53: Sweet but psycho

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Todos os membros da mansão estavam paralisados, sem reação ao ver os dois Inagawas parados na porta. Seung-Hyun descia as escadas com sua expressão indecifrável de sempre, se pronunciando antes que os membros começassem a se agitar.

— Não se preocupem, a presença deles aqui já foi autorizada. — A voz do gerente saía clara e alta, para que todos o entendessem. — Se preparem, pois amanhã, todos os Kobuns estarão nessa mansão.

Vozes começaram a discutir simultaneamente e diversas perguntas eram lançadas ao mesmo tempo. — Por que eles estão aqui? — Falavam uns. — Os Kobuns estarão aqui? Por que só estamos sabendo disso agora? — Falavam outros.

Seung terminou de descer as escadas. — A notícia iria ser repassada ao meio-dia, quando todos estivessem reunidos no almoço. — E olhou para Gun e Kihyun na porta.

— Estávamos com um pouco de pressa. — Kihyun falou ainda sorrindo.

— De qualquer forma. — Seung falou desviando seu olhar dos dois Inagawas para os rostos dos Towenses. — Os Kobuns de todas as quatro famílias logo estarão aqui, portanto se comportem.

Do meio da multidão, Naomi se destacou, como se tivesse chegado só agora. — Por que eles estão aqui? — Perguntou com raiva, mas olhando para Gun com sentimentos e pensamentos ocultos transbordando.

— Como todos sabem, a missão liderada por Changkyun foi um sucesso e alguns chineses foram capturados, assim como o sobrinho de Fai Lin. — Explicava Seung, claramente ciente dos sentimentos de Naomi. — E a Yakuza se agitou com isso, portanto foi com consentimento mútuo entre as famílias, que mandassem seus representantes para a investigação desse caso.

— Está me dizendo que eles vão passar a noite aqui? — A garota falava tudo encarando Gun e começou a se aproximar, mas o gerente pôs uma mão em seu ombro, a parando.

— Eles são hóspedes. — Seu tom de voz era quase como o de um aviso.

Finalmente a garota deixou de olhar Gunhee para encarar o gerente. — Eu vou mostrar a minha hospitalidade.

— Naomi!

Mas a garota apenas puxou o braço, tirando a mão do mais velho de seu ombro, e seguiu para o caminho oposto, sumindo da vista. Seung apenas suspirou. — O show acabou, voltem para suas tarefas. — E, controversos, os membros obedeceram, voltando a fazer o que faziam antes, mas com sussurros e murmúrios uns com os outros. Seung então deu atenção aos recém-chegados e se aproximou. — Podiam ter esperado ao menos até de tarde.

— Até teríamos feito isso, mas Kakuji estava bem impaciente. — Kihyun explicou breve.

— Bom, o que está feito está feito. — Concluiu. — Venham.

Nenhum dos dois perguntou nada, apenas seguiram o gerente do clã. Passavam pelos membros que continuavam desconfiados. Não fazia tanto tempo que Gun esteve ali na mansão, mas da última vez o Song carregava um Kihyun inconsciente para a enfermaria. Estar ali com permissão era sem dúvida estranho e nostálgico, principalmente uma vez que a mansão não mudou quase nada.

— Isso aqui é bem maior do que eu imaginava. — Foi Kihyun quem disse.

Estavam agora de frente para uma sala, que Gun sabia exatamente do que se tratava. A Sala do Oyabun. Seung apenas a abriu sem cerimônia e entrou, fazendo os outros dois o seguirem para dentro e o mais velho fechar a porta.

Black X WhiteOnde histórias criam vida. Descubra agora