Sônia já estava desperta, ela abriu os olhos com dificuldades, ela não se sentia bem e isso parecia estranho, se ela estava em um hospital, eles deveriam ter lhe dado remédios, mas depois ela percebeu que estava em um quarto de uma casa, tinha um soro injetado em suas veias, mas estava misturada com toxinas que Donna tinha preparado, por isso ela sentia-se fraca e desidratada. Sônia grita por socorro.
_Socorro, tem alguém ai? - Sônia estava apavorada. - Alguém?
Nesse momento Sônia escuta um barulho de carro vindo de fora da casa, ela tenta, mas não consegue levantar-se, cerca de três minutos depois a porta do quarto se abre e Sônia fica perplexa ao ver Donna.
_Mas o que está acontecendo? Porque você está aqui e cadê o Tony? - A pobre Sônia estava assustada.
_Nossa Sônia, quantas perguntas em uma só frase - Donna se aproximava para examinar o soro, já estava no fim, ele tinha demorado, pois as ervas dificultam o aceleramento das gotas, por isso as vítimas sofrem tanto até chegar a óbito.
_Donna, por favor, estou com sede, muita sede.
_Eu sei por isso lhe trouxe isto. - Donna lhe entrega uma garrafa de água mineral e a sedente Sônia agarra a garrafa como se dependesse daquilo naquele segundo, mas o que ela não sabia era que Donna já tinha batizado a água.
_Onde estou ? - Sônia olhava para os lados sem reconhecer aquele estranho lugar.
_Na minha casa, na minha antiga casa, na verdade.
_Mas o que aconteceu? - Sônia começava a verificar seus machucados, foi quando ela sentiu uma forte dor no seu pé que a fez gritar.
_Você não se lembra? - Donna agora olhava o pé da moça e já fazia um novo curativo, depois de passar alguns remédios que por sinal eram pastas de suas plantas que ficavam nos fundos da casa em um sinistro jardim venenoso, aquele machucado só iria piorar.
_Eu... Eu não sei... Eu fui atropelada, é isso? - Sônia sentia muitas dores pela cabeça e pelo corpo.
_Nossa querida, mas você viu quem foi? - Donna continuava com seu "tratamento" e não olhava para a garota.
_Não, foi rápido, só me lembro do farol em minha direção, e como vim parar aqui?
_Bom... Quando eu saía da festa eu vi um corpo estirado no meio da rua, reconheci você e é claro que te ajudei.
_Não teria sido melhor me levar para um hospital? - Sônia queria entender o que acontecia.
_Eu pensei nisso, mas examinei você e vi que você não estava tão mal.
_Eu poderia ter morrido Donna. - Sônia parecia começar a ficar com raiva.
_Mas porque esse tom querida? Eu estou cuidando de você, melhor do que no hospital, acredite.
_O Tony, cadê ele? – Sônia tenta levantar o corpo, mas está dolorido.
_Eu liguei para ele, mas só cai na caixa postal, deixei o recado sobre o que aconteceu, ela já chega por aqui.
_O... Obrigada, eu acho. - Sônia agora parecia que queria chorar.
_Pronto, terminei, agora vou preparar algo para você comer, assim quando o Tony chegar, você não parecer tão fraca, olhe só para você, nem parece àquela bonequinha de porcelana da noite passada. - Donna sorria com um falso elogio.
_Só mais uma coisa. - Donna para diante a porta. - Onde está minha bolsa, meu celular?
_Desculpa querida, mas quando te vi naquela situação eu fiquei tão preocupada que nem me importei com coisas pequenas desse tipo.
_Entendo. - Disse Sônia. - Donna sai do quarto deixando Sônia tentando se olhar no espelho que ficava perto da janela, ela queria saber se estava mesmo tão feia assim.
Na cozinha, Donna preparava uma sopa de legumes para Sônia, misturada com algumas de suas ervas, é claro, ela estava envenenando a garota de todas as formas, em suas veias, em sua bebida e até em suas refeições, será que Sônia iria sobreviver a tudo isso? Donna olha para mesa e vê a bolsa de Sônia que ela trouxe consigo, ela não iria deixar pistas, pegou o celular da moça e viu os incontáveis recados de Tony, e muitas mensagens de textos e whats, ela resolveu responder ao SMS se passando por Sônia.
"ME ESQUECE TONY, ACABOU".
Donna volta a fazer a sopa envenenada e abre um de seus sorrisos do mal.
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Série Psicopatas Vol.02 - A envenenadora
Mystery / ThrillerLinda. Sorrateira. Donna consegue encantar a todos, não só com seu charme, mas até com seu humor negro, conseguindo seus mais maldosos planos, destruindo sonhos e vidas. - Donna já é assim desde sempre. - Porém, além de toda essa indiferença e vaida...