| The Deputy |

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"Ao lado do abajur jazia um dos mais divertidos. "


O tom alaranjado no céu começava a se dissipar. Estava a escurecer e Stiles se via entediado preso naquela viatura. Não que estivesse de fato preso. Seus rosto estava colado ao vidro da janela, se mantendo parado em seu banco a todo momento.

Seria ao menos divertido e excitante se as sirenes estivessem ligada e a luzes piscando incessantemente. Ele e o oficial, ambos, em uma ocorrência.

Mas sua realidade ali era outra.

O castanho suspirou pela terceira vez contra o vidro, vendo seu hálito embaçar o tom negro. A forma que Peter havia falado duas noites atrás não saía dá sua cabeça. Aquilo era o bastante para lhe deixar elétrico. O homem havia dado a entender que tinha rolado algo entre ele e o seu velho.

Pensar que o pau de seu pai um dia estivera dentro daquela bunda que ele usou há dois dias era desconcertante.

Ele precisava de uma confirmação. O maldito, gostoso, Peter atiçou a sua curiosidade - que não é nada pequena - ao máximo.

Porém seu pai não parecia disposto a colaborar consigo. Depois de empalidecer com sua simples pergunta sobre suas atividades de cunho sexual com outro homem. Ele praticamente o enxotara da delegacia sem dar a sua tão esperada resposta. Não custava nada lhe dizer 'sim' ou 'não '. Seu pai estava decidido a não lhe falar nada e uma cintada foi mencionada caso ele continuasse ali, mas não entraremos nesse detalhe. Porém para a infelicidade do xerife, eles moravam a mesma casa. Isso não o deixava livre de um segundo interrogatório. Qualquer coisa ele tinha o seu plano B, Peter.

- Posso ligar o rádio?

De soslaio o rapaz encarou seu motorista particular. O policial ficou encarregado de escolta-lo até em casa, uma vez que o jovem estava sem carro pois o xerife o confiscara.

O carro chacoalhava pelo trajeto e o Stilinski virou a cabeça para encara-lo melhor. O belo Jordan Parrish, ele já havia escutado muitos o chamarem assim. E não discordava nenhum pouco.

- Não está funcionando. - Disse o policial. Mantendo seu olhar atento no trajeto.

O rapaz permaneceu encarando descaradamente o homem de cabelos louro escuro, rosto redondo, olhos esverdeados e de físico corpulento na medida do possível. Era um homem atraente. O tesão começava a aflorar em seu corpo. Não era algo que ele realmente pudesse controlar. O que ele poderia fazer seus hormônios pareciam mini bombas nucleares que sempre eram acionadas quando ficava fascinado...

O homem o sentiu. Parrish apertou o volante com certo nervosismo. Suas orelhas começavam a tomar um tom rosado. Sentia o olhar do castanho sobre si, a todo momento. Ele tentava apenas ignora-lo. Mas ele se lembrava dos burburinhos - que o filho do xerife seria o banco se sêmen de Beacon Hills, uma vadia - que corriam quando John não estava por perto na delegacia o deixara atento assim que o castanho entrou na sua viatura. Ele começava a ficar preocupado, desejando que chegasse de uma vez na casa do seu chefe. Deixar o rapaz em casa e partir. Essa era a sua meta.

O carro parou em um sinal vermelho. O trânsito não estava tão corrido na rua em que pararam naquele momento. Parrish esticou seu braço por entre o vão entre os bancos, alcançado uma caixa quadrada. Do seu interior trouxe duas rosquinhas.

Stiles que o observada atentamente. Viu-o encarar-lhe esboçando um sorriso gentil. "não devia fazer isso... ", pensou o rapaz se remexendo no assento, encarando os dentes do mais velho e as covinhas em suas bochechas.

Parrish sempre sorria. Como se achasse graça de tudo e o mundo fosse uma grande piada. Jordan ofereceu uma das roscas ao rapaz, apenas por gentileza. Mas o Stilinski fizera questão de tocar e esfregar o dedo no seu, ao pegar a guloseima.

A great painterOnde histórias criam vida. Descubra agora