P.O.V Sam.
Eu e Dean estávamos investigando um novo caso numa cidadezinha pouco conhecida, em Califórnia. Estavamos na lanchonete, enquanto Dean devorava seu lanche, eu estudava o máximo possível do caso.
- isso é impossível. - falei fechando o cenho.
- o que? - Dean falou de boca cheia.
- esse caso, é totalmente estranho. Parece ser uma mistura de criaturas diferentes. Nunca vi nada assim.
- você não sabe o que é?! Mas você é o nerd da dupla.
- eu sei Dean. Mas isso não faz sentido. As testemunhas afirmam que a vítima falava de uma ave preta grande o suficiente pra ser confundida com um lobo voador. Ela emitia um sim agudo que chegava a estourar vidros. Seu corpo é totalmente preto exceto seu rosto, que é verde com olhos brancos. Nunca vi nenhuma discrição assim. E os corpos das vítimas foram encontrados com marcas de garras tão grandes como os de ursos.
- que estranho. No diário do papai tem alguma coisa?
- não. E nem em nenhum livro que eu me lembre.
- passamos por uma biblioteca antiga, talvez eles tenham alguma coisa lá.
- pouco provável, mas vala tentar. Eu vou lá enquanto você termina de comer sua gororoba. - me levantei e fui em direção a biblioteca antiga da cidade, era pequena e com uma arquitetura muito antiga, ainda de madeira.
Logo que entrei, um sino anunciou minha chegada, fazendo a balconista, olhar pra cima assustada. A biblioteca estava vazia, provavelmente ninguém a usava. Tinha alguns livros velhos no chão, empilhados. Um cheiro de incenso de rosa branca entrou na minhas minhas narinas, junto com o cheiro da poeira. A balconista me olhou de cima a baixo, sorrindo e me dando boa tarde. Ela era uma moça muito linda, com óculos de armação preta fina, com alguns cabelos de cor azul, escuros como o mar, caindo em seu rosto, fujindo do coque que estava no topo de sua cabeça. Ela tinha olhos azuis brilhantes, com pintinhas espalhadas por todo o rosto. Usava um batom roxo tão escuro quanto sua blusa preta.
Sorri de volta pra moça, e segui em frente, passando entre as prateleiras. Parei na sessão de pesquisa sobrenatural, que tinha três livros. Peguei um dos livros que estavam na prateleira, tirando o pó de sua capa, provavelmente ninguém havia pego ele a muito tempo.
- esse não é muito bom. Esse aqui é melhor. Tem mais dados sobre essas criaturas. - uma voz doce soou em meus ouvidos. Olhei pro lado e aquela moça estava ali, me observando.
- como?
- esse livro, é incompleto e errado. Esse aqui, é melhor. Não tem tanta coisa, mas é melhor que esse. - falou entregando outro livro que estava ao lado do que eu tinha pego. - nesse aí, fala que se pode matar um Wendigo com uma faca de prata... - ela deu uma risada olhando pro livro, ela tinha um belo sorriso. - quando só se pode matar de verdade com...
- fogo. - completei fazendo ela olhar pra cima. Seus olhos abraçaram os meus, me causando um calafrio.
- isso! Prazer, Úrsula Iguarán. - disse a moça. Estendeu a mão em sinal de cumprimento.
- Samuel Winchester. - respondi pegando em sua mão.
- então, você não é daqui certo?
- como sabe?
- bom, conheço todos na cidade, e nenhum deles entraria numa biblioteca pra vir na sessão de pesquisa sobrenatural. E também, você é muito bonito pra ser daqui. - brincou. - então... O que procura exatamente? Talvez eu possa ajudar.
- ah... Eu bom livro de pesquisa sobrenatural... Aqui tem algum que seja completo?
- aqui não, mas eu tenho. - disse seguindo em direção ao balcão. Segui a mesma. Ela abaixou por alguns segundos, levantando e mostrando um caderno com a capa pintada de preto, com a palavra "bestuario" escrita em letras vermelhas. Nele havia algumas runas de proteção e outras que não identifiquei. - esse é um dos meus cadernos de anotações sobre sobrenatural. Tem todos os seres que conheço. Como se comportam, como matar... Como invocar, caso você queira, o que eu não aconselho. - me entregou o caderno, folheei algumas páginas, e estava realmente completo de todas as formas possíveis. Havia desenhos feitos a lápis, runas em páginas onde o " monstro" era mais perigoso. Era repleto de conhecimento que nem o diário de meu pai tinha.
