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JK P.O.V.
Dirigi como um louco até a casa da minha sogra. Estava tão nervoso, que devo ter furado alguns semáforos e excedido a velocidade em vários radares. Mas isso não importava agora, algo me dizia que alguma coisa muito grave tinha acontecido. Meu peito estava muito apertado.
Assim que a minha sogra abriu a porta e viu minha cara de desespero, tentou me tranquilizar, mesmo sabendo que eu ainda desconhecia o real motivo da falta da Eun na audiência.
JK: Onde ela está? O que aconteceu com ela?? - perguntei com um tom desesperado, olhando para todos os lados, na esperança de vê-la.
EUN/M: Calma, meu filho, a Eun está bem. - ela segurava meus braços, tentando me acalmar.
JK: Por que ela não foi hoje? O advogado disse que tinha acontecido um contratempo. O que aconteceu??
EUN/M: Preciso que se acalme. Vou chamá-la pra vocês conversarem. - Me deu um sorriso simples, e subiu as escadas.
A angústia me corroía. Cada minuto de espera era agonizante. Ela desceu após alguns minutos. Estava abatida, como se tivesse passado a madrugada em claro e chorando.
EUN: Oi Kook. - me cumprimentou quase que com um sussurro, e vi seus olhos lacrimejarem. - Precisamos conversar...
Eu a segui até o pequeno escritório anexo à sala.
JK: Eun... o que está acontecendo? - perguntei enquanto ela fechava a porta. - Por que não foi à audiência? Você desistiu do divórcio?
EUN: De certa forma... - ela continuava a falar comigo com tom de voz baixo e arrastado. Parecia bem cansada.
Meu coração estava tão triste vendo ela daquela forma. Minha reação foi puxá-la e dar uma abraço. Eu não fazia ideia do que tinha acontecido, mas seja lá o que tenha sido, a deixou muito arrasada. quis confortá-la de alguma forma. Ela desatou a chorar. Seu choro era carregado de uma tristeza muito grande. Ela soluçava, e se encolhia em meus braços.
JK: Calma... calma... eu tô aqui. Seja lá o que tenha acontecido, eu tô aqui com você, vamos resolver juntos, tá bom? - fazia tanto tempo que não nos abraçávamos daquela forma.
EUN: Kook... me desculpe por não ter te avisado que não iria hoje. Eu simplesmente não tive cabeça pra pensar em nada...
JK: Tá tudo bem, meu bem... shii, tá tudo bem...
EUN: É o nosso bebê... ele está doente...
JK: Doente?? O Joon?? O que ele tem?? Cadê ele?? - Afastei um pouco nossos corpos. - Pelo amor de Deus Eun, onde ele está? Quero ver o meu filho!
Ela me puxou para sentar no sofá, e tentou ficar um pouco mais calma para poder me contar.
EUN: Ontem fomos a uma consulta no pediatra, devido aos episódios de desmaios dele, e pra levar os exames que ele tinha feito, lembra? - afirmei com a cabeça. - Ele tem leucemia, Kookie... nosso bebê está com câncer! - voltou a chorar. - Nosso filho tá muito doente!!
Receber aquela notícia foi a pior coisa da minha vida. Acho que ainda pior do que a da nossa separação. Minha mente não conseguia absorver a notícia. A ficha não caia. Mas quando caiu, minha única reação foi correr pra vê-lo.
EUN: Jungkook! - segurou o meu braço, me impedindo de sair dali. - Espere, por favor! Precisamos ter uma conversa muito séria! E eu quero que seja o quanto antes. Cada minuto é precioso, e eu não quero desperdiçar um sequer.
Minha mente estava nublada, não estava raciocinando direito a este ponto.
JK: Do que você está falando? - estava tão em choque, que minhas lágrimas nem caiam. Meu choro estava preso, não sei dizer o que estava acontecendo comigo naquele momento.
EUN: Vou ser direta, tem um modo mais eficaz de salvarmos o nosso filho.
JK: Que modo, me fale! Eu vou até o fim do mundo pra salvar o nosso filho! Que modo é esse, Eun? - eu já falava bem nervoso.
EUN: Eu não fui hoje a audiência porque não tive cabeça pra isso, e também... porque... nós não vamos mais nos divorciar... pelo menos, não agora. Sei que fui egoísta em ter voltado atrás... não sei se você já está com alguém...
JK: Temos coisa mais importante para darmos atenção agora, concordo com você.
EUN: Não é só por isso... - ela me olhava angustiada, com receio de seguir falando.
JK: ... continue Eun... o que isso tem a ver com nosso filho?
EUN: Nós precisamos dar um irmãozinho ou uma irmãzinha pra ele, Kook. - meus olhos arregalaram. Não estava entendendo. - Existe uma chance maior de compatibilidade do transplante de medula, pelo cordão umbilical.
JK: Claro... já ouvi falar sobre isso... - minha voz ficou mais baixa, estava pensativo, assimilando a informação.
EUN: Isso quer dizer que, vamos ter que tentar engravidar. Tentar, até conseguir. Se essa é nossa melhor chance, não podemos perdê-la! - ela falou enquanto segurava meus braços e me encarava. Seus olhos estavam suplicando que os meus concordassem com tudo isso.
JK: Claro! Faremos o possível e o impossível por ele. Quanto a isso, não se preocupe. Daremos um jeito de... conceber outro bebê... - falar aquilo soou tão errado. Não queria planejar um filho dessa forma, sabendo que ela não me quer mais, e que, um dia, ainda vamos nos divorciar. Mas, é pra salvar a vida do Joon.
EUN: Vou marcar com o pediatra um horário para que você possa conversar com ele também. Ele vai saber explicar melhor todo o quadro. - concordei. - Agora podemos subir pra vê-lo. - me deu um sorriso tímido.
JK: Eun?
EUN: Sim, Kook.
JK: Devido a esse acontecimento, eu queria te pedir algo que acho que vai ser melhor pra todos nesse momento. - ela me olhou, esperando que eu continuasse falando. - Eu quero que vocês voltem a morar comigo. - ela arregalou o solhos. - Preciso do meu filho perto de mim, ainda mais nesse estado. Por favor!
EUN: Kook...
JK: Eun... por favor! Eu juro que não vou te forçar a nada. Eu nunca fiz isso, não seria agora. Me deixe ficar perto do meu filho! Quero ficar o máximo com ele! Eu sei que está com o Jimin... mas eu sou o... - ela me interrompeu.
EUN: Tudo bem. - meu coração pulou de alegria, se é que podia sentir isso naquele momento. - acho que será muito bom pra ele estar com a família reunida nesse momento. - Quando eu estava já me virando para sair, ela segurou o meu braço. - Ah, e só pra deixar claro, eu nunca estive com o Jimin. - seus olhos brilharam.