seu cão. - foram as palavras de Sir Reginald Hargreeves e foram elas que despertaram a Umbrella Academy que ainda olhava para onde Art estivera há pouco.

Cinco saltou em direção ao homem, com um olhar assassino.

- Que porra você fez? - rosnou a centímetros do pai.

Reginald sorriu.

- Mantive você longe daquela mulher.

When I'm Sixty FourOnde histórias criam vida. Descubra agora