O trato

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 Javier não conseguia digerir todas as informações que sua amiga Suzana lhe passava, aquilo poderia ser útil em muitas pistas que ele procurava Javier também contou o que sabia sobre Donna, e as suspeitas de Suzana só alimentavam. O casal seguia a loira, ela parou em uma oficina, Donna fazia caras e bocas e parecia ainda mais irritada, por fim ela consegue pegar seu carro, Javier ainda dirigia a seguindo, até que ela chegou à casa que morou com seu ex marido, Tony. Ela colocou o carro na garagem, depois disso Javier e Suzana ficaram meia-hora em frente à casa.

_Eu tenho que falar com o Tony, aliás, nós temos que falar com ele, você vai comigo. - Diz Javier para Suzana.

_Não posso cara, eu tenho que falar com ela. - Rebateu a jornalista.

_Olha Suzi, eu não sei como essa Donna descobriu que tinha um detetive na sua cola, vasculhando seu passado, e você já a abordou no hospital, ela tá com pé atrás com todos, ela não vai liberar informação nenhuma para você, a não ser mentiras. - Javier olhava bem nos olhos de Suzana. - Vamos trabalhar juntos, suas informações com as minhas, a gente tem mais a ganhar.

_Você tem razão. - Aceitou Suzana, ela sabia que assim teria mais informações valiosas, Javier abriu um sorriso, pois iria passar mais tempo ao lado de sua amada.

***

 Tony estava muito preocupado, ela ligava para Sônia mas ela não atendia, ele se sentia mal por tudo aquilo, ele queria sua noiva de volta em seus braços, ele amava muito aquela garota, ele queria ter sido com ela o que ele foi com Donna, ter entregando-se de corpo e alma, ela merecia tudo o que ele deu e fez por sua ex. Ele lembrou do que Donna fez, ele resolveu ir até sua antiga casa.

 Longe dali Sônia gemia, chamando por Tony, seu celular tocava ao longe e seu curativo tinha se rompido devido seus movimentos e o sangue cobria sua testa e molhava todo travesseiro, ela tentava gritar, mas suas forças não estavam ao seu favor.

 A campainha da casa de Donna toca, ela já imaginava quem seria, e não tem nenhuma reação de simpatia ao ver Dan com um sorriso no rosto e uma garrafa de vinho na mão.

_Entra. - Diz secamente a loira.

_É bom te ver também.

 O casal perigoso está sentado na mesa, ambos não tinham tocado na refeição, Dan ouvia tudo o que Donna lhe falava, sua expressão ia de sério para surpreso e depois apreensivo, Donna dizia que precisava da sua ajuda e que se Dan fizesse o que ela queria, ela também o ajudaria a acabar com Tony.

_Mas você sabe que não é só isso que eu quero. - Dan fixava os olhos em Donna. - Quero trepar com você

 Donna sabia o que ele queria, ela não se via sendo tocada por aquele carniceiro, mas ela tinha que liquidar Javier, e depois Suzana e em seguida Sônia, seria muitas coisas para ela fazer sozinha, então talvez Dan cuidasse do detetive para ela, e ela tinha que transar com o canalha para que isso acontecesse, a não ser que ela conseguisse driblar Dan, até tudo que ela planeja dar certo, depois que ela voltasse com Tony, ela dava um jeito de livrar-se de Dan.

_Tudo bem Dan. - Os olhos de Dan ficam ainda mais excitados. - Mas antes você terá que fazer algo por mim.

_Eu já disse. - Dan passa uma mão no rosto da loira. - Eu faço qualquer coisa.

_Eu quero que você mate o detetive, o mais rápido possível. - Os olhos de Donna estavam sérios, mas os de Dan também estavam.

_Eu mato. - Pela primeira vez Donna sentiu que Dan falava sério, ele realmente era um psicopata, e sua fixação em querer a loira era além do que ela imaginaria.

 Nesse momento alguém toca a campainha, Donna vai até a porta e reconhece Tony pelo olho mágico, ela corre até a sala de jantar e esconde o outro prato e a taça de vinho que fizesse Tony pensar que teria outra pessoa com Donna, ela manda Dan esconder-se, coisa que ele faz com raiva e em seguida abre a porta para seu ex.

_Que surpresa Tony, que bom que você veio me visitar.

