Sam Winchester 1

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P.O.V Sam.
Eu e Dean estávamos investigando um novo caso numa cidadezinha pouco conhecida, em Califórnia. Estavamos na lanchonete, enquanto Dean devorava seu lanche, eu estudava o máximo possível do caso.
- isso é impossível. - falei fechando o cenho.
- o que? - Dean falou de boca cheia.
- esse caso, é totalmente estranho. Parece ser uma mistura de criaturas diferentes. Nunca vi nada assim.
- você não sabe o que é?! Mas você é o nerd da dupla.
- eu sei Dean. Mas isso não faz sentido. As testemunhas afirmam que a vítima falava de uma ave preta grande o suficiente pra ser confundida com um lobo voador. Ela emitia um sim agudo que chegava a estourar vidros. Seu corpo é totalmente preto exceto seu rosto, que é verde com olhos brancos. Nunca vi nenhuma discrição assim. E os corpos das vítimas foram encontrados com marcas de garras tão grandes como os de ursos.
- que estranho. No diário do papai tem alguma coisa?
- não. E nem em nenhum livro que eu me lembre.
- passamos por uma biblioteca antiga, talvez eles tenham alguma coisa lá.
- pouco provável, mas vala tentar. Eu vou lá enquanto você termina de comer sua gororoba. - me levantei e fui em direção a biblioteca antiga da cidade, era pequena e com uma arquitetura muito antiga, ainda de madeira.
Logo que entrei, um sino anunciou minha chegada, fazendo a balconista, olhar pra cima assustada. A biblioteca estava vazia, provavelmente ninguém a usava. Tinha alguns livros velhos no chão, empilhados. Um cheiro de incenso de rosa branca entrou na minhas minhas narinas, junto com o cheiro da poeira. A balconista me olhou de cima a baixo, sorrindo e me dando boa tarde. Ela era uma moça muito linda, com óculos de armação preta fina, com alguns cabelos de cor azul, escuros como o mar, caindo em seu rosto, fujindo do coque que estava no topo de sua cabeça. Ela tinha olhos azuis brilhantes, com pintinhas espalhadas por todo o rosto. Usava um batom roxo tão escuro quanto sua blusa preta.
Sorri de volta pra moça, e segui em frente, passando entre as prateleiras. Parei na sessão de pesquisa sobrenatural, que tinha três livros. Peguei um dos livros que estavam na prateleira, tirando o pó de sua capa, provavelmente ninguém havia pego ele a muito tempo.
- esse não é muito bom. Esse aqui é melhor. Tem mais dados sobre essas criaturas. - uma voz doce soou em meus ouvidos. Olhei pro lado e aquela moça estava ali, me observando.
- como?
- esse livro, é incompleto e errado. Esse aqui, é melhor. Não tem tanta coisa, mas é melhor que esse. - falou entregando outro livro que estava ao lado do que eu tinha pego. - nesse aí, fala que se pode matar um Wendigo com uma faca de prata... - ela deu uma risada olhando pro livro, ela tinha um belo sorriso. - quando só se pode matar de verdade com...
- fogo. - completei fazendo ela olhar pra cima. Seus olhos abraçaram os meus, me causando um calafrio.
- isso! Prazer, Úrsula Iguarán. - disse a moça. Estendeu a mão em sinal de cumprimento.
- Samuel Winchester. - respondi pegando em sua mão.
- então, você não é daqui certo?
- como sabe?
- bom, conheço todos na cidade, e nenhum deles entraria numa biblioteca pra vir na sessão de pesquisa sobrenatural. E também, você é muito bonito pra ser daqui. - brincou. - então... O que procura exatamente? Talvez eu possa ajudar.
- ah... Eu bom livro de pesquisa sobrenatural... Aqui tem algum que seja completo?
