Learning to love

𝓪𝓹𝓻𝓮𝓷𝓭𝓮𝓷𝓭𝓸 𝓪 𝓪𝓶𝓪𝓻

1 ano mais tarde 

Alerta de gatilho!

Aviso: O TANTO QUE EU CHOREI COM ESSE CAPÍTULO, NÃO ESTÁ ESCRITO EM LUGAR NENHUM. ENTÃO POR FAVOR, SINTAM, LEIAM AS PALAVRAS COM ATENÇÃO, SE CONECTEM NA HISTÓRIA. 

    -Tem certeza? Eu posso ficar com ele se você quiser. -Meu marido andava de um lado enfiando papéis e mais papéis dentro da sua mala. Era dia de exposição na galeria e seus trabalhos iam ser a atração principal. Jeon trabalhou muito por isso, ele ficou meses dentro daquele escritório dando tudo de si. Eu o ajudei obviamente, e Jon lhe deu inspiração. Alguns de meus trabalhos também estariam em exposição, em uma seção pequena mas que significa muito pra mim, não fazem nem dois anos que estou na área e já terei uma parte apenas para mim, muitos artistas demoram séculos para conseguir isso. -Jeon, esquece, eu vou ficar com o Jon, eu posso terminar essas fotografias depois não se preocupe, não é nada urgente.

    Jungkook queria levar Jon com ele enquanto eu terminava minha encomenda. O que não vai rolar já que pelo visto, ele só não perde a cabeça porque está colada no corpo. Eu me preocupo com o menino, e se algo acontecer com ele enquanto Jungkook está nesse estado de desespero, eu nunca me perdoaria. Geralmente, revezamos a atenção quando ele não esta na escola. E nos fins de semana, ele adora ficar me vendo trabalhar, sempre me ajudando a arrumar as modelos com suas mãos pequeninhas e seu talento pra coisa. Conseguimos identificar isso nele, ele tem uma visão ótima e boa criatividade. No entanto, hoje ele ficaria com Jungkook, já que eu terminaria meu serviço, meu marido disse que ficar com ele o acalmaria pra mais tarde. 

    Como pode-se ver, isso não ocorreu. 

    -Eu quero ficar com a mamãe. 

    Ah, Meu, Deus. 

   Meu santo Deus. 

  Meu pai do céu. 

   Meu Deus abençoado. 

  O que eu ouvi? 

 O que eu acabei de ouvir? 

    Tanto eu quanto Jungkook olhamos perplexos pro Jon. Ele estava sentado em sua mesinha improvisada desenhando com algumas de minhas tintas que eu uso nas fotografias. MEu peito, meu peito doeu de tal maneira que eu prendi a respiração. Ele me chamou de mãe. Mãe. Ah Meu Deus. 

    Isso nunca aconteceu antes, ele...ele nunca me chamou assim. Quer dizer, é normal ele chamar já que agora, eu tecnicamente sou a mãe dele, mas...ele nunca...ele nunca tinha dito isso. Naquele momento, eu quis, eu quis pegar meu menino no colo, meu, ele, Jon...meu menino. Só eu sei como isso é especial pra mim. Ele fez sem perceber o quão surpresa isso me deixaria, e agora? Agora eu não consigo nem mesmo falar. Meus olhos já lacrimejaram instantaneamente e eu desejei com todas as minhas forças, que esse momento ficasse guardado em minha mente por toda a eternidade, eu nunca, quero esquecer esse dia e essas palavras. 

   Jungkook selou meus lábios rapidamente, mas com força, como se quisesse me mostrar o quão satisfeito ele estava. Precisei acalmar meu coração, que ainda batia forte. Mamãe. Eu nunca pensei que ouviria isso, e aqui estou. Mamãe. 

    -Então você vai ficar com a mamãe um pouco ta bom filho? O papai precisa arrumar umas coisas pra festa de hoje a noite. -Jungkook afagou os cabelos escuros do nosso filho-Nosso filho- e Jon sorriu lhe mostrando seu desenho. Éramos nós três, todos de mãos dadas, eram desenhos de palito mas ainda assim, eu não consegui me controlar e deixei que algumas lágrimas escorressem. Jon já fez milhares de desenhos assim, nossa casa tem uma parede só com suas pinturas emolduradas, mas hoje, só hoje, eu percebi que ele nos amava como pais, não só Jungkook, ele também me amava como parte da sua família.