Bucky Barnes 49

6.9K 297 150
                                    

- STEVE?! PRECISO DE REFORÇO! - gritei no comunicador me escondendo atrás de uma parede enquanto os agentes inimigos atiravam contra mim.

A equipe estava numa missão de invasão e destruição da base inimiga. Não sabíamos ao certo o que essa base fazia, ela não era um dos ramos da HYDRA ou qualquer outra organização, era uma nova e independente, que pesquisava e testava novas armas e biotecnologias que se caíssem em mãos erradas poderiam acabar com grande parte do planeta.

- est.... Vá.... Longe.... - a voz de Steve falhou no comunicador, eu estava muitos níveis abaixo do solo, onde o sinal era péssimo.
- ótimo! Agora sou eu por mim! Maravilha! - reclamei em voz alta. Voltei a me concentrar nos agentes inimigos que avançam em minha direção.
- oi boneca... Steve me mandou... - ouvi uma voz atrás de mim e meu reflexo foi lhe lançar um soco forte em seu rosto, ignorando se eu conhecia ou não, pro meu corpo ele era um inimigo. Por sorte, os reflexos de supersoldado conseguiram deter meu punho antes que tocasse seu rosto.
- PORRA BUCKY! - falei assim que vi que era um amigo, não inimigo, abaixando minha mão.
- oi boneca...- ele falou com um sorriso maroto nos lábios. - ouvi seu pedido de ajuda... - ele começou a explicar enquanto olhava pro corredor, vendo os inimigos recarregarem as armas.
- já era hora de alguém vir pra festa...- respondi sorrindo e voltando minha atenção aos agentes.

Eu e Bucky tínhamos uma ótima sincronia, tanto em campo quanto dentro do complexo. Sempre estávamos juntos, fazíamos de tudo, íamos ao cinema, correr pelo parque, escapar pra ir ver as estrelas num lugar longe da cidade... Enfim, éramos grudados um do outro. Mas, por mais que sempre estivéssemos juntos, não éramos namorados, nunca havíamos ficado nem nada do tipo, estávamos apenas na zona da amizade... Tinha muito medo de tomar um passo a frente, Bucky tinha acabado de voltar a ser ele de novo... Tinha medo de que se eu lhe contasse meus sentimentos, ele se sentisse pressionado... Então decidi enterrar meus sentimentos bem lá no fundo.

Começamos a troca de tiros, mas além de estarmos em menor número, minha munição estava quase no fim.

- mas... Que merda! - gritei apertando o gatilho freneticamente tentando atirar mas estava sem munição. - Bucky? Tem alguma?!
- ah...- ele bateu contra os bolsos, negando com a cabeça.
- merda!
- temos que nos esconder... - Bucky falou olhando os agentes, procurando uma saída.
- eu vi uma sala de interrogatório alguns metros pra lá...- apontei pro outro extremo do corredor. - mas...
- teríamos que passar por eles... - Bucky concluiu. - ótimo! - gruniu passando a mão na cabeça. Os sons de tiros cessaram, isso podia nos dar uma janela...
- Bucky... Vamos! - falei e começamos a correr pelo corredor, os tiros voltaram e Bucky abraçou meu corpo, me protegendo dos tiros com seu braço de vibranium.

Os tiros ricocheteavam pelo o lugar, deixando um barulho agudo do metal batendo contra o vibranium escuro de Bucky. O som do metal foi interrompido por um grito de dor de Bucky, que não parou até que chegássemos na outra outra do corredor.

- Bucky?! Bucky você está bem?! - perguntei procurando o ferimento de bala em seu corpo.
- sim... Acho que sim...- ele respondeu tirando um dardo de sua coxa.
- um dardo?! Puta merda Bucky! Isso pode ter veneno! - falei tomando a agulha da mão do homem e examinando. - merda! Okay... Ah... Temos que ir num lugar seguro... Vem... A sala que eu vi era aqui perto...-  falei tentando manter minha calma, mas era impossível. Peguei o braço de Bucky, passando por meus ombros pra lhe ajudar a andar até a sala. Podia ouvir seus grunidos, e ver suas veias saltando em seu pescoço. - aqui... - finalmente chegamos na sala, consegui abri a porta, a sala não era exatamente uma sala de interrogatório como eu pensei... Tinha uma mesa de metal no centro, umas cadeiras, mas também tinha algumas estantes com arquivos expostos... Parecia ser um depósito.

Bucky empurrou a estante contra a porta, impedindo a passagem de qualquer um.

- Bucky? Como se sente? - perguntei me aproximando dele e tocando em seu rosto, vendo o quão quente ele estava. - aí meu deus você está fervendo... Vem senta aqui...
- eu... Eu tô bem..- ele falou num grunindo qua do toquei seu rosto, me afastei com medo de tê-lo machucado.
- Steve?! Temos uma emergência! Steve?! - falei no comunicador, mas só havia estatística. Sem resposta alguma. - merda... Merda! - falei batendo contra a estante, e então me toquei... Estávamos numa sala cheia de arquivos... Poderíamos ter uma resposta bem ali... - Bucky?! Me dá o dardo...- pedi e ele me entregou o dardo que tinha um restante do líquido dentro, sua cor azul forte, que quase brilhava. Comecei a procurar dentro das caixas, ver arquivos e tudo que estava em minha disposição.
- o que... O que você está fazendo? - Bucky perguntou ofegante.
- bom... Estamos numa sala cheia de arquivos dos experimentos... Você foi injetado com uma substância estranha que com certeza está te dando... Sintomas... Eu não vou ficar parada vendo você... Sofrer ou sei lá o que pode acontecer... Então eu vou procurar em cada uma dessas caixas até achar o que é esse troço... - respondi com os olhos vidrados nos papéis, procurando pistas. Ouvi uma risada anasalada e levantei meu olhar, confusa. - do que está rindo?!
- você... É fofa quando se preocupa assim...- ele respondeu sorrindo me fazendo corar e abaixar o rosto.
- cala a boca...- respondi rindo.

IMAGINES ALEATÓRIOS PARTE IOnde histórias criam vida. Descubra agora