Capítulo 8

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Por um segundo, ainda sem estar totalmente acordado, Harry pensa que ele está no Largo Grimmauld, de alguma forma. Ele se acostumou tanto com o estalo de Monstro entrando e saindo dos cômodos daquela casa que ouví-lo aqui confunde seus sentidos.

Então ele nota que Monstro esta chorando.

Ele se levanta de uma vez, jogando os lençois para longe, de repente ciente de que ele está no próprio apartamento e só tem um motivo para Monstro entrar aqui assim. "Monstro? Me diga o que aconteceu! Agora!"

"Os ladrões," Monstro choraminga com pouca dicção. "Eles estão machucando a casa, eles pegaram a varinha de Mestre Draco e - "

Harry não espera pelo resto da frase, apenas pega a sua varinha debaixo do travesseiro e aparata diretamente da sua cama para o portão da frente do Largo Grimmauld.

Seus pés fincam em grama molhada; ele se lembra de que está descalço, usando pijamas, ao mesmo tempo que nota que ele já está no jardim da frente. Ou Draco ajustou os feitiços de barreira para permitir que Harry entrasse ou os intrusos derrubaram eles completamente - deus, Harry torce que seja o primeiro. Ele se arrepia só de pensar o que alguém pode fazer contra a casa e contra Draco se eles derrubaram todas as barreiras. Draco contou para ele um pouco da teia complicada de feitiços que formam a segurança do Largo Grimmauld; tudo que Harry absorveu é que é antiga e elaborada e tem uma quantidade tão grande de energia mágica adicionada durante os anos que provavelmente haveria uma explosão se tudo se dissolvesse de uma vez.

"Mas ninguém conseguiria fazer isso," Draco disse, revirando os olhos, quando Harry apontou isso em voz alta. "E mesmo se conseguissem é claro que não haveria uma explosão, está tudo ligado com - ah olha, Potter, dá pra você só aceitar que você é um pobre mal-informado e continuar vivendo em ignorância, como qualquer outra pessoa faria? Você não tem que ser o Auror Potter todo segundo do dia, sabe, e eu gostaria muito que não fosse. Ele é muito desagradável."

Harry se convenceu a não fazer mais perguntas devido ao apelo dramático de Draco para não ser o Auror Potter o tempo todo. Ele pensa que será uma ironia nem um pouco engraçada se essa noite terminar com a casa - com Draco - aos pedaços por causa disso.

Há um estrondo forte e então ele ouve Draco gritar, talvez de raiva ou talvez de medo, em algum dos andares de cima. Harry corre.

A porta da frente está fechada; Harry mexe sua varinha com fúria no ar até não estar mais, abrindo bem a tempo para que ele passe. Ele sobre as escadas dois degraus de uma vez, tentando pensar de formar racional, tentando não entrar em pânico - tem muitos andares, muitos cômodos, aquele grito poderia ter vindo de qualquer lugar acima do primeiro piso e Harry não tem tempo de procurar tudo e -

Ele percebe, de repente, que ele pisou no degrau que morde, e ele não está mordendo.

Harry olha para baixo, o choque fazendo ele parar por meio segundo. Ele sabe que é esse degrau - a plaquinha ainda está presa ali - e Harry se pergunta se a casa está tentando trabalhar com ele, da mesma forma que fez com a cozinha na manhã antes.

Se sentindo um pouco pirado e não se importando - desesperado e frenético demais para ligar - Harry fecha os olhos e sussurra, "Me ajuda. Porfavor. Me mostra onde ele está."

Quando ele abre os olhos, nota que as velas sustentadas nas paredes estão piscando, uma após a outra, seguindo um caminho no final do corredor.

Harry corre. Seu batimento cardíaco alto no seu peito, nos seus ouvidos - não tem nenhum dano nesse andar, nem no primeiro, pelo menos que Harry tenha percebido. O museu está na sua exata perfeita condição que estava quando Harry saiu dali mais cedo, e é alarmante, estranhamente. Harry acha que é mais preocupamente do que se eles tivessem quebrado tudo. O que quer que seja que está acontecendo essa noite, os invasores claramente aderiram a uma estratégia mais direta, e enquanto isso é melhor para a casa, Harry sabe que significa que Draco está na pior. Ele não quer pensar o que acontece quando se é o alvo de bandidos altamente focados, especialmente uns tão extensivamente treinados como aqueles dois, ou possivelmente três, que escaparam.

O Que Fingimos Não Conseguir VerOnde histórias criam vida. Descubra agora