- você... Você fez isso? - foi a única coisa que consegui dizer.
- sim. Esse e mais alguns. Como não tinha nenhum livro de pesquisa desse tipo, fiz o meu próprio.
- e quanto eu lhe devo?
- ah não se preocupe com isso. Você é o primeiro dessa cidade a se interessar por isso. Além de mim. Então fica como presente. - falou piscando.
- não... Não posso... Você teve trabalho com isso... Devo pelo menos te pagar alguma coisa.
- olha, Samuel, posso te chamar de Sam? - balancei a cabeça em positivo.- de verdade, pode ficar com esse. Eu insisto...
- eu nem sei como posso agradecer... Vai ajudar muito.
- não se preocupe com isso, só peço que tenha cuidado. Alguns desses seres são de barra pesada. E bom... Apensar de você ser um Winchester, tem seres aí que são considerados perigosos até mesmo para vocês.
- você... Sabem quem eu sou? É uma caçadora??
- não... Não... Eu não poderia... Digamos que nasci sem uma parte. Então fica difícil correr. Mas meu avô era, e meus pai sempre me deixavam com ele. Ouvi todo o tipo de histórias. E quando soube que o FBI está na cidade, eu logo soube que eram caçadores. Então o Winchester aparece aqui. Vocês não são tão sutis assim... - brincou. Ela fala isso com uma naturalidade que chega a ser confortante.
- você sabe o que andou causando os ataques? Sabe... Aos Wiltons, stares... - como ela parecia saber de tudo, talvez ela ajudaria.
- bom, pela descrição, diria que é um Tunche. Página 35 do bestiário. - me respondeu apontando pro caderno. Logo abri na página certa que falava tudo sobre ele. - ele é mais comum no Peru, mas pode aparecer em qualquer lugar. Não é tão perigoso se souber matar. Nada que um bom fogo não resolva. - me respondeu.
- puxa... Obrigado... Mesmo. Ajudou muito.
- de nada! Boa caçada! Ah Sam! Espera! - falou enquanto eu estava indo em direção a porta. - esse aqui é meu número, caso precise de alguma coisa além desse... E se um dia quiser devolver... Eu estou sempre aqui.
- obrigado, Úrsula. - sorri pegando o papel com um número de telefone.
Sai e fui em direção ao carro que Dean já estava dentro.
- conseguiu alguma coisa? - me perguntou assim que eu entrei no carro, ainda está a com o papel na mão. - digo além do número de telefone da velhota bibliotecária.
- ela não é velha e sim, consegui. Ela me deu esse caderno cheio de anotações, sobre seres sobrenaturais, feitiços e tudo mais.
- ela que fez isso??? Ela é caçadora?
- não... O avô era.
- e tem alguma coisa de novo aí?
- tudo Dean. Tudo. Tem muito mais seres aqui do que em qualquer livro que já tenha pesquisado.
- tem sobre o nosso passarinho?
- Tunche. Sim. Ele é uma entidade peruana. Só precisamos de fogo e uma armadilha. - falei sorrindo.
- por que tá sorrindo assim? Tá afinzao dela?!
- cala a boca.
- TA SIM! e ela te deu o número dela! Ela tá afim de você. E se você diz que ela não é velha, eu acredito.
- cala a boca e vamos.
Dean e deu conseguimos matar o ser na mesma noite, graças a Úrsula. Estávamos nos preparando para seguir viagem até o bunker de volta, e decidi mandar uma mensagem pra ela.
"- oi... Só queria agradecer pela ajuda. Conseguimos matar aquilo. Obrigado mesmo.
- oi Sam! Sempre que precisar! E se quiser pegar mais alguns exemplares, sabe onde eu estou! 😘"
VOCÊ ESTÁ LENDO
IMAGINES ALEATÓRIOS PARTE I
RandomContinuação do primeiro, segundo e terceiro livro! Esse livro se trata de fanfics escritas por mim sobre diversos personagens. Tais histórias podem conter conteúdos adulto. Histórias com gatilhos mais pesados serão advertidas no começo no capítulo...