13. Why'd You Have The Gun Out? (two)

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N/A: É att dupla, avisando só por causa da mania do wattpad de bugar nessas coisas. xx

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24 de novembro.

— Em um mês é o meu aniversário. — disse Louis com um tom de voz estranho e abafado, encarando o relógio-calendário na cozinha.

Harry ergueu os olhos dos ovos que estava fritando.

— Você faz aniversário na véspera de Natal?

— Sim. 28 anos. Isso é horrível, eu odeio envelhecer, lembro que chorei a noite inteira quando fiz 18.

— Você é tão dramático! — o outro riu.

— Você não?

— Nos meus 18 eu estava ocupado trabalhando na padaria pra juntar dinheiro e me mudar pra Londres. Eu sabia que precisava envelhecer pra ter meu sonho... — sua voz sumiu ao sentir a garganta apertar, lembrando do que tinha perdido.

Louis deslizou até ele, desligando o fogo para impedir a comida de queimar e tocando seu braço levemente.

— Eu sinto muito. Eu sei que você nunca vai me perdoar, mas eu nã- eu nunca quis te prejudicar nisso.

Harry não contestou, se limitou a servir a comida e eles permaneceram em silêncio o restante do dia.

Quando a noite chegou encontrou Louis apoiado em suas mãos e joelhos no carpete da sala, um fio de sêmen escorrendo pelo interior de sua coxa enquanto Harry saía dele, ambos ainda arfantes.

Styles o deitou de costas, deslizando a mão aberta por seu abdômen apreciativamente, espalhando o pouco de esperma que tinha ido parar lá, e sussurrando “Fique aqui, não se mexa!”.

Quando ele voltou, tinha as mãos atrás das costas e se abaixou agilmente, lambendo o maxilar de Louis e então o beijando num misto de calma e desejo que deixou o menor zonzo.

Quando seus lábios se afastaram, sentiu a mão de Harry envolvendo a sua, e entre seus dedos um objeto duro e frio.

Piscou e arregalou os olhos, encarando o revólver seguro por suas mãos conjuntas e pressionado logo abaixo do queixo do outro.

— Harry, — arfou. — O que você está fazendo com a arma?

— Eu queria que você me matasse. — por mais que ele dissesse aquilo sempre, a frase nunca perdia o peso, mas agora tudo parecia tão denso que pela primeira vez Louis reagiu, sacudindo a cabeça freneticamente e usando sua mão direita para agarrar Harry pelos cabelos e o puxar pra perto.

— Não, por favor, eu sou seu. Não. — disse, sem ar.

— Você é meu, eu sou seu. Por favor, Louis, só você pode me libertar.

Louis continuou negando até que Styles tirou a arma de entre os dedos dele, afastando o braço que a segurava e se abaixando.

Lambeu uma faixa ao longo do seu pomo de adão, fazendo-o gemer em aprovação, e em seguida cravou os dentes num ponto específico, chupando-o com força até formar uma marca, e só então afastou o rosto.

Seus olhos verdes estavam frenéticos, e pareciam feitos de vidro, fixos nas íris azuis de Louis, que o encarava em silêncio novamente, e que se surpreendeu ao sentir os dedos longos acariciando seu cabelo.

— Por favor. — disse Harry, sua expressão contorcida e indecifrável. — Só você pode.

O menor se limitou a sacudir a cabeça uma vez, e então um soluço desesperado rasgou a garganta de Styles, ao mesmo tempo que o som ensurdecedor de pólvora e gatilho e cartucho e bala se movendo tomou o cômodo.

Louis permaneceu insensível por um segundo, e então a dor se alastrou por seu corpo, e ele mirou sem reação a mão direita do outro aparecer em seu campo de visão, segurando firmemente a arma.

Harry chorava sem parar enquanto apanhava as roupas no chão e vestia Louis, murmurando intermináveis “Por favor”.

Quando ambos estavam vestidos, e o sangue que espirrava do pescoço de Louis já tinha pintado boa parte do carpete, Styles se sentou com a cabeça do menor no colo, limpando as próprias lágrimas.

Ele falou, sua voz rouca e incerta de dor e desespero.

— Por favor, eu sou seu.

Louis quis responder, mas os pontos escuros em sua visão o impediam, então apertou a mão de Harry que estava sobre seu estômago.

“E eu sou seu.”, pensou. Ele sabia, ele entendia. Ficou feliz por conseguir compreender Harry mesmo sem palavras, e pela primeira vez ele realmente se arrependeu do que tinha feito, pensando em como tudo poderia ser diferente, mas já não tinha mais palavras para dizer.

“Eu amo você”, foi a última coisa que ouviu daquela voz rouca e lenta, antes de deixar que a escuridão o levasse para casa.

Why'd You Have The Gun Out? ♠ L.S. AUOnde histórias criam vida. Descubra agora