11. Better Left Invisible

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5 de novembro.

Se um ano antes alguém contasse a Louis qual seria a realidade da vida dele agora, ele não acreditaria nem se a pessoa jurasse.

Eles tinham desistido completamente das algemas há alguns dias, e agora ele se mantinha por livre e espontânea vontade dentro do chalé, calado diante dos rompantes emocionais de Harry, sendo fodido todas as noites como se fosse um objeto, e nunca dizendo uma palavra.

Ele estava no mais absoluto silêncio há três dias quando Styles entrou no quarto e se sentou na cama ao seu lado.

— Louis?

Nada.

— Eu nunca tenho ideia do que está acontecendo com você. Acho que é uma coisa que você precisa lidar quando vive com um louco. Você não deve saber o que acontece comigo, também.

Tomlinson deslizou o corpo até estar deitado, e então puxou as cobertas para se cobrir inteiramente. Ele meio que esperava um movimento no colchão e os passos de Harry indo embora, mas ao invés, o movimento no colchão foi seguido pela sensação de ter o outro se deitando ao lado de si, seus corpos separados pelas camadas de tecido.

— Quando eu era criança me chamavam de espertinho porque eu tinha respostas para tudo. Mas eu não tenho respostas para o que está acontecendo comigo, o que está acontecendo com a gente, Louis.

O menor se mexeu até ter os olhos espreitando para fora, encarando o rosto tenso, mas, ao mesmo tempo, sereno, do outro, que tinha as íris cravadas no teto.

— Você tinha razão — continuou a falar, ainda sem desviar o olhar. — Eu transformei o que sinto por você numa religião. Eu acredito no meu ódio como nunca acreditei em Deus.

Louis ficou calado por um tempo, até desvencilhar o braço do rolo de cobertas e estender a mão, tocando a lateral do rosto de Harry, que sequer piscou.

— Eu odeio amar você. — sussurrou, fechando brevemente os olhos azuis.

— Eu amo odiar você. — respondeu o outro, no mesmo tom, finalmente se voltando para ele.

Seus olhos se encontraram e eles se limitaram a se encarar por um longo tempo, mal respirando.

— Você acha que nós funcionaríamos? No mundo real, eu quero dizer. — perguntou Harry.

— Pro mundo real eu sou um Quasímodo psíquico, todo deformado e bruto. Eu não sei, você quer ir pra lá? Sair daqui?

— Eu honestamente não sei. — Styles suspirou, esfregando os nós dos dedos nos olhos como se estivesse cansado. — Não tenho certeza se sobreviveria, eu... me adaptei a você, ao seu mundo. Mas no fim eu não pertenço a mundo nenhum.

Eventualmente eles se beijaram, mas a sensação e o gosto foi diferente. Agora os dois sabiam onde estavam pisando, mesmo que não soubessem onde o caminho daria.

Em algum ponto eles também acabaram fazendo sexo, e quando terminaram, como sempre, Harry falou.

“Eu queria que você me matasse.”

E como sempre, Louis permaneceu em silêncio, pensando no revólver, no cheiro de pólvora, no estouro do gatilho e no sangue brilhante manchando aquela pele pálida que cobria os braços que o envolviam.

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N/A: Estamos na reta final, mes amis! Mais tarde tem att de novo.

xxx

Lua

Why'd You Have The Gun Out? ♠ L.S. AUOnde histórias criam vida. Descubra agora