A great painter

The speaker

“Entre os livros estava um dos mais ousados”

O humor de Stiles talvez não estivesse os dos melhores naquele dia. Começara a chover assim que ele alcançou seu jipe. Não fora pequenas gotículas de água. Estava mais para “algum engraçadinho jogou uma balde d’água em mim.” E aquilo o irritou. Ainda mais com o seu celular vibrando de segundo em segundo durante o percurso.

Fora uma chuva de repente que o pegou desprevenido. Claro que ele escutou por isso, além de ter chegado em cima da hora e ainda ter que ir para o banho. Eles não se atrasaram em si, no horário previsto, só para o horário do seu pai.

Era um almoço na casa de um dos delegados. Estavam comemorando alguma coisa que Stiles não pescou. Estava distraído e frustrado por ter sido arrastado até ali. Pensando que poderia ter fodido o Corey e se atrasado um pouquinho mais. Aquilo estava acabando consigo, ter que esperar até sábado. Ele não conseguia participar da conversa. E mal percebera quando os mais velhos se retiraram da mesa e seguiram para a sala, para dar continuidade a conversa e beber um pouquinho.

— Ei, Stiles.

Stiles piscou algumas vezes. A imagem de Corey em cima de Mason, ambos de quatro para si, sumiu feito uma nevoa. Ele fitou Theo com interesse. O rapaz balançava a garrafa de vinho que fora esquecida ali.

— meu ponto fraco.

O Stilinski esticou um sorriso e agarrou o copo que Theo lhe empurrou. O Raeken sentou na cadeira ao lado e lhe serviu com o líquido.

— Eles não podem ser os únicos a se divertirem, certo? — Theo encheu o próprio copo. O mísero dedo que lhe deram durante o almoço não lhe satisfez.

Stiles concordou com o colega, bebendo o vinho como se fosse água. Partilhava do mesmo pensamento que Theo, de que a quantidade que fora colocada na taça não foi suficiente.

— você vai para o jogo? — O Raeken quis saber.

— que jogo? — Stiles franziu o cenho, sem entender.

— Contra Devenford.

— De novo?

O castanho murmurou com tédio.

— É o último. — Theo lembrou. — Uma espécie de despedida.

— Tinha que ser contra eles? — O Stilinski indagou. Toda aquela rivalidade lhe enchia o saco.

— É basquete dessa vez. — O loiro explicou.

— a, céus. Depois eles vão rivalizar o clube de xadrez também. — Stiles reclamou, bebericando sua bebida.

Theo encarou-o atentamente e permaneceu por um tempo, em silêncio. Algo que Stiles notou. E estranhou ao encara-lo de esguelha.

— Que foi? — Perguntou, deixando sua taça de lado. — Estou com um bigode de vinho?

— Não. Na verdade nem sei se isso é possível. — O Raeken murmurou pensativo. — Só estava pensando em uma coisa.

Stiles o observou com atenção. Da mesma forma que o loiro fizera minutos atrás.

— E o que seria?

— Quero te chupar de novo. — Theo balbuciou. Baixo só para que eles escutassem.

O Stilinski balançou a cabeça, um tanto surpreso com as palavras. Ainda mais onde eles estavam e a proximidade do cômodo ao lado.

— Assim do nada? — Ele balbuciou. Sem aceitar de cara tampouco negar.

Theo deu de ombros, não era como se ele fosse propor algo assim que o rapaz entrou na sua casa. Sua mão ociosa pousou na coxa de Stiles. Esfregou os dedos no tecido do calção, subindo, ameaçando apalpar a virilha do outro. Movimentos que Stiles observou atentamente e esperou o toque que não veio.