Série Psicopatas Vol.02 - A envenenadora

O bote

 Donna passou todo o seu turno rondando o quarto de Suzana, mas não teve nenhuma chance, mesmo com a saída de Tony, pois ele contratou uma enfermeira particular para cuidar de sua mais nova amiga, mas nem por isso Suzana relaxava, estava sempre atenta, em um determinado momento a enfermeira Maria perguntou se Suzana incomodava-se se ela fosse ao banheiro.

_Mas é claro que não Maria, fique a vontade, por favor, só não demore.

_Venho logo, prometo.

 A loira estava de tocaia e viu quando a enfermeira particular passava pelo corredor, Donna foi para o quarto, mas ela não imaginava que Suzana era tão astuta quanto ela, a jornalista estava atrás da porta e viu quando Donna se aproximava, ela já ia fechar a porta quando seu coração quase saltou ao ver um homem seguindo a enfermeira assassina e continuou a observar toda a cena, era Dan, ele surpreendeu Donna no corredor.

_Finalmente eu te encontrei loira. - Diz Dan segurando o braço de Donna.

_Mas que droga cara, o que você está fazendo aqui? - Donna estava furiosa, aliás, Dan tinha esse dom sob a loira.

_Eu fiz o que você pediu, o detetive não está mais no teu pé, agora eu quero meu pagamento.

 Os olhos que se escondiam atrás da porta estavam arregalados, e cheios de lágrimas, agora Suzana sabia de tudo, mas ainda não poderia provar nada, um de seus colegas de trabalho ficou de levar alguns objetos pessoais que estava em seu apartamento, dentre eles o seu tablet, ela poderia gravar toda aquela cena, mas seu celular tinha ficado dentro do carro com o corpo de Javier. Suzana reconheceu o maldito homem que tentou mata-la e deu fim a vida de seu grande amigo, os dois eram cúmplices, ela ficou em silêncio e observou com atenção.

_E você quer isso agora seu idiota? Não vê que estou no trabalh... - Donna é interrompida, Dan a segura pelo queixo com força e a encosta contra a parede.

_A partir de hoje você me deve muitas coisas sua loira gostosa, e uma delas é respeito. - Os olhos da loira estavam assustados, Dan estava transformando-se em algo que ela jamais pensaria, ele estava ficando ameaçador.

_Me. Solta. Agora. - Donna falou as palavras pausadamente entre os dentes, mas com ódio nos olhos, seu parceiro agora era um inimigo, e sabemos o que Donna faz contra seus inimigos, não é mesmo?

_Estou por perto loira, eu não vou deixar você me enrolar. - Nesse momento a enfermeira particular de Suzana, passa entre o casal, Dan solta Donna e os dois encaram-se, a enfermeira entra no quarto mas Suzana estava atrás da porta e fez um gesto para que ela fizesse silêncio. - Eu fiz algo por você, mereço no mínimo consideração, não esqueça, eu estou por perto.

 Donna continua em silêncio observando seu ameaçador afastar-se, ela teve uma oportunidade de entrar no quarto de Suzana, mas agora era tarde, Donna começava a ter ideias de fugir, de sair daquela cidade, do país, mas ela não era assim, de desistir, ela observa a porta, mas não consegue vê que por trás dela Suzana via toda a cena, ela sai furiosa até o banheiro para arrumar suas coisas, quem estava lá era a informante de Suzana.

_Oi Donna, a direção do hospital vai fazer uma reunião e precisamos levar nossos pontos, desde que começamos a trabalhar. - Diz a recepcionista.

_Droga, alguns dos meus estão em minha antiga casa. - Donna bate o armário com força e sai do vestiário. - Ainda mais essa.

No quarto...

_Mas do que você está falando Suzana? Eu não posso deixa-la sair, você ainda está recuperando-se. - Diz a enfermeira que acompanhava a jornalista.

_Sinto muito Maria, mas nem você e nem ninguém vai me impedir, tenho que sair agora. - Suzana já colocava um lindo vestido verde. - Preciso colocar aquela vadia na cadeia, e lhe dar uma boa surra antes, é claro.

Ao sair do quarto Suzana esbarra em sua "informante" e pergunta por Donna.

_Ela acabou de sair, acho que foi para sua antiga casa.

_Por favor, você pode me dar o endereço? E também preciso de toda aquela papelada sobre ela.

_Ai moça eu não sei, já me envolvi de mais.

_É coisa séria. - Diz a ruiva.

_Tudo bem, mas vai demorar um pouco. - Avisa a recepcionista informante.

 Já era noite, e a rua não estava movimentada, Donna tinha pressa, ela queria chegar em sua antiga casa, e rápido, mas antes dela tirar as chaves de seu carro, Dan a surpreende novamente, mas dessa vez de forma bruta, ele a esperava em um local longe das câmeras e seu bote foi certeiro, a loira tentou soltar-se do brutamonte, ela poderia até ser perigosa, mas naquele momento estava indefesa. Dan puxou sua bolsa e colou no ombro, nesse meio tempo ele já calava a boca de Donna com a outra mão em quanto a arrastava pelos cabelos para dentro de seu carro que estava todo amassado. Donna tentou reagir, mas o psicopatas apertou seu pescoço, o suficiente para que ela desmaiasse, a loira assassina agora estava sendo a presa, a presa do monstro que ela mesma criou, pois apesar do mal caráter de Dan, ele não era um assassino, Donna que o incentivou, e agora ela iria pagar o preço.