20: Purgatório

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( As capas são horríveis, mas melhoram com o tempo, não desistam de mim ;-; )



Minhyuk e Wonho andavam um ao lado do outro, voltando para a casa de Lee, a casa que suas mães e ele moravam. Como Hoseok insistiu para lhe acompanhar até em casa, ele achou que seria melhor lá do que a mansão, além disso não estava com cabeça para as coisas da Towa, ele precisava agir, partiria amanhã, estava tudo planejado.

— Mas foi um dia divertido, você tem que admitir. — Shin sorriu.

— É, foi um pouco divertido, sim. — Devolveu o sorriso. — Estava precisando sair um pouco.

— Imaginava que precisaria de um tempo para se distrair um pouco.

Minhyuk o olhou. — Hum?

— É, sabe... por causa do seu amigo. Você deve estar muito preocupado.

Lee voltou a olhar para frente. — E estou, mas no momento estou mais tenso do que preocupado. Ele está bem, eu sei disso.

— Por que está tenso? — Perguntou curioso. Minhyuk planejava um resgate desde o dia em que ele fora raptado, mas não contou a ninguém, tentariam o deter.

Min parou de frente para um portão branco. — Chegamos.

— Você mora aqui? — Hoseok olhou para a casa.

Minhyuk digitava a senha no portão. Assentiu com a cabeça. — Eu moro aqui com minhas mães, mas geralmente não fico aqui e elas viajam bastante.

— Mães?

— Bem, obrigado por hoje e por me trazer até em casa. — Ignorou a pergunta lhe feita. — Volte com cuidado.

O portão estava destrancado. Minhyuk o empurrou, arrastando-o para o lado e abrindo o suficiente para que ele passasse.

— Ahm... Será que eu posso entrar por um momento? Só para tomar um copo de água. — Sorriu. Minhyuk arqueou uma sobrancelha. Lhe parecia suspeito. — Juro que é só isso. — Prometeu e desligou o despertador do seu celular, que lhe lembrava de tomar o medicamento.

— Tudo bem. — E deu passagem para ele passar, fechando o portão atrás de si, que se trancou automaticamente.

Foram até a porta e tirando uma chave de sua carteira, Minhyuk a abriu. Gritou pelo nome das mães, mas nenhuma respondeu. Deveriam ter saído.

— Vem, a cozinha é por aqui. — Apontou e caminhou em direção direita. Wonho o seguiu. Pegou um copo no escorredor e serviu-lhe água gelada, estendeu o copo para Hoseok em seguida. — Toma.

— Obrigado. — Hoseok pegou o copo, mas o colocou em cima da mesa em seguida. De uma das duas sacolas em sua mão ele tirou um potinho com a tampa verde e rótulo preto, destampou e deslizou uma pílula até sua mão. Colocou o remédio na boca e fechou o potinho, o guardando novamente e tomando um gole de água.

— Para que esse remédio?

Negou com a cabeça, engoliu a água e sorriu. — Nada demais.

— É tarja preta. — Observou. — É psicológico ou fisiológico?

Shin encostou as costas na pia, com o copo na mão, e tomou mais um gole de água, depois abandonou-o no escorredor. — Psicológico. — Sorriu sem mostrar os dentes.

— Entendi. — Minhyuk se aproximou, ficando a poucos passos de distância. — Agora eu sei porque você sorri tanto. — Hoseok franziu o cenho. — Eu sei para que são esses remédios, minha mãe tomava isso. Ainda toma, de vez enquanto. — Wonho continuou sem compreender. — É para depressão, não é? Você vive sorrindo, parece sempre feliz, mas isso é só fingimento. Para que as pessoas não se preocupem, para que achem que você está bem.

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