Parceiros e possíveis ínimigos

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Chegando na casa que morou com Tony durante quatro anos, Donna estaciona o carro na garagem, ela tinha deixado Sônia dopada, a loira só tinha ido pegar algumas roupas, pois achou melhor passar uns dias na sua antiga casa, até Sônia desaparecer de uma vez, nesse momento um carro todo arranhado e amassado pára em frente a garagem da loira, ela reconhece Dan e rapidamente ambos saem do carro.

_Mas o que diabo você está fazendo aqui Dan? - Donna vê que o homem sai do carro com o ombro esquerdo sangrando. - O que aconteceu?

Não que ela se preocupasse com ele, mas temia que Dan não tivesse feito seu trabalho.

_Você precisa tirar essa bala do meu ombro Donna, rápido, está doendo muito.

_Vem, entra na minha casa, ninguém pode nos ver aqui.

Já dentro da casa Dan explicava tudo o que tinha acontecido, a loira abriu um sorriso quando soube que Dan tinha acertado um tiro na cabeça do detetive que estava em seu encalço.

_Mas e a jornalista Dan?

_Foi como eu te disse loira, ai, ai. - Donna tentava tirar a bala do ombro de Dan. - Como eu disse, ela estava no carro, e o veiculo caiu na ponte, eu desci para confirmar, mas o carro já estava submerso, não tem a menor chance de ela ter sobrevivido.

Nesse momento o celular de Donna toca, ela vê o nome no visor H.N.S.A (Hospital Nossa Senhora do Amparo), ela recusa a primeira vez, mas novamente a ligação esta sendo feita para seu número, desta vez ela atende, já sabendo do que se tratava, ela estava mais de uma hora atrasada.

_Alô, eu sei que estou atrasada, mas já est... - Houve uma pausa, Donna ouvia com atenção. - Estou indo.

Donna desliga o celular encarando Dan com fúria nos olhos, mas o patife só pensa em sua recompensa.

_E ai loira, quando eu vou ter o que você me... - Donna esbofeteia Dan fazendo-lhe gemer de dor. - Espera ai amor, eu até gosto disso, mas eu que...

Mais um tapa o interrompe.

_SEU IDIOTA! Acabaram de me ligar do Hospital, a jornalista ainda está viva, já está dando entrada. - Berra Donna furiosa.

_Ei, mas eu não garanti que ela estava morta. - Danilo tenta argumentar inutilmente.

_Garantiu sim, seu imbecil, ela fazia parte do pacote, entendeu?

_Nem vem que não tem Donna, você vai ter quer cumprir sua parte.

_O acordo era os dois, agora eu tenho que terminar o serviço. - Donna dá as costas para seu cúmplice o deixando com a face vermelha.

_Vem aqui sua puta assassina de velhos e moribundos. - Dan puxa Donna com toda força com seu braço direito, o mesmo que não foi atingido por Suzana, ele parecia ameaçador. - Você vai tirar essa maldita bala do meu braço, e depois que você chegar do hospital você vai trepar comigo, não pense, nem por um minuto sua loira arrogante que você vai me fazer de idiota, eu matei um cara por um preço e você vai pagar.

Donna o encarava, não demonstrava medo é claro, mas sim repúdio por Dan, ele estava a ameaçando e ela teria que ter cuidado, o detetive estava morto e a jornalista estava hospitalizada, mas agora era com Dan que a loira deveria se preocupar, e deveria mesmo. Donna ficou em silêncio e tirou a bala, depois fez um curativo, em seguida vinha com uma injeção com líquido vermelho, ao aproximar-se de Dan ela teve um susto, Dan segurou sua mão que estava a injeção, e a jogou contra a parede.

_Eu sei de muitas coisas sobre você loira, de você eu não aceito nem uma xícara de café, só quero seu corpo peladinho. - Dan parecia ameaçador, como se fosse um leão, mas Donna era uma leoa perigosa e não se intimidava. - Já falei que você não vai me fazer de idiota.

_Bom, era apenas um analgésico para você não sentir dor, mas já que você quer assim, espero que fique doendo bastante, agora dá licença que tenho que fazer uma visita a jornalista.

Donna foi até seu quarto, ela sabia que Dan ficaria em sua casa a esperando, e ela não queria que aquele porco humano a tocasse, ele não é digno de tamanho privilégio, ela colocou algumas roupas e é claro umas seringas já abastecidas, ela teria mesmo que ir rápido para sua antiga casa, pois suas dosagens já estavam no fim, e teria que pegar mais no seu sinistro jardim da morte. Ela passa rapidamente pela sala onde Dan a observa.

_Ei para onde você vai com essa bolsa tão grande?

_Hospital, querido. Venho no fim do meu plantão.

Dan já não cairia mais em nada que vinha de Donna, ele sabia que ela era esperta e perigosa, mas agora ele era um assassino, um criminoso e tudo para satisfazer a sua desejada Donna, ele não se importaria de cometer mais um crime, mesmo que fosse contra ela, agora eles eram parceiros e possíveis inimigos.


Série Psicopatas Vol.02 - A envenenadoraOnde histórias criam vida. Descubra agora