Capítulo 9 (parte 1)

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"Que porra é essa, Potter, seu completo lunático!" Draco exclama, no minuto que eles se materializam no lobby do St. Mungus. Ele olha em volta atordoado, como se não acreditasse onde está. "Você não para pra pensar nem por um segundo, você não pode simplesmente agarrar alguém assim, nós não estamos nem usando sapatos - "

Então ele olha para a face de Harry e para de falar. Ele encara Harry com os olhos arregalados por um momento, e algo parece - se acalmar dentro dele instantaneamente, mudando sua expressão facial e a sua linguagem corporal.

"Potter," Draco diz de novo, dessa vez baixo, urgente. "Do que você precisa?"

Harry precisa - Harry precisa ter recebido a chamada de Ron antes. Ele precisa não estar aqui, porque ele precisa que Hermione esteja bem, em casa, dormindo, segura. Ele precisa não ter dito todas aquelas merdas estúpidas e egoístas para Draco sobre Ron e Hermione nem dois dias atrás, porque ele estava triste e estava com medo e não esperava que estaria aqui, agora, sem saber de nada além de que Hermione foi atacada e está no hospital e Harry não estava lá para receber a chamada, para ajudar.

"Eu preciso achar ela," ele diz, a sua voz parece destroçada, um pouco assustada. Ele não liga. "Agora."

Draco assente com a cabeça, segura a manga de Harry e leva ele até a mesa de recepção.

"Olá, boa noite," ele diz para a bruxa atrás do balcão. Ela levanta o olhar calmamente até eles, então seus olhos se arregalam. "Meu nome é Draco, e esse é - bem, tenho certeza que sabe quem ele é, e - "

"Claro, sim, é claro," ela diz, sem esperar pelo resto da frase. "Você precisa preencher um formulário de admissão, me dê só um momento, estamos um pouco lotados no momento mas tenho certeza," os olhos dela param em Harry e então rapidamente voltam para Draco. "que nós podemos te atender imediatamente."

Draco encara ela por alguns segundos, confuso, então exclama, "Ah, pelo amor de - eu não preciso ser atendido, eu preciso achar uma pessoa que vocês já receberam. Estamos procurando por Hermione Granger-Weasley, e é imprenscindível para a - ah, vamos dizer Segurança Nacional - que achemos ela."

"Eu," a bruxa diz. Ela olha para Draco de forma considerativa. "Tem certeza que não precisa ser atendido?"

"Vidas estão em risco!" Draco diz, gesticulando com as mãos para cima. "Meu deus, mulher, olha quem está comigo! Quando eles escreverem sobre esse dia nos livros de história, você quer ser lembrada como a razão pela qual o mal venceu o Mundo Bruxo Britânico?"

"Não, senhor!" a bruxa respondeu assustada. "Desculpa, senhor!" Ela olha para Harry em pânico e então corre até a porta marcada como Registros, dizendo "Volto logo com a sua informação, sr. Potter, senhor!"

"Típico," Draco murmura, revirando os olhos. "Você fica aí parado como uma estátua enquanto eu faço todo o trabalho e ainda é 'Volto logo com a sua informação, sr. Potter! Você pode usar meu corpo como escudo, sr. Potter! Tudo o que eu sempre quis é seu amor e admiração, sr. Potter!' Honestamente, é o suficiente para me fazer querer vomitar."

Harry não diz nada. Ele não confia na sua voz para falar; sua mente é como um espaço vazio, estático com exceção do pensamento ocasional histérico - Ela está morta! Os dois estão mortos! - gritando rápido demais para que ele processe que ele está em pânico e provavelmente errado.

Draco suspira, e bate seu ombro com o de Harry em um gesto amigável. "Harry," ele diz, baixo, mas então a bruxa retorna com uma ficha entre suas mãos.

"Quarto andar, sr. Potter, senhor," ela diz, sem fôlego depois da correria, enquanto do lado de Harry Draco murmura algo que soa bastante como, "O suficiente para me querer fazer vomitar."

O Que Fingimos Não Conseguir VerOnde histórias criam vida. Descubra agora