_Eu ainda não acredito que você mentiu para mim Donna, e ainda jogou Sônia contra mim.

_Tony, não fui eu que errei, você realmente mandou um cara procurar saber da minha vida e da sua noiva.

_Como você sabe? - Pergunta Tony.

_Do mesmo jeito que você quer saber sobre mim, eu também quero saber sobre você. - Donna tenta se aproximar de Tony que se afasta no mesmo instante.

_É diferente. - Diz Tony.

_E por quê? - A loira se aproxima de Tony jogando todo seu charme, as duas bocas ficam próximas.

_Porque não sou eu que quero tirar o que é seu. - Tony empurra Donna. - Até porque, o que você tem é meu e não vou deixar que você tire mais nenhum centavo meu.

 Donna cai no sofá, espantada, Tony nunca a tinha tratado daquela forma, ela estava vendo que ele realmente estava amando Sônia e aquele pensamento a deixou furiosa. Tony mais uma vez liga para sua noiva e mais uma vez a chamada cai na caixa postal e ele deixa recado.

_Amor? Por favor, me liga, estou preocupado com você.

_Qual é problema Tony? Ela abandonou você? Fica comigo, eu te amo de verdade. - Mais uma vez Donna é empurrada, dessa vez com mais força e ela cai no chão.

_Meus Deus. - Diz Tony encarando a linda mulher que estava no chão. - Agora eu posso ver você de verdade. Falsa, louca.

Donna encara Tony com um olhar psicótico e sombrio.

O celular de Tony toca, era Javier:

_Pois é, eu não estou em casa. - Diz Tony.

_Tenho informações. - Diz a voz do outro lado da linha telefônica.

_Ok, não vou demorar. - Tony desliga o celular e sai deixando a loira furiosa no chão.

_Hah! Idiota. - Donna grita quando Tony bate a porta.

Nesse momento Dan reaparece:

_Então é ele que você quer?

_Não seja bobo Dan, eu tenho que lutar com todas as minhas armas, mas já vi que isso não funcionará, o idiota está apaixonado por aquela garota. - Donna levanta-se lembrando das palavras de amor que Tony usava com Sônia. Porque ela se irritou ao ouvir, ciúmes? Não. Era apenas orgulho ferido, ou pelo menos era isso que ela queria acreditar.

_Então porque não o matamos também? - Pergunta Dan.

Donna, lembrou do toque de Tony, ela realmente era confusa com seus sentimentos em relação a ele.

_Se ele morrer ninguém vai herdar a empresa, acredite Dan. - Ela passa a mão no rosto do subalterno. - Ele vale mais vivo.

_Entendo.

_Agora vai atrás do Tony, tenho certeza que era o detetive no celular, mata esse tal Javier e vem fazer amor comigo, conforme nosso trato. - Donna mentia, ela sentia nojo daquele homem e já tinha uma seringa com uma dosagem mortal para ele.

_Não vou fazer amor com você querida, vou te foder. - Dan sai da casa deixando Donna sentindo-se enojada e sai em seu carro seguindo Tony.

 Donna sai de casa e pega seu carro, ela acelera, tem que chegar em sua antiga casa o mais rápido possível.

***

Droga! Droga! Droga! Droga! Droga! Droga! Droga! Drogah...

 Donna esmurrava o volante do carro, seus pensamentos de Donna estavam á mil, estava furiosa, ela não esperava aquela briga com Tony, uma situação era tudo o que ela menos precisava no momento, pelo menos até reconquistá-lo. Ela começa a repensar seu plano de quer ficar com ela, ela tinha certeza que seria impossível, ela o achava um idiota, e mesmo que ela fosse a galinha dos ovos de ouro ela teria que mata-lo, daria um jeito de administrar a empresa e tentar manter ou melhorar os procedimentos de renda.

Idiota! Idiota! Idiota! Idiota! Idiotah...

_Sônia. – Sussurra a envenenadora com um sorriso sombrio no rosto.

Tortura! Tortura! Tortura.

 Sônia seria o saco de pancada de Donna, seria uma espécie de ante estresse onde a loira iria descontar toda a sua frustração e maldade. Donna pisa fundo no acelerador.

Série Psicopatas Vol.02 - A envenenadoraOnde histórias criam vida. Descubra agora