- aqui não, mas eu tenho. - disse seguindo em direção ao balcão. Segui a mesma. Ela abaixou por alguns segundos, levantando e mostrando um caderno com a capa pintada de preto, com a palavra "bestuario" escrita em letras vermelhas. Nele havia algumas runas de proteção e outras que não identifiquei. - esse é um dos meus cadernos de anotações sobre sobrenatural. Tem todos os seres que conheço. Como se comportam, como matar... Como invocar, caso você queira, o que eu não aconselho. - me entregou o caderno, folheei algumas páginas, e estava realmente completo de todas as formas possíveis. Havia desenhos feitos a lápis, runas em páginas onde o " monstro" era mais perigoso. Era repleto de conhecimento que nem o diário de meu pai tinha.
- você... Você fez isso? - foi a única coisa que consegui dizer.
- sim. Esse e mais alguns. Como não tinha nenhum livro de pesquisa desse tipo, fiz o meu próprio.
- e quanto eu lhe devo?
- ah não se preocupe com isso. Você é o primeiro dessa cidade a se interessar por isso. Além de mim. Então fica como presente. - falou piscando.
- não... Não posso... Você teve trabalho com isso... Devo pelo menos te pagar alguma coisa.
- olha, Samuel, posso te chamar de Sam? - balancei a cabeça em positivo.- de verdade, pode ficar com esse. Eu insisto...
- eu nem sei como posso agradecer... Vai ajudar muito.
- não se preocupe com isso, só peço que tenha cuidado. Alguns desses seres são de barra pesada. E bom... Apensar de você ser um Winchester, tem seres aí que são considerados perigosos até mesmo para vocês.
- você... Sabem quem eu sou? É uma caçadora??
- não... Não... Eu não poderia... Digamos que nasci sem uma parte. Então fica difícil correr. Mas meu avô era, e meus pai sempre me deixavam com ele. Ouvi todo o tipo de histórias. E quando soube que o FBI está na cidade, eu logo soube que eram caçadores. Então o Winchester aparece aqui. Vocês não são tão sutis assim... - brincou. Ela fala isso com uma naturalidade que chega a ser confortante.
- você sabe o que andou causando os ataques? Sabe... Aos Wiltons, stares... - como ela parecia saber de tudo, talvez ela ajudaria.
- bom, pela descrição, diria que é um Tunche. Página 35 do bestiário. - me respondeu apontando pro caderno. Logo abri na página certa que falava tudo sobre ele. - ele é mais comum no Peru, mas pode aparecer em qualquer lugar. Não é tão perigoso se souber matar. Nada que um bom fogo não resolva. - me respondeu.
- puxa... Obrigado... Mesmo. Ajudou muito.
- de nada! Boa caçada! Ah Sam! Espera! - falou enquanto eu estava indo em direção a porta. - esse aqui é meu número, caso precise de alguma coisa além desse... E se um dia quiser devolver... Eu estou sempre aqui.
- obrigado, Úrsula. - sorri pegando o papel com um número de telefone.
Sai e fui em direção ao carro que Dean já estava dentro.
- conseguiu alguma coisa? - me perguntou assim que eu entrei no carro, ainda está a com o papel na mão. - digo além do número de telefone da velhota bibliotecária.
- ela não é velha e sim, consegui. Ela me deu esse caderno cheio de anotações, sobre seres sobrenaturais, feitiços e tudo mais.
- ela que fez isso??? Ela é caçadora?
- não... O avô era.
- e tem alguma coisa de novo aí?
- tudo Dean. Tudo. Tem muito mais seres aqui do que em qualquer livro que já tenha pesquisado.
- tem sobre o nosso passarinho?
- Tunche. Sim. Ele é uma entidade peruana. Só precisamos de fogo e uma armadilha. - falei sorrindo.
- por que tá sorrindo assim? Tá afinzao dela?!
- cala a boca.
- TA SIM! e ela te deu o número dela! Ela tá afim de você. E se você diz que ela não é velha, eu acredito.
- cala a boca e vamos.
Dean e deu conseguimos matar o ser na mesma noite, graças a Úrsula. Estávamos nos preparando para seguir viagem até o bunker de volta, e decidi mandar uma mensagem pra ela.
"- oi... Só queria agradecer pela ajuda. Conseguimos matar aquilo. Obrigado mesmo.
- oi Sam! Sempre que precisar! E se quiser pegar mais alguns exemplares, sabe onde eu estou! 😘